195. O Propósito da Adoração

João 4.23

O PROPÓSITO DA ADORAÇÃO

Introdução

  1. No entendimento de que a igreja tem pelo menos 5 propósitos a serem realizados, não podemos deixar de iniciar a abordagem sobre esse assunto senão pelo propósito da adoração.
  2. A expressão original usada por Jesus Cristo, de acordo com a versão em grego do evangelho de João (proskynéō), entre os povos orientais significava “cair de joelhos e tocar o chão com a testa, como expressão de profunda reverência”. No Novo Testamento, seu significado consequentemente era “ajoelhar-se ou prostrar-se para prestar homenagem ou reverência”.
  3. Esta é a expressão usada no livro do Apocalipse para descrever a cena de adoração a Deus prestada pelos anjos, pelos seres viventes e pelos anciãos (Apocalipse 4.10; 7.11; 11.16).

Desenvolvimento

  1. Para a maioria das igrejas, normalmente este propósito existe desde quando são organizadas formalmente e tem os seus respectivos estatutos. A maioria das igrejas tem em seus estatutos que essa é uma de suas finalidades.

1.1. Geralmente a expressão usada é “prestar culto a Deus”. Neste caso, estão se referindo à atitude adorar, exaltar, glorificar, louvar a Deus. Geralmente na liturgia tradicional, o fazem no momento inicial do culto, quando inclusive procuram motivar os participantes com a recitação de textos que recomendam essa atitude. Recitam textos como: “Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou” (Salmo 95.6), “Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração” (Salmo 9.1), “Invocarei o nome do Senhor, que é digno de louvor” (Salmo 18.3), “Dai ao Senhor, ó filhos do poderosos, daí ao Senhor glória e força” (Salmo 29.1),  “Regozijai-vos no Senhor, ó justos, pois aos retos convém o louvor” (Salmo 33.1), “Louvarei ao Senhor em todo o tempo, o seu louvor estarás continuamente na sua boca” (Salmo 34.1), “Louvai a Deus com brados de júbilo, toda a terra” (Salmo 66.1), “Louvai ao Senhor e invocai o seu nome, fazei conhecidas as suas obras entre os povos” (Salmo 105.1), “Eu te exaltarei, ó Deus, rei meu, e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos” (Salmo 145.1).

1.2. Na sequência, são sugeridos hinos e cânticos cujas letras exaltam a Deus, glorificam o seu nome, engrandecem suas obras, louvam seu amor, reconhecem seu poder. Nesse momento, também o líder ou um membro da igreja expressa adoração através da oração.

  1. Embora possa parecer que este é um assunto já claramente definido na maioria das igrejas cristãs, ainda existe algum questionamento a respeito de quem possa receber adoração. Quando se fala em adoração a Deus, o assunto é pacífico, mas ainda existe alguma controvérsia sobre adorar a Jesus Cristo também.

2.1. Aqueles que oferecem resistência a essa atitude, rejeitam simultaneamente o ensino de que Jesus Cristo em sua essência e natureza era divino, à semelhança dos judeus que o condenaram, afirmando que isto era uma blasfêmia. Outros justificam que Jesus Cristo tinha problemas psicológicos de grandeza, tais como ilusão de divindade e por isso se dizia ser filho de Deus, igual ao Pai em sua natureza e essência.

2.2. A verdade, todavia, é que Jesus Cristo também é digno de toda a adoração, à semelhança do que fizeram aqueles que a ele se dirigiram em várias situações: Mateus 2.11; 8.2; 9.18; 14.33; 15.25; 28.17.

2.3. Na visão do que acontece na eternidade, o apóstolo João descreve a cena impressionante em que Jesus Cristo é adorado pelos anjos, pelos seres viventes, pelos anciãos e, em número de milhões de milhões e milhares de milhares, com todo fervor: Apocalipse 5.9-14.

Conclusão

É verdade que a igreja não deve adorar os homens, nem os santos, nem Maria, nem os anjos nem qualquer ídolo. A igreja, todavia, existe para adorar Deus e Jesus Cristo, tributando-lhes honras, glórias e louvores. Deve fazer em espírito e em verdade, quer esteja de joelhos, quer esteja de pé. Seja no templo, seja nas casas, seja onde quer que estejam pessoas reunidas com esse propósito.