76. Obediência Precede o Poder

Lucas 6.46

 Introdução

  1. Deus é infinitamente mais poderoso para fazer além do que pedimos ou pensamos...” Principalmente quando nós fazemos o que Ele nos manda fazer, isto é, quando resolvemos a Ele obedecer.

1.1. Isto significa que em vez de duvidarmos do poder de Deus, em vez de duvidarmos de suas promessas, em vez de duvidarmos do seu caráter, nós devemos perceber que o problema não está em Deus, mas em nós e principalmente na dificuldade em reconhecemos seu senhorio.

1.2. É como finalmente constatou o salmista quando começou a indagar sobre o que havia acontecido com o poder de Deus tantas vezes antes demonstrado na vida de outras pessoas: Salmo 77.5-10. Ele concluiu que o problema estava nele e uma das graves enfermidades espirituais que podemos contrair é a desobediência.

  1. Neste texto, Jesus Cristo, o Filho de Deus que tem todo o poder no céu e na terra, afirmou que para Deus nada é impossível, traz à tona exatamente essa nossa incapacidade de a Ele nos submetermos como Senhor, dispondo-nos a fazer tudo o que Ele manda.

 Desenvolvimento

  1. Embora nós sempre estejamos acentuando que o fato de que Jesus Cristo é nosso Salvador e sempre estejamos convidando as pessoas a receberem Jesus como Salvador, Jesus é muito mais apresentado na Bíblia como Senhor do que como Salvador.

1.1. Leiamos o texto clássico de Romanos 10-8-10, que inclusive fala da segurança da salvação... Nesse texto o convite é confessarmos Jesus como Senhor.

1.2. Profetizando sobre essa posição de Jesus sobre a humanidade, o outro texto clássico também não deixa dúvida sobre este fato: Filipenses 2.10,11

1.3. Mais de 21 vezes esse título é aplicado a Jesus Cristo: “Muitas vezes essa palavra é aplicada claramente a Jesus; ver, por exemplo: Lc 2:11; 24:34; Jo 20:28; Rm 10:9; 1Co 6:14; 7:12; 12:3; 2Co 4:5; Ef 4:5; Fp 2:11; 4:5; 2Ts 2:2 (cf. Is 13:6-13; Jl 2:2, 11, 31; Sf 1:14); Jd 14.

1.4. Além disso, muitas declarações de YHWH são atribuídas a Jesus no Novo Testamento, considerando também Senhor: ver 1Sm 2:6 [cf. Jo 10:18]; Sl 102:25; cf. verso 1 [citado em Hb 1:10]; Is 6:3 [cf. 6:10 e Jo 1:40, 41]; 8:13, 14 [citado em 1Pe 2:8]; 40:3 [citado em Mt 3:3; Mc 1:3; Lc 3:4 e Jo 1:23; cf. Lc 1:76]; 41:6 [cf. Ap 2:8; 22:13]; 43:10; 44:6; 47:4 [cf. Cl 1:14]; Jr 23:6; 33:16; Zc 12:4, 10 [citado em Jo19:37]; Ml 3:1 [citado em Mt 11:10; Mc 1:2; Lc 7:27; cf. Lc 1:76”.

  1. É necessário, todavia, tomar cuidado para não pensarmos que estamos nos referindo apenas à maneira como nos dirigimos a Jesus, deixando de chamá-lo de Salvador para chamá-lo de Senhor.

2.1. Aqui mesmo nesta sua ministração ele esclarece essa idéia errada: Por que me chamais Senhor se não fazeis o que vos mando?”

2.2. No texto escatológico da prestação de contas, ele também se antecipa, informando que não é o fato de chamá-Lo de Senhor que vai fazer a diferença: Mateus 7-21.

Conclusão

   Deus é infinitamente mais poderoso para fazer além do que pedimos e pensamos... Todavia, para experimentarmos esse poder, precisamos também ser a Ele obedientes em tudo o que ele nos diz para fazer, seja estar presente nos cultos, seja entregar todos os dízimos, seja dele testemunharmos a todas as pessoas, seja vivermos com integridade, seja amarmos uns aos outros, seja perdoando uns aos outros. O que Jesus nos mande fazer precisamos a Ele obedecer, reconhecendo-o também como nosso Senhor.