152. Intercedendo por Famílias

Gênesis 18.22-33

INTERCEDENDO POR FAMÍLIAS

Introdução

  1. Compreendendo que a intercessão espiritual é a atitude de orar por outras pessoas, faz-se necessário, na sequência desse entendimento, perceber a necessidade de orar principalmente por famílias, sejam elas nossos parentes, sejam elas pessoas de nosso círculo social.
  2. Além de nos deixar o exemplo de orar em favor da família do seu sobrinho Ló, como seu parente, o texto nos mostra claramente a atitude de Abraão em também orar pelas famílias que habitavam na cidade que seria destruída. Ao saber que todas as famílias das cidades de Sodoma e Gomorra seriam destruídas pela ira divina, Abraão ficou em pé diante de Deus em oração, clamando pela salvação do maior número de pessoas que fosse possível.

Desenvolvimento

  1. O começo dessa história que culminou na destruição dessas duas antigas cidades que estavam situadas próximas ao Mar Morte, assim como outras cidades chamadas de Adimã, Zeboim e Zoar, ocorreu quando Abraão recebeu a visita de dois anjos, cujo objetivo era anunciar o juízo de Deus. Além dos pecados que podemos encontrar em todas as cidades, do passado ou do presente, Sodoma e Gomorra se destacaram na história universal como símbolos de depravação sexual. O relato nos informa que era uma prática comum a todos os moradores: “os homens daquela cidade, os homens de Sodoma, desde o moço até ao velho; todo o povo de todos os bairros” (Gênesis 19:4). Tornara-se um estilo de vida comum a toda população. No começo teria sido apenas algumas pessoas, mas depois, como sempre ocorre, a prática se espalhou e influenciou todos os moradores.
  2. Diante da tragédia que fora anunciada, Abraão imediatamente ficou em pé diante de Deus em oração, para interceder pelas pessoas das cidades, pois em sua percepção, além dos indivíduos depravados, certamente poderiam existir outros indivíduos que procuravam ter uma vida moralmente correta. Ele argumenta com Deus, a partir dessa percepção: “Destruirás também o justo com o ímpio?”. Escolhendo um número qualquer, um número para sustentar sua argumentação, ele começou com cinquenta pessoas e, na medida em que era persuadido que esse número não existia, ele foi descendo para 45, 40, 30, 20 e 10. Parou em 10, porque fora esclarecido que se houvesse alguém a salvar naquela cidade era apenas o seu sobrinho Ló e sua família. Neste caso, ele, sua esposa, duas filhas e dois futuros genros, num total de seis pessoas. Assim mesmo, no final da história, apenas três pessoas foram salvas: Ló e suas duas filhas.
  3. A partir dessa equação matemática, fica evidente que se ele fosse pensar somente em seu parente Ló, teria apenas intercedido por ele e sua família. Porém, quando inicia a intercessão, com o número simbólico de cinquenta pessoas, Abraão claramente estava pensando em outras famílias da cidade.

3.1. Longe de mim não priorizar os parentes em nossa vida de oração pelas pessoas. Aliás, é imprescindível começar pelos membros da própria família. Na oportunidade quando Pedro foi pregar na casa de Cornélio, o livro de Atos registrou que de imediato convidou seus parentes para ouvir a pregação: “Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos” (Atos 10.24). Escrevendo a Timóteo, Paulo disse: “se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel” (I Timóteo 5:8).

3.2. Em seguida, se entendemos o que seja uma intercessão, devemos estender nossa oração em favor de irmãos da igreja, amigos, conhecidos e outras pessoas que estejam na memória do nosso coração. Depois de ter vivido uma profunda experiência de salvação com Jesus Cristo, a primeira atitude da mulher samaritana foi ir à cidade e compartilhar sua experiência com os seus moradores (João 4.28-30).

3.3. Independente de julgar se as pessoas merecem ou não serem salvas, à luz de seus pecados e da incredulidade, a melhor alternativa é agir como Abraão, cujo pressuposto era que pessoas poderiam ser salvas. Se em nossos dias, não forem salvas, esta é uma decisão final de Deus. O que nos cabe é interceder, acreditando que podem ser abençoadas.

Conclusão

Além de em seus momentos de comunhão com Deus expressar seus pedidos em seu próprio favor, lembra de incluir, como intercessão, súplicas em favor de seus familiares, parentes, amigos, conhecidos e outras pessoas cujos nomes aparecerem na memória do seu coração. Certamente essas pessoas precisam de você como intercessor.