23. Uma Criança Virtuosa

UMA CRIANÇA VIRTUOSA

João 6.6-14

Introdução

  1. Vez por outra, quando uma criança é capaz de mostrar algum comportamento que a diferencia das outras, em virtude da idade em que se encontra, seu comportamento ganha destaque no noticiário de uma cidade e até do país.
  2. Se vivesse em nossos dias, este seria o caso do menino cuja atitude de entregar seu cesto de alimentos a Jesus Cristo também foi destacada pelo apóstolo João, quando narrou o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes.
  3. Para o apóstolo João, o milagre só aconteceu porque foi antecedido pelo gesto virtuoso desse menino, razão por que desejo destacar suas virtudes.

Desenvolvimento

  1. O fato de ainda ter os pães e os peixes em sua cesta, diferentemente da multidão que comera tudo o que tinha na  medida em que o tempo passava ouvindo Jesus, o menino mostrou que era previdente.

1.1. Por mais que os ensinos de Jesus alimentasse o espírito, naturalmente as pessoas que trouxeram algum alimento foram comento conforme a fome do corpo ia surgindo. Não se deram conta de que poderia passar muito tempo e que depois iriam precisar também se alimentar.

1.2. Em nossos dias, em linguagem financeira, esta atitude se chama “guardar na poupança” para o dia de amanhã. Se você perguntar aos consultores financeiros, eles vão explicar que o mais importante motivo para fazer poupança é se prevenir para eventuais necessidades futuras. Foi o que fez esse menino com o seu alimento: não comeu tudo e ia deixando um pouco para depois, razão por que tinha para entregar a Jesus Cristo.

  1. Sim, ele tinha o alimento quando ninguém mais possuía e entregou Jesus, mas essa outra atitude de ter entregado foi mais uma virtude sua.

2.1. A maioria das pessoas que não tem recursos ou que os tenha normalmente é  inclinada ao egoísmo. Ser capaz de dividir com alguém que precise não é uma atitude comum.

2.2. Nas histórias bíblicas existiu um homem rico que foi incapaz de dividir sua riqueza com os pobres, mesmo que desejasse muito ganhar a vida eterna.

2.3. O menino se deixou levar pelo altruísmo e quando Jesus lhe pediu o que tinha, demonstrou sua liberalidade, principalmente pensando na glória de Deus.

  1. Quase sempre as pessoas reagem a uma situação assim em nossos dias dizendo: "Dar o que tem, a pedir vem”. Significa que se der o que tem, corre o risco de ficar na miséria, também dependendo dos outros.

3.1. Não posso negar que possa existir algum tipo de experiência em que alguém tenha sido liberal e tenha saído do prejuízo ao final. Acredito, todavia, que isso possa ocorrer quando a pessoa fica exposta às forças do mal e do engano.

3.2. Na Bíblia, todavia, quando há o ensino para a pessoa ser liberal, esta atitude deve ser feita de acordo com a orientação do Espírito Santo e confiando nas promessas de Deus.

3.3. Considerando que esse menino tinha formação bíblica, quando ele doou seu cesto de alimentos, fez porque fora Jesus Cristo quem o orientara a assim fazer e porque confiava nas promessas de Deus em recompensar.

  1. Fazer o gesto diante de uma multidão poderia chamar para si a atenção e se transformar numa oportunidade para aparecer como uma criança virtuosa.

4.1. Aliás, essa é uma recomendação de Jesus a todos os que querem fazer o bem. Ele dizia para que fizessem em oculto e não para se exibir diante das pessoas. É o que chamamos de humildade.

4.2. O menino pode ser visto como sendo humilde, porque a partir do momento quando fez a doação, ele desapareceu da cena. Depois do milagre da multiplicação, não saiu dizendo às pessoas que tudo começara com ele. Nem seu nome nós não sabemos. Apenas Jesus Cristo foi glorificado. João Batista já havia ensinado: “Importa que Ele cresça e eu diminua”. Jesus dizia também: “Para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao Pai que está no céu”.

Conclusão

É claro que as crianças podem despertar nossa admiração por causa de seus gestos engraçados ou por causa de sua beleza ou por causa de sua inteligência precoce, sim, é verdade. Mas eu penso que uma criança como esse menino da história bíblica é que deve ser objeto de nosso encanto. Uma criança que se mostra previdente, liberal, confiante em Deus e humilde diante das demais pessoas.