Lucas 9.37-42
Introdução
- A ideia de um pai herói é tão significativa que já foi título de filme produzido pela França/Estados Unidos e de novela brasileira veiculada pela rede globo.
- Aproveitando-se do tema, um site de mensagens a usou para dar oportunidade a filhos expressarem o que pensam a respeito do pai. A mensagem do site diz: “O pai é aquele herói que sempre está presente quando precisamos, seja para nos proteger de alguma coisa que nos assusta ou para nos passar toda sua experiência de vida!”. Vários filhos escreveram, entre os quais destaco dois: “Eu tenho o melhor pai do mundo, eu tenho um pai que me entende, tenho um pai que está sempre presente, tenho um pai que me dá os melhores conselhos do mundo, tenho um pai que briga comigo, mas depois me faz entender que é para o meu bem. Pai, obrigado por tudo, pois eu não sei nem como te agradecer por tudo que fez e ainda faz por mim. Eu te amo muito.”, “Eu já lhe falei de tudo, mas tudo isso é pouco diante do que sinto... Olhando seus cabelos, tão bonitos, beijo suas mãos e digo: Meu querido, meu velho, meu amigo...”.
Desenvolvimento
- Em virtude de ser uma expressão cunhada para expressar sentimentos de um filho para seu pai, acredito que esta seria exatamente a expressão que este moço mencionado neste episódio bíblico iria usar depois do que seu pai fez por ele.
- Naquela época, no mundo grego e romano, já existiam figuras mitológicas que eram tidas como heróis, tais como Aquiles, Hércules, Apolo, Ártemis, Netuno e Zeus. Mesmo assim, quando lhe perguntasse quem era seu herói, ele diria: “Meu pai”.
- Em nossos dias, também em nossa cultura, existem figuras míticas tidas como herói: Flash Gordon, Fantasma, Batman, Superman, Capitão América, Homem Aranha. Se vivesse em nosso tempo e perguntassem a esse moço quem era seu herói, ele diria: “Meu pai”.
- É claro que a esta altura, você estaria me perguntando as razões para considerar esse pai da história bíblica um herói. Então enumerei alguns delas.
4.1. Esse pai permaneceu com o filho mesmo que sua situação provocasse rejeição por parte de outras pessoas e até pudesse envergonhá-lo socialmente. Afinal, a experiência de estar endemoninhado era estranha o suficiente para provocar olhares discriminatórios, isolar e até mesmo risos de zombaria.
4.2. Procurou fazer tudo que estava ao seu alcance para seu filho pudesse ter uma vida normal, sendo valorizado na sociedade. É verdade que naquela época os recursos médicos eram limitados. A medicina não tinha as medições que hoje estão à disposição, mas ele certamente bateu na porta de vários médicos. Quando algum médico lhe disse que a causa não era clínica, mas espiritual, certamente ele também bateu à porta dos exorcistas que já praticavam seus rituais. Depois procurou os apóstolos, mesmo assim tudo foi em vão,
4.3. Finalmente, quando teve a oportunidade, ele se dirigiu a Jesus Cristo, considerado como o único que poderia realmente resolver o seu problema. É verdade que Jesus já havia expulsado demônios de outras pessoas, mas Jesus continuava sendo objeto de dúvidas por parte das autoridades religiosas. Ele ignorou o que pensavam os opositores de Jesus e a Jesus clamou.
4.4. Ao narrar o episódio, Marcos escreveu que Jesus que lhe falou da necessidade de ter muita fé para que pudesse ver seu filho transformado. Então, com humildade, ele admitiu sua pequena fé e pediu a Jesus que a aumentasse até que chegasse no ponto de viabilizar o milagre. É como se ele dissesse: “Jesus se o milagre da cura de meu filho depende do milagre da fé em meu coração, faz esse milagre em mim... Eu quero crer ao ponto de ver o milagre”.
- O fim da história não poderia ser diferente. Jesus curou o rapaz e o entregou ao pai. Finalmente, depois de muitos anos de sofrimentos, fora capaz de crer o suficiente para Deus também estendesse sua graça sobre ele.
Conclusão
No site de mensagens, um filho deixou escrito: “Meu pai obrigado por tudo que aprendi e que trago comigo. Nos momentos difíceis da vida, meu pai, você foi meu amigo!”. Esse moço da história bíblica acrescentaria: “Você foi meu herói, principalmente por ter sido o crente que foi. Foi sua fé em Jesus que me abençoou. Obrigado, meu pai”.