169. O Destino Eterno

Atos 13.46-48

O DESTINO ETERNO

Introdução

  1. É verdade que o significado da palavra “destino” tem sua origem na mitologia grega, onde certas deusas determinavam aquilo que aconteceria às pessoas, baseado em fatos que iriam ocorrer, de acordo com uma ordem natural, segundo a qual ninguém podia escapar.
  2. Em nosso tempo e em nossa cultura, mesmo que continue a significar aquilo que possa acontecer a alguém no futuro, a ideia tem sido contraposta com a influência de nossas escolhas e decisões. O nosso presente e futuro será resultado não do que a natureza determine, mas de nossas escolhas e decisões no exercício de nosso livre arbítrio.
  3. Por isso, o texto bíblico precisa ser esclarecido para que não pareça que Deus é quem determina as pessoas para a vida eterna, sem que elas mesmas tenham feito essa escolha também.

Desenvolvimento

  1. A tradução que temos em nossas mãos, com pequenas variações, diz: “Creram todos os que estavam destinados para a vida eterna”. Com base na expressão “destinados”, mesmo que o termo original “tasso” signifique “nomear, ordenar, decretar”, esse termo também significa “colocar em ordem, dispor”.

1.1. Tanto quer dizer que realmente destina pessoas para a vida eterna quanto também quer dizer que as pessoas tem disposição, prontidão de espírito para querer a vida eterna.

1.2. Foi o que aconteceu com essas pessoas na cidade de Antioquia, quando Paulo apóstolo ali chegou para lhes pregar o evangelho. Enquanto os judeus rejeitaram a dádiva da vida eterna, os gentios de imediato aceitaram a pregação e por isso receberam a salvação prometida e garantida.

1.3. Em outras palavras, quer dizer que realmente Deus ´destina os que se dispõe a crer em Jesus Cristo a terem a vida eterna. Por isso Jesus podia garantir às pessoas que o ouviam: “Quem crê em mim tem a vida eterna” (João 6.47).

  1. Ainda que só possa existir a vida eterna porque Deus a concede em sua soberania, as pessoas que quiserem ter esse destino após a sua morte também precisam querer, desejar, buscar.

2.1. Foi o que fez o jovem doutor da Lei, quando se aproximou de Jesus Cristo e expressou o seu desejo. Ele disse a Jesus: “Bom Mestre, que farei para ter a vida eterna” (Mateus 19.16; Lucas 10.25).

2.2. Por mais que fosse religioso, praticante dos rituais e obediente à Lei de Moisés, ele não conseguira ter garantido o seu destino eterno. Tinha feito sua escolha quanto ao seu destino na eternidade, mas não conseguira ter garantia de que seu destino seria realizado por mais que ele desejasse e fosse sua escolha. Continuou nessa situação porque também virou as costas para Jesus.

2.3. Sem que Deus nos conceda esse destino através de Jesus Cristo, o que temos pela frente já definido é o julgamento, a condenação e a morte eterna. Por isso, João apóstolo deixou escrito: “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus” (I João 5.11-13).

Conclusão

Enquanto os filósofos debatem sobre a existência ou não de um destino determinando o futuro das pessoas, sem que elas mesmas possam fazer alterações desse destino, o evangelho chega até nós e nos garante que. se crermos em Jesus Cristo, podemos mudar nosso futuro e nossa eternidade. Ainda que Deus já tenha determinado conceder vida eterna aos que crerem em Jesus, você também pode ver esse destino sendo realizado em sua história através da sua fé em Jesus Cristo. Se Deus já determinou a vida eterna para você, ainda falta você aceitar Jesus Cristo em seu coração como seu Salvador pessoal.