167. Fé Não Fingida

I Timóteo 1.5

FÉ NÃO FINGIDA

Introdução

  1. Já sabemos o quanto é fundamental a atitude de ter fé para todos os tipos de experiências na vida cristã. É através dela que nos relacionamos com Deus, que recebemos a salvação eterna e que buscamos as bênçãos que necessitamos.
  2. A novidade é essa informação do apóstolo Paulo quando escreve a Timóteo falando da existência de uma fé fingida. A palavra original é “anypócritos”, que significa “não hipócrita, sincera, verdadeira”. Na sua segunda carta a Timóteo, voltou a falar da necessidade de a fé não ser fingida (II Timóteo 1.5).

Desenvolvimento

  1. As pessoas tem um tipo de fé que faz parte da constituição da personalidade, razão por que acreditam nas bulas quando tomam remédio, acreditam nos pilotos quanto entram num avião, acreditam nos bancos quando depositam seu dinheiro, acreditam uns nos outros quando se relacionam e acreditam nas religiões quando participam de alguma delas. É a fé natural.
  2. Ocorre, todavia, que além dessa faculdade de nossa natureza humana, também existe a fé espiritual. É aquela que não nasce conosco, mas nos é concedida por Deus como um dom (Romanos 10.17; Efésios 2.8). As pessoas quando são expostas à Palavra de Deus, seja pelo ouvir, seja pelo ler, começam a crer de um modo diferente.
  3. Quando acontece de uma pessoa participar de nossa igreja e não experimentar a conversão através de Jesus Cristo, esta pessoa pode pensar que pelo fato de acreditar naturalmente ela está tendo uma fé espiritual, o que não é verdade. Sua fé é uma experiência natural e não uma dádiva espiritual de Deus.
  4. Com base nessa revelação é que podemos entender os motivos porque ocorrem certas experiências que nos deixam surpreendidos.

4.1. Pessoas que acreditam por um tempo e depois desistem, deixando de perseverar, como Salomão no Velho Testamento (I Reis 11.6) e Demas no Novo Testamento (II Timóteo 4.10).

4.2. Pessoas que pensam que acreditam e até são batizadas e se tornam membros da igreja, como Simão Mago, mas depois revelam que não foram transformadas (Atos 8.13-25).

4.3. Pessoas que sucumbem quando expostas a provações e tentações, não sendo capazes de resistir nos dias maus, razão por que são até capazes de blasfemar de Deus, como expressou a mulher de Jó (Jó 2.9).

Conclusão

  1. Um alpinista em sua escalada de uma alta montanha e ao anoitecer foi surpreendido por um escorregão e, caindo, só conseguiu se agarrar em sua corda de proteção. De repente, a corda estancou e ele ficou pendurado. Nesse momento, pediu socorro a Deus e ouviu uma voz lhe dizendo para cortar a corta que seria salvo. Ele não conseguiu acreditar e se prendeu ainda mais à corda, onde passou a noite. No dia seguinte, quando foram resgatá-lo, encontraram-no congelado e morto a dois metros de altura do chão firme. No seu gravador de voz, ouviram o que ele havia gravado: “Deus me mandou cortar a corda, mas eu não acreditei no que estava ouvindo”.
  2. A fé espiritual é diferente da fé natural porque é capaz de acreditar em tudo o que Deus diz através da Bíblia e do Espírito Santo. Sob essa ótica, não é uma fé fingida, mas uma fé sincera porque é um dom de Deus.