45. Diversidade Evangélica Atual

Lucas 9.49,50

Introdução

  1. Um dos aspectos mais salientados pela mídia entre os cristãos de nosso tempo é a diversidade que existe entre eles.

1.1. Além da antiga divisão entre católicos, ortodoxos e protestantes, os evangélicos também se dividem em tradicionais, pentecostais e neopentecostais.

1.2. Este fato que tem sido divulgado pela mídia pode ser constatado em famílias, onde os moradores de uma mesma casa pertencem a igrejas de nomes e doutrinas diferentes. Moradores da mesma rua, do mesmo bairro, da mesma cidade vivem na vizinhança a mesma realidade. Colegas de trabalho e de colégios experimentam tal situação. Enfim, centenas de igrejas e denominações fazem parte do grande leque que hoje se chama Cristianismo.

Desenvolvimento

  1. Na verdade, este fato não é peculiar à nossa época. O que seria característico de nosso tempo é a quantidade de igrejas e denominações, pois já no primeiro século, ainda nos dias de Jesus Cristo, os apóstolos tiveram que lidar com o surgimento de um novo grupo que não era o deles. Narraram o fato a Jesus e compartilharam a reação que tiveram.
  2. Observando a maneira como este fato tem acontecido ao longo dos tempos, observa-se reações as mais variadas desde aquela época.

2.1. Os apóstolos proibiram a atuação do outro grupo, não vendo neles legitimidade.

2.2. Os ortodoxos saíram da igreja católica como também fizeram os protestantes, propondo retorno à fé apostólica.

2.3. Os evangélicos não conseguindo ser um grupo só, dividiram-se em tradicionais, pentecostais e neopentecostais, ampliando ainda mais o leque.

  1. Se não bastassem as divisões que hoje resultaram em centenas de denominações, verificam-se ainda outras atitudes seqüentes.

3.1. Indiferença: você fica na sua e eu na minha, pois não cremos da mesma forma.

3.2. Competição: vamos ver quem arrebanha o maior número de ovelhas, quem tem a doutrina verdadeira, quem realmente representa a genuína igreja de Jesus Cristo.

3.3. Ecumenismo: não importa suas doutrinas e nem suas crenças, mas apenas a fé em Deus.

  1. Diante desses fatos, herdeiros dessa realidade, todos temos que aprender com Jesus a lidar uns com os outros, principalmente em nosso bairro, rua e família, trabalho e escola.

4.1. Ao saber do que havia ocorrido, Jesus disse: “Não o proibais”. Significa que todos tem o direito de existir como expressão religiosa e cristã e no final dos tempos cada um dará conta de si mesmo. Jesus mesmo julgará, como julgou as sete igrejas do apocalipse.

4.2. Jesus disse: “quem não é contra nós, é por nós”. Significa que precisamos aprender a conviver uns com outros, respeitando a maneira de crer e professar a crença. Em vez de ser contra, deve existir a busca pelos elementos comuns objetivando união no que for possível.

4.3. Em outro momento, Jesus disse: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. Estas também convém conduzir” (João 10.16). Em seus propósitos eternos, Jesus mesmo está buscando ovelhas em apriscos diversos, para formar um só rebanho. Se não fizermos parte de um ecumenismo irresponsável e leviano, por outro lado precisamos estar abertos a existirem ovelhas de Jesus em diferentes apriscos.

4.4. Para selar definitivamente a importância da união entre seus seguidores, Jesus afirmou: “Nisto conhecerão que sois meus discípulos se vos amardes uns aos outros” (João 13.35).

Conclusão

  1. Tenho certeza que a maneira como nós procurarmos respeitar uns aos outros em nossa fé cristã poderá ser um exemplo para outras pessoas de outras crenças na rua onde moramos, no bairro onde estamos, na cidade que está ao nosso redor.
  2. Além de ser unidos em nossa igreja particular, precisamos também ser unidos com outros crentes que tenham o mesmo Senhor, Mestre e Salvador, pois, afinal de contas, muitos de nós estaremos juntos no céu, diante de Deus, formando aquela “multidão de todos os povos, raças, tribos e nações”.