II Tessalonicenses 3.11,12
Introdução
- Se começar pela Bíblia, você vai perceber uma variedade de atividades profissionais desde os tempos mais antigos, além daquelas que surgiram em tempos mais recentes. Por exemplo: Caim era lavrador; Abel era pecuarista; a construção da Torre de Babel mostra os oleiros; as trocas de bens e mercadorias produziram o comerciante; as guerras e conflitos geraram os militares; a sede pelo poder trouxe os políticos à existência; os doentes exigiram o surgimento dos médicos e assim por diante. Hoje são centenas as atividades profissionais, razão porque o valor do trabalho não está no tipo, mas em si mesmo (Isaías 41.6,7). Todos os trabalhos são dignos (Mateus 13.44-48: os três ilustram o Reino de Deus).
- Ao comentar o assunto sobre atividades profissionais, psicólogo Gary Collins apresenta várias razões para dizer porque ele é um dos mais relevantes da vida contemporânea. Ele diz que: “a ocupação que venhamos a ter vai determinar o tipo de vida socioeconômica que vamos desfrutar”.
- No Brasil, ainda no censo de 1980 ficamos sabendo que de toda a população: 46% não tinha rendimentos, 36% ganhava até 2 salários-mínimos, 12% ganhava cerca de 3 a 5 salários, 0,5% ganhava de 6 a 20 salários-mínimos e 0,1% ganhava mais de 20 salários. Esses números mostram que o tipo de trabalho que a pessoa venha a ter vai determinar o valor do seu salário.
- A ocupação que venhamos a ter vai também a maneira como vamos empregar quase a metade do tempo que usamos para trabalhar. Quer em termos diários, quer em termos de tempo total da existência. Se o trabalho da pessoa afeta tanto a sua vida, é preciso que ela considere esses fatos de modo sábio para escolher a melhor atividade profissional.
Desenvolvimento
- Abrindo nossa Bíblia em Marcos 6.3 vocês encontram a informação sobre a atividade profissional de Jesus antes dele começar seu ministério religioso. Essa informação está na pergunta que fizeram: “Não é este o carpinteiro?”. Olhando especificamente a sua atividade de carpinteiro ou construtor, percebemos que ele estava engajado e comprometido, mesmo que existisse outras profissões na época considerada mais nobres.
- Uma das razões por que pessoas hoje se sentem desajustadas com o que fazem é explicar que não tem vocação para tal atividade.
2.1. Pensando especificamente nessa explicação, antigamente se definia vocação como tendência ou inclinação para um determinado trabalho. Hoje sabe-se que essa tendência ou vocação é resultado de fatores hereditários e ambientais.
2.2. A realização de vários testes vocacionais tem o objetivo de associar uma atividade profissional com a vocação da pessoa, para que o ajustamento seja alcançado, sem que a pessoa justifique sua frustração com essa argumentação.
2.3. Todavia, a descoberta de uma vocação não será diferente da influência hereditária e ambiental. Por exemplo: uma pessoa de família de vários cozinheiros e foi criada entre o fogão e as panelas terá naturalmente a vocação para cozinhar. Se é de família de advogados e foi criança num ambiente de questões jurídicas, também será naturalmente advogada.
- Se esses fatores são tão influentes, por que pessoas exercem outras atividades e acabam se sentindo frustradas depois? Uma das explicações é atitude de se rebelar contra o que seria natural, insistindo em exercer outra atividade. Outra explicação seria a busca de melhor posição social e financeira para atender suas expectativas pessoais. Essas e outras experiência tem dado certo em alguns casos, considerando os objetivos propostos pela pessoa. Todavia, em outras experiências fazem a pessoa se sentir infelizes e desajustadas, oprimidas e exploradas.
- Como conciliar os extremos em que uma pessoa vocacionalmente feliz é infeliz com seu salário e outra pessoa feliz com seu salário é frustrada com sua profissão? Se ambas as situações muitas vezes não são harmonizadas, uma opção espiritual é considerar orientações bíblicas, como por exemplo II Timóteo 6.8-10.
- E quanto aos que não querem trabalhar? Não estou falando dos que não conseguem emprego ou serviço... Estou perguntando sobre os preguiçosos, os malandros, os que pautam a vida pela vadiagem? Não podemos ignorar que esta é das mazelas sociais presentes em todas as épocas e culturas. Por isso mesmo, faz-se necessário ler Provérbios 13.4,21,25: II Tessalonicenses 3.11,12. O quarto mandamento da Lei de Deus declara a necessidade de trabalhar a maior parte do tempo.
- Sobre a escravidão, isto é, a exploração do ser humano no trabalho, prática que vem dos tempos mais antigos e ainda é encontrada em alguns lugares, Deus já se posicionou contrário. Todo trabalho deve ter um salário justo (Êxodo 3.7,8; Jeremias 22.13; Tiago 5.4; Mateus 20.1-15.
Conclusão
Depois de analisar cada um desses aspectos sobre o crente e sua atividade profissional, a pergunta final seria a respeito da importância da oração na solução de problemas pertinentes. Por exemplo: em época de desemprego as pessoas necessitam ser fortalecidas e confortadas, além persistirem na busca de opções. Na tomada de decisões sobre alternativas de trabalho e de mudanças geográficas, Deus pode orientar sobre a direção a seguir. Os sentimentos de gratidão e satisfação são também decorrentes de revelações espirituais. Os dias de carência precisam dos cuidados de Deus através do socorro de outras pessoas e das igrejas.