54. O Rosto de Jesus

I Pedro 1.8

O ROSTO DE JESUS

Introdução

     Porque temos uma aparência física, onde o rosto se destaca, ao ouvirmos falar sobre Jesus Cristo, principalmente considerando sua fascinante personalidade, todos nós gostaríamos de saber como era sua aparência física, fisionomia, cor dos olhos, cabelos e pele.

      Ocorre, todavia, que assim como ainda nos dias do apóstolo Pedro muitos não mais podiam ver o rosto de Jesus, também essa possibilidade não nos foi permitida

Desenvolvimento

  1. O resultado desse interesse existente desde os tempos mais antigos foi o surgimento de pinturas produzidas principalmente pelos pintores renascentistas. Michelangelo, Leonardo da Vinci, Botticelli, Rafael. Deram asas à imaginação e servindo-se de modelos existentes em seus dias criaram fisionomias que seriam o rosto de Jesus. Nessas pinturas destacam-se cabelos loiros, olhos azuis, pele clara. Esse outro Jesus passou a ser objeto da fé cristã por inúmeros fiéis.
  2. Na busca de um rosto que fosse o verdadeiro, surgiu até o chamado “Santo Sudário”. Seria o lençol que cobriu o corpo de Jesus e ficou com sua aparência marcada pelo seu sangue. Por mais que se queira datar como da época, os estudos já comprovaram que foi uma peça produzida por religiosos da Idade Média. Mais uma variante de um outro Jesus apareceu, pretendendo ser o original, alimentando a crença de milhões de mais fiéis.
  3. O mais recente trabalho nessa direção foi feito por pesquisadores que usando vários rostos de homens asiáticos criaram uma nova aparência. Não sendo europeu, mas oriental, Jesus teria cabelos crespos, olhos castanhos e pele parda. Mesmo sendo uma figura estranha para o ocidental, milhares de fiéis acharam que deveriam então seguir esse outro Jesus.
  4. O resultado desse bem intencionado esforço é que milhões de pessoas há séculos estão erradamente seguindo a um outro Jesus a partir da busca de como seria a sua fisionomia física. Consequentemente estão enganados e correndo riscos espirituais quanto à comunhão com o verdadeiro Jesus neste tempo e quanto à comunhão com ele na eternidade.
  5. A esta altura vocês estariam me indagando: “Como podemos resolver esse problema, pastor? Que Jesus seguiremos?”

5.1. Resolvemos esse problema considerando as palavras de Paulo, um dos seus mais importantes apóstolos. Escrevendo à igreja de Corinto, ele foi suficientemente claro ao afirmar que todo e qualquer conhecimento que venhamos a ter sobre Jesus não será mais fisicamente.

5.2. A conclusão a que chegamos é que se queremos crer e seguir o verdadeiro Jesus, devemos crer e seguir o Jesus que está nas páginas do Novo Testamento. Aliás, para que pudéssemos ter um conhecimento ainda maior, Deus nos deu quatro evangelhos. Não são biografias, mas preciosas narrativas de sua vida. Inclui nascimento, crescimento, ensinos, obras, morte, ressurreição e ascensão.

5.3. Lendo o que está escrito na Bíblia sobre o verdadeiro Jesus Cristo, você aprende que ele nasceu em Belém da Judéia, cresceu em Nazaré; pregou, ensinou e fez milagres em Galiléia, Judéia e Samaria; foi preso, julgado, condenado e morte em Jerusalém; ressuscitou e voltou para o céu, onde está, à direita de Deus; através do Espírito Santo quer habitar em seu coração e se faz presente na igreja reunida em seu nome.

Conclusão

O mais importante na experiência com Jesus Cristo não é descobrir como teria sido o seu rosto, a cor de seus olhos, o formato do seu nariz, as linhas de seus lábios, o tipo de cabelo, sua constituição corporal.

O mais importante é ver com os olhos da fé, nas páginas dos 4 evangelhos, como o verdadeiro Jesus Cristo é espiritualmente apresentado a cada um de nós, principalmente porque nosso relacionamento com ele será exclusivamente espiritual.

Com dizia o apóstolo Pedro: nós o amamos e nele cremos mesmo sem saber como era o seu rosto.