122. A Música na Religião

Daniel 3.1-7; II Crônicas 29.27-30

A MUSICA NA RELIGIÃO

Introdução

  1. A música tem sido usada para diferentes finalidades. Usa-se música para fins comerciais, através da propaganda de rádio e televisão; para fins ideológicos, através de hinos pátrios e marchas revolucionárias; para fins românticos, através de canções de amor e paixão; para fins medicinais, através da musicoterapia.
  2. Como não poderia deixar de acontecer, consequentemente também a música está presente na religião em suas variadas expressões. Os dois textos lidos mostram a música sendo utilizada em práticas religiosas na Babilônia e em Israel.

Desenvolvimento

  1. O professor Gamaliel Perruci, em um dos seus textos, escreveu: “Desde o princípio da criação, a música tem sido um fator vital em toda adoração religiosa”. Mário de Andrade, em sua obra “Pequena História da Música” informou que a música deixou sua função religiosa.
  2. O problema é que na interpretação bíblica a música não foi criada para servir a qualquer expressão religiosa. 2.1. Por exemplo, não foi criada para divinizar o homem ou para levar homens a se ajoelharem diante de ídolos, como aconteceu na Babilônia e acontece eventualmente até hoje em vários lugares.

2.2. Não foi criada para corromper a fé cristã, levando fiéis a caminhos enganosos através de letras e ritmos. Comentando no livro “A Mensagem Oculta do Rock”, Rolando de Nassau salientou a conexão entre rock e sexo livre, rock e violência, rock e homossexualismo, rock e satanismo. Infelizmente o rock tem influenciado músicas nas igrejas.

  1. Na perspectiva bíblica, a música foi criada no contexto religioso para levar pessoas à comunhão com Deus, experimentando alegria, libertação, perdão, cura, conforto, paz, como aconteceu nos dias do rei Ezequias quando o povo adorava a Deus.

3.1. Saul era libertado de um espírito maligno através da música tirada da harpa de Davi.

3.2. Elizeu profetizava extraordinariamente sob os acordes de um tangedor.

3.3. O carcereiro de Filipos ficou profundamente comovido pelos cânticos de Paulo e Silas na Prisão.

3.4. Jesus e os apóstolos cantaram hinos depois da Celebração da Ceia.

  1. Todavia, essa adoração a Deus não vai acontecer apenas porque estamos nos expressando musicalmente em atos de cultos, seja no templo, seja nas casas, seja individualmente.

4.1. Jesus ensinou que “Deus é Espírito e importa que aqueles que O adoram, adorem em espírito e em verdade” (João 4.23, 24). É preciso, portanto haver espiritualidade na música.

4.2. Sob esse embasamento, Paulo apóstolos quando recomenda o uso de música nos cultos, fala cânticos espirituais: “Enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, e hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor em vosso coração” (Efésios 5.19).

4.3. A música espiritual também deve estar fundamentada nos ensinos da Bíblia: “A Palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda sabedoria, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações” (Colossenses 3.16).

Conclusão

Se estamos em ato de Culto a Deus, a música que viabiliza essa atitude, deve ter mais do que expressão corporal. Mais do que mover nossos braços, nossos pés e nossos quadris, a música espiritual deve mover nosso coração e nossa alma. Mais do que se expressar através de ritmos alucinantes, vozes estridentes e letras vazias, a música espiritual vai expressar sentimentos e pensamentos de um adorador que tem uma verdadeira e autêntica experiência de conversão a Deus e de fé em Jesus Cristo. Esse deve ser o tipo de música em nossa religião.