132. A Música na Ceia do Senhor

Mateus 26.26-30

MÚSICA NA CEIA DO SENHOR

Introdução

  1. O ser humano tem lançado mão da atitude de cantar em diferentes ocasiões ao longo de sua história pessoal e social. Por serem variadas as ocasiões, também as músicas consequentemente são diferentes em suas letras e ritmos. Dentro dessa variedade tem existido o que chamamos de música religiosa ou espiritual. É aquela cantada em atos de cultos, eventos especiais, ocasiões solenes.
  2. Observando a narrativa da instituição da Ceia do Senhor, somos informados de que ela culminou com a atitude dos participantes também cantarem um hino. Sendo herdeiros da hinódia judaica, certamente esse cântico após a Ceia foi um dos hinos de louvor extraídos do Livro de Salmos, chamados Louvor Pascal.

Desenvolvimento

  1. Sob certa interpretação, poderíamos então dizer que aquela atitude de cantar o hino referido poderia ter sido apenas mais uma atitude religiosa dentro da tradição judaica. Todavia, quero lembrar que a instituição da Ceia foi uma atitude nova dentro da tradição judaica da Páscoa. Consequentemente eles estavam impressionados com a novidade da Ceia e seu significado, razão porque o cântico daquele hino ganhou também uma nova expressão espiritual.
  2. Em outras palavras, os hinos e cânticos espirituais da fé cristã só ocorrem de maneira plena, rica e espontânea quando as pessoas tem uma profunda experiência com Jesus Cristo, o que ocorreu no dia da Ceia ao cantarem.

2.1. Fazendo uma confissão sincera como músico, David Brazeal no livro “A Música no Crescimento da Igreja”, escreveu: “Depois de trabalhar um tempo elaborando cultos criativos eu realmente, senti que estava faltando algo mais importante do que boa técnica e criatividade... Então comecei o processo de entrar no 3º nível: a espiritualidade... A música é um dos resultados de uma vida mais perto de Deus. Agora, às vezes, parece que eu não posso parar de cantar” (pg 30,34).

2.2. Naquela Ceia eles mais uma vez experimentaram o amor de Jesus, a ponto de dizer que daria a própria vida, para lhes conceder perdão de pecados e vida eterna. Por isso, cantaram como nunca tinha cantado antes.

  1. Quando vivemos num ato de culto, em eventos especiais e ocasiões solenes ou nos momentos devocionais de nossa vida particular, uma profunda experiência com Deus, espontaneamente nós cantamos com entusiasmo. Nenhum líder de culto ou ministro de louvor ou regente congregacional precisa mandar, sugerir, persuadir, apelar, argumentar para que nós louvemos ao Senhor. Torna-se, na verdade, impossível não cantar.

Conclusão

Há alguns anos, no texto de um projeto da Associação dos Músicos Batista do Brasil, ficou escrito: “A música sempre será um dos meios mais sublimes para apresentar a Deus o mais puro e perfeito louvor, vindo de corações unidos e ativos no fortalecimento do ministério em Cristo” (Fundamentos de Música Sacra das Igrejas Batistas do Brasil).

Ao celebrar a Ceia do Senhor em nossos dias, conscientes do que ela significa para nós, outra atitude também não podemos ter senão a de cantar louvores a Jesus Cristo.  A novidade do simbolismo do pão e do cálice são suficientes para nos motivar a cantar hinos com entusiasmo, adoração e gratidão ao Pai celestial, na unção do Espírito Santo.