12. O Sonho da Pátria Cristã

Salmos 33.12

Introdução

  1. Se nós estivéssemos no meio do século passado e alguém perguntasse se o Brasil era um país cristão, muitos diriam que sim porque o Brasil era o maior país católico do mundo. A verdade, porém, é que esse cristianismo era também idólatra, macumbeiro, espírita, mundano e cheio de vícios.
  2. Para substituir essa crença e tornar nosso país uma pátria cristã, desde o início do século, vários neo pentecostais tem dito: “O Brasil é do Senhor Jesus”. Embora seja uma frase de efeito muito interessante, a verdade é que o Brasil continua sendo uma terra de idólatras, macumbeiros, mundanos e, agora, de uma mistura religiosa, onde os pecados são todos os dias manchetes dos jornais.

Desenvolvimento

  1. Na verdade, ouvindo esta ideia de ter um país temente a Deus, lembramos que ela vem desde os dias quando Davi era Rei de Israel. Davi escreveu: “Bendita é a nação cujo Deus é o Senhor”. Seu desejo era de que todos os israelitas prestassem cultos unicamente a Deus, obedecessem aos 10 mandamentos e seguissem as palavras dos profetas. Todavia, seu sonho não pode ser realizado, pois Israel pecou, recebeu o juízo de Deus através da Assíria e Babilônia e o povo foi disperso pelo mundo. Mesmo depois que voltou para a Palestina e até nossos dias, Israel decidiu não acreditar em Jesus Cristo como Messias.
  2. Na época do império romano, com a expansão da pregação do evangelho para vários lugares através dos apóstolos, o Imperador Constantino quis igualmente que seu império se tornasse cristão. Depois de uma visão, no século IV, adotou o cristianismo e determinou que todos os seus súditos também fossem cristãos. Todavia, foi um cristianismo sem conversão e o império tido como cristão continuou mundano, idólatra, materialista e perverso.
  3. Os séculos foram passando e na Inglaterra, após a invenção da imprensa e o consequente aumento do número de Bíblias disponíveis para leitura do povo, assim como de grandes pregadores como John Wesley, a Rainha Elizabeth I sonhou que a Inglaterra se tornasse uma nação cristã. No entanto, também por ausência de conversão, o sonho acabou corrompido por ações políticas que comprometiam o nome de cristão e submeteram a igreja ao Estado.
  4. Nós, os brasileiros, precisamos aprender à luz da História e do Novo Testamento que não é a nação que vai se converter, mas uma parte de seus habitantes. Cristãos sem conversão comprometem a fé cristã. Aliança da Igreja com o Estado corrompe a fé cristã. Crentes sem o Espírito de Deus não tem a necessária espiritualidade para que o país possa ser tido como pertencente a Jesus.
  5. Por isso é que o livro do Apocalipse quando mostra o povo de Deus, não o identifica com Israel e nem com qualquer outra nação. Na verdade, mostra pessoas de todas as raças, tribos, povos e nações (Apocalipse 7.9-10). Pessoas de todas as nações que ouvem o evangelho tornam-se crentes em Jesus, mediante o arrependimento de seus pecados, são batizadas nas águas e se tornam membros de igrejas fiéis a Jesus.
  6. Exatamente para essa finalidade é que devemos continuar pregando o evangelho de norte a sul, de leste a oeste, aos sertanejos, aos índios, aos citadinos, aos pobres, aos ricos, aos da classe média, aos brancos e aos negros. No sertão, na amazônia, nos pampas, na orla marítima - em todos os lugares existirão pessoas que estão esperando para fazer parte do povo de Deus.

Conclusão

  1. Os resultados tem sido impressionantes. Por mais que se fale em transformar o Brasil para se tornar uma nação cristã, o que realmente está acontecendo é a conversão de prisioneiros, drogados, surdos, marginalizados, pecadores, crianças, adolescentes, jovens, adultos e velhos para que se tornem crentes e se unam a outros crentes de todos os povos, raças, tribos e nações.
  2. É com essa interpretação e visão que vamos entender os propósitos de Deus. O Brasil não será uma nação cristã, mas multidões de brasileiros farão parte do Povo de Deus.