194. Propósitos Numa Igreja

Efésios 3.10,11

PROPÓSITOS NUMA IGREJA

Introdução

  1. Há algum tempo, o pastor Rick Warren publicou um livro sobre igreja, que se tornou um “best seller”. Esse livro tem como título “Uma Igreja com Propósitos” e passou a ser considerado por muitos líderes como um manual para a igreja do século XXI.
  2. O interesse pelo livro e em saber o que estava acontecendo na sua igreja foi tão grande que, em março de 2001, ele realizou um congresso onde compareceram 3.500 participantes de diversas denominações de 33 países, inclusive 150 pessoas do Brasil.
  3. Como consequência de sua influência, várias igrejas, em várias partes do mundo, passaram a adotar seu modelo sugerido, com as necessárias adaptações em cada lugar. O enfoque, nesse modelo, é salientar que a igreja com propósitos tem mais condições para experimentar crescimento e maturidade espiritual.

Desenvolvimento

  1. Quando me formei em Teologia, no ano de 1976, no STBSB, aprendi que Deus teve propósitos ao enviar Jesus Cristo a este mundo, que minha vida estava dentro dos propósitos de Deus e que as igrejas tinham propósitos a serem realizados.

1.1. Pensando especificamente nas igrejas, pude perceber que nos respectivos estatutos de cada uma delas, em sua maioria, estavam previstos propósitos específicos: adoração, evangelização, ensino, comunhão e beneficência.

1.2. Se as igrejas já tinham propósitos definidos nas páginas do Novo Testamento e também em seus estatutos, qual foi a relevância do livro e do modelo de Rick Warren? Depois de muito pensar, cheguei a conclusão que, infelizmente, os propósitos da igreja ficavam apenas no papel ou apenas alguns propósitos eram realizados ou a igreja era direcionada para apenas um propósito. Cheguei a descobrir igrejas que não sabem o que fazer e, se fazem alguma coisa, é na base do improviso, caindo inclusive na rotina de uma liturgia mecânica.

  1. O significado da palavra propósito (próthesis), inclusive em outros textos, quer dizer exatamente objetivo, alvo, meta. Alguns exemplos: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus , daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8.28), “nos salvou e nos chamou com santa vocação ; não segundo as nossas obras , mas conforme o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus , antes dos tempos eternos” (II Timóteo 1.9), “Tu , porém , tens seguido , de perto, o meu ensino , procedimento , propósito , fé , longanimidade , amor , perseverança” (II Timóteo 3.10). Isto quer dizer, em outras palavras, que realmente as igrejas precisam existir tendo propósitos a serem alcançados, de acordo com a vontade de Deus.
  2. Se a igrejas não sabe o que fazer ou faz pela metade, é importante dizer, repetir e enfatizar que a igreja deve adorar, ter comunhão, edificar, evangelizar e prestar serviços. Mais ainda, todos os propósitos precisam existir em equilíbrio, sem que um seja mais importante do que outro. Também todos eles devem ser praticados e não apenas alguns deles. Isto me faz lembrar um outro livro também sobre propósitos da igreja, onde o autor os resume a três: exaltar o Senhor, evangelizar os pecadores e equipar os santos (Vida Total na Igreja, Darrel Robson). Essa redução corre o risco de deixar de lado algum propósito estabelecido por Deus para a igreja, considerando principalmente a sua “multiforme sabedoria”.

Conclusão

Se Deus tem propósitos, se cada um de nós também deve viver com propósitos, a igreja só vai ser relevante na sociedade onde está inserida, se cumprir os propósitos para os quais ela foi criada por Jesus Cristo, organizada numa determinada data e existe num determinado lugar. Esses propósitos são: exaltar a Deus, evangelizar os pecadores, edificar os convertidos, ter comunhão uns com os outros e socorrer os necessitados.