39. Crianças Sem Limites

Provérbios 10.17

CRIANÇAS SEM LIMITES

Introdução

  1. Há algum tempo, como ocorre vez por outra, em algum lugar, uma escola resolveu expulsar alguns alunos porque “infringiram as regras estabelecidas”. Esse fato levou um jornal a escrever um artigo sobre o episódio, ouvindo profissionais do comportamento, sobre o que pensavam do ocorrido. A conclusão da abordagem foi que as crianças precisam ter limites estabelecidos tanto pela família, quanto pelas escolas (Jornal A Tribuna, 13/05/2001, Caderno Viver Melhor, pg.6).
  2. Uma outra escola, em um artigo publicado em seu site, comentando sobre o dilema dos pais e responsáveis em estabelecer os limites, declarou: “Os limites fazem parte do processo de amadurecimento das crianças. Elas podem até não gostar muito no início, mas, com o tempo, passarão a se sentir mais seguras e protegidas.

Essa definição de limites vai muito além da preocupação com o bem-estar da criança. Ela também interfere diretamente no processo de aprendizagem. Crianças que não entendem esses pontos limítrofes têm dificuldade no desenvolvimento na escola. Isso porque, durante os momentos que deveriam estar focadas em determinadas atividades, elas começam a se dedicar a outras” (https://blog.santamonicarede.com.br/criancas-sem-limites/).

Desenvolvimento

  1. O que precisamos perceber, no entanto, é que a punição ou a prevenção que as escolas possam estabelecer como limites para as crianças precisa ser precedida pelos limites estabelecidos pelos pais, em família. Em outras palavras, se os limites não forem estabelecidos dentro do lar, as crianças não estarão preparadas para perceber a importância dos limites em quaisquer outros lugares. onde estejam e, na vida adulta, ainda serão piores as suas atitudes.
  2. Procurando esclarecer um pouco mais este fenômeno cada vez mais presente na sociedade contemporânea, uma psicóloga escreveu um livro identificando essas crianças sem limites são possuidoras da “síndrome do imperador”. Essas crianças assim diagnosticadas, são “crianças que mandam em casa, xingam os pais, babás e professores, escolhem o que vão comer e definem todas as escolhas da família: desde o que vai ser visto na televisão até qual é o horário mais adequado para dormir sofrem da “Síndrome do Imperador. São pequenos “reis” criados sem orientação e limites” (https://www.colegioconstelacao.com.br/post/sem-limites-e-mandonas-as-crian%C3%A7as-que-sofrem-da-s%C3%ADndrome-do-imperador).
  3. Fiz esses comentários sobre esses fatos ocorridos e sobre essas declarações por parte de profissionais, para que se confirme o que a Bíblia tem ensinado sobre a necessidade de educar os filhos com limites, usando principalmente a expressão “disciplinar” e “repreender”, sempre que haja necessidade de correção. A Bíblia diz que se a instrução ou educação é o caminho para a vida, o não seguir a instrução ou educação dada deve ser objeto de disciplina ou repreensão. Sem correção é certo que o caminho do erro é que será inevitavelmente trilhado, seja correção já inata na personalidade na criança, seja a correção feita pelos pais no processo de formação da personalidade.
  4. Evidentemente que para estabelecerem limites, os pais necessitam ter bases previamente estabelecidas.

5.1. Uma dessas bases é a do exemplo pessoal. Como os pais poderão estabelecer limites morais e éticos, limites comportamentais, limites na verbalização de palavras, limites no uso de equipamentos, se eles mesmos não mostram esses limites na própria vida.

5.2. A outra base é um referencial de normas e regras reconhecidamente válido. Alguns pais usam a educação que receberam de seus antepassados como referencial. Outros pais usam o uso e costumes estabelecidos na comunidade em que vivem. No caso dos cristãos, o referencial aceito é a Bíblia. Mesmo que na Bíblia não estejam previstos todos os casos e situações que possam ocorrer, inclusive dos tempos atuais, ela tem princípios que são aplicados.

Conclusão

Se no mundo onde estamos vivendo, as crianças estão se tornando desafiadoras e contestadoras, se os pais e educadores estão perdidos entre o diálogo e a punição, se as autoridades estão adotando leis mais permissivas, o nosso presente e futuro podem ser diferentes se nossas crianças forem educadas na “doutrina e admoestação do Senhor”.  No Senhor, nossas crianças experimentarão limites e amor.