120. Batalhar Pela Fé

Judas 3

BATALHAR PELA FÉ

Introdução

  1. Em nossos dias, principalmente por causa do movimento ecumênico que prega a igualdade das igrejas e religiões e por causa da tolerância religiosa social que pretende evitar conflitos interpessoais, constata-se cada vez mais a presença natural de heresias doutrinárias e comportamentos inadequados que se chocam com o evangelho de Jesus Cristo.
  2. Na época primitiva dos apóstolos os crentes eram chamados a reagir de maneira diferente diante das doutrinas e comportamentos que ameaçavam as igrejas. Não foram chamados ao ecumenismo e nem à tolerância, mas a batalhar pela fé. Em vez de aceitar ou conviver, foram chamados a pelejar, guerrear, combater tudo aquilo que pudesse prejudicar espiritualmente a vida deles.

Desenvolvimento

  1. Ao tratar do assunto e enxergar os comportamentos, Judas viu na igreja “homens ímpios”, “falsos mestres”, “imitadores de Balaão”, “pastores egoístas”.

1.1. Se você me perguntar sobre as causas de esse tipo de pessoa estar participando das igrejas e até assumindo liderança, a explicação daquela época continua sendo a de nossos dias: uma pregação que não exige arrependimento de pecados e mudança de vida.

1.2. No propósito de atrair pessoas, é ensinado que basta a participação nos cultos, entrega de suas ofertas e a satisfação de suas necessidades. É o chamado “evangelho barato” que facilita a vida de todos sem estabelecer exigências e obediência. É o “evangelho inclusivo” cujo objetivo é não causar constrangimento a quem quer que seja, inclusive não estabelecer conflito com a legislação.

  1. Prosseguindo naquilo que observou como existentes nas igrejas, Judas relaciona os seguintes resultados: “convertem em dissolução a graça”, “negam o soberano Senhor Jesus”, “rejeitam toda autoridade”, “blasfemam das dignidades”, “mancham as reuniões de amor fraternal”.

2.1. Se a graça de Deus é favor imerecido para aceitar o pecador que se arrepende, a dissolução é o ensino de que em nome da graça as pessoas podem fazer o que quiser, inclusive licenciosidade e imoralidade.

2.2. O uso do nome de Jesus Cristo não passaria de uma estratégia para atrair pessoas, sem mencionar as bases da salvação que é o fato de Jesus ser Senhor. A autoridade de Deus e de Jesus Cristo não seria base estabelecida para submissão dos crentes. Em vez disso, passaria a existir contestação, questionamento, rebeldia.

2.3. O que seria a mais nobre de todas as relações humanas, isto é, a “comunhão dos crentes uns com os outros” em “amor fraternal” se tornaria ajuntamentos de pessoas para a prática de glutonaria, de bebedeira e de promiscuidade.

Conclusão

Desde o princípio do evangelho e da formação das igrejas cristãs sempre fomos chamados a batalhar pela fé. As atitudes de tolerância, conivência, facilitação, permissividade e negociação não fazem parte da vida cristã autêntica. Se no início foi preciso um posicionamento radical, muito mais se faz necessário na medida em que cada vez mais a proposta é de tudo “junto e misturado” para que “tudo seja permitido”.