3. De Novo é Tempo de Buscar ao Senhor

Oséias 10.12

 Introdução

  1. Embora fossem religiosas, como muitos em nossos dias, as pessoas da época de Oséias não estavam realmente buscando o Senhor, razão por que esse chamado estava sendo ministrado perlo profeta. Mais do que praticar rituais, cumprir obrigações estabelecidas e zelar pelo cumprimento dos mandamentos, eles precisavam buscar ao Senhor. Aliás, essa é a diferença entre religiosidade e espiritualidade.
  2. Essa mesma realidade de serem religiosos sem buscar Deus fez parte da história deles em outros momentos:

2.1. Davi dizia a pessoas de seus dias: “Disponde agora vosso coração e vossa alma para buscar o Senhor vosso Deus” (I Crônicas 22.19).

2.2. Josafá convocou o povo para fazer o mesmo. Josafá “temeu e pôs a buscar o Senhor... Também de todas as cidades vieram para buscarem o Senhor” (II Crônicas 20.3,4).

2.3. Amós clamava: “Buscai o Senhor, para que vivei” (Amós 5.6).

2.4. Através de Jeremias, Deus dizia: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29.12,3).

2.5. O que o Espírito de Deus está dizendo é que se eles fossem sempre espirituais não haveria necessidade de estarem sendo sempre concitados a buscarem ao Senhor!  

2.5. Para não incorrermos no mesmo erro, a busca de Deus deve ser renovada. Aliás, por isso a chamada está relacionada com a agricultura: semear, ceifar e lavrar. São ações agrícolas anuais, conforme a semente do que se planta.

 Desenvolvimento

  1. As pessoas que não são crentes ao ouvirem esse tipo de chamado o consideram novidade. Algumas não tiveram nenhum tipo de experiência espiritual, pois vivem apenas na base dos prazeres da carne ou nas diversões deste mundo. Outras, a experiência que tem nunca lhes proporcionou um verdadeiro relacionamento com Deus, pois estava limitada a adorarem ídolos, confiarem em superstições, buscarem orientação dos espíritos, consultarem cartas, tarôs, búzios. Quando ouvem o evangelho e aceitam Jesus Cristo, tudo se transforma e aprece como uma tremenda novidade espiritual a enriquecer a vida como nunca experimentou antes.
  2. No entanto, nós que somos crentes há mais tempo, depois de buscar Deus várias vezes por dia, todos os dias da semana, todas as semanas do ano e durante anos a fio, estamos sujeitos a cairmos numa rotina, considerando essa uma experiência religiosa que não precisaríamos mais ter.

2.1. Este fato fica evidente nas seguintes atitudes: mal meditamos na Bíblia, fazemos orações mecânicas, temos presença irregular nos cultos, quase nunca entregamos dízimos e ofertas, não nos consagramos ao serviço do Senhor.

2.2. É como se o relacionamento com Deus se tornasse enfadonho, isto é, cansativo, maçante. O estar na igreja ou o estar diante de Deus se torna tédio. Numa ocasião quando pessoas viveram essa experiência, Deus lhes perguntou através do profeta Miqueias:Ó povo meu, que te tenho feito? Em que te enfadei? Testifica contra mim” (Miqueias 6.3).

  1. Ao ler a história da vida de oração de Davi, Daniel e Jesus, verificamos que eles nunca deixavam de buscar a Deus, mesmo que a repetição estivesse incluída. Repetir não era motivo para que o relacionamento com Deus se tornasse sem significado. Pelo contrário: quanto mais buscavam Deus, mais o faziam com fervor, entusiasmo, ardor, mais espirituais se tornavam. Vejamos a experiência deles: Salmo 55.17; Daniel 6.10; Mateus 26.44.

 Conclusão

   Assim como o povo na época de Oséias precisava ser despertado, lembrando que lavrar, semear e ceifar eram ações que se repetiam a cada ano, precisamos sempre ter nossos olhos fitos em Jesus Cristo, tendo prazer espiritual de estar sempre na sua presença, sempre estar na igreja, sempre servi-lo em boas obras, sempre evangelizar, sempre entregar as contribuições

   Mantendo o prazer de estar na presença de Deus é que vamos experimentar suas bênçãos prometidas: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e ele tudo fará. Descansa no Senhor e ele te concederá o que deseja o teu coração”.