61. Os Batistas e Outras Igrejas

Lucas 9.49,50

Introdução

  1. Um ex-prefeito de Cariacica, quando ainda vivo, há alguns anos, foi entrevistado sobre o fenômeno de multiplicação de igrejas diferentes em seu município. O repórter queria uma palavra dele, como líder político. Sua resposta foi a de que preferia ver várias igrejas diferentes sendo abertas do que ver vários bares, boates e casas de jogos sendo abertas.
  2. Confesso que fico preocupado com a multiplicação de igrejas diferentes nas cidades onde esteja exercendo liderança religiosa. Fico preocupado por dois motivos principais: ver alguns membros de nossa igreja saindo para essas outras igrejas e ver pessoas querendo trazer para nossa igreja as doutrinas e práticas dessas outras igrejas.
  3. Os apóstolos de Jesus Cristo, mal iniciaram seu ministério apostólico, foram surpreendidos com uma situação muito semelhante à nossa. Durante o ministério de pregar, ensinar, curar e libertar, encontraram com uma pessoa que não fazia parte dos Doze. Isto é, não havia recebido autoridade e poder dados por Jesus, à semelhança deles. Diante deste fato, foram categóricos: proibiram-no. Mais ainda: explicaram a motivo: “não te segue conosco.”.

Desenvolvimento

  1. Para surpresa ainda maior (inclusive para surpresa minha), Jesus os corrigiu, dizendo que não deveriam ter proibido. Ensinou-lhes então que precisariam aprender a conviver e a respeitar o outro, o diferente de nós, aquele que faz a obra e não está em nossa igreja.
  2. Um dos 5 princípios batistas, aprendido com Jesus Cristo, que faz parte dos batistas da CBEES, da CBB e ABM diz exatamente assim, sobre liberdade de culto: Os batistas consideram como inalienável a liberdade de consciência, a plena liberdade de religião de todas as pessoas. O homem é livre para aceitar ou rejeitar a religião; escolher ou mudar sua crença; propagar e ensinar a verdade como a entenda, sempre respeitando direitos e convicções alheios; cultuar a Deus tanto a sós quanto publicamente; convidar outras pessoas a participarem nos cultos e outras atividades de sua religião; possuir propriedade e quaisquer outros bens necessários à propagação de sua fé. Tal liberdade não é privilégio para ser concedido, rejeitado ou meramente tolerado – nem pelo Estado, nem por qualquer outro grupo religioso – é um direito outorgado por Deus. Cada pessoa é livre perante Deus em todas as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar a religião, bem como de testemunhar sua fé religiosa, respeitando os direitos dos outros.”
  3. Consequentemente, nossa maior preocupação, nosso maior interesse, nosso maior objetivo deve ser a de continuarmos fiéis ao nome de Jesus e fiéis aos seus ensinos. Se queremos continuar cumprindo nossa missão, se queremos continuar sendo uma autêntica expressão da fé cristã, se queremos ver pessoas realmente convertidas, transformadas e salvas, se queremos ser aprovados por Jesus no dia da prestação de contas, então nosso foco deve ser uma fidelidade cada vez maior ao nome de Jesus e aos seus ensinos.
  4. Ao agirmos dessa maneira, também experimentamos dois benefícios:

4.1. Evitaremos que nossas doutrinas sejam alteradas, pois sempre estaremos examinando todos os ensinos à luz das palavras de Jesus. Leremos livros, ouviremos pregações e palestras, leremos a Bíblia toda, mas sempre à luz do que Jesus Cristo ensinou. Isto é fidelidade a Jesus!

4.2. Evitaremos que membros de nossa igreja saiam párea outras igrejas, pois se o que eles desejam é ter uma verdadeira comunhão com Jesus Cristo, é experimentar o perdão dos seus pecados, é vivenciar uma nova vida, é ter garantida a vida eterna, então estarão experimentando tudo isto em nossa igreja e muito mais. Se alguém sair, nossa atitude de aceitação não será porque somos 46 milhões e alguns não farão falta. Não! Todos os que fazem parte da nossa igreja fazem falta, quando saem. Vamos aceitar por causa do ensino de Jesus através do apóstolo João, quando também vivenciou esta experiência. João apóstolo explicou: “Saíram de nós, porque não eram nossos.” (I João 2.19).

Conclusão     

   Há algum tempo, uma grande igreja chamada cristã emitiu um documento afirmando ser ela a única igreja cristã verdadeira. Houve muita decepção por parte das outras igrejas que também afirmam ser a única igreja cristã verdadeira.  Penso que ao final dos tempos, quando todas as igrejas prestarem contas perante Jesus, então cada uma será julgada e condenada ou aprovada por Jesus. Até lá, os batistas capixabas, os batistas brasileiros e os 46 milhões de batistas de todo o mundo devem continuar sendo fiéis ao nome de Jesus e aos seus ensinos, pois só assim seremos por ele aprovados.