195. O Livro dos Sinais

João 2.11; 10.41,42; 20.30,31

O LIVRO DOS SINAIS

Introdução

  1. Em nossos dias, a expressão “Livro dos Sinais” poderia se tratar de um livro para que pessoas, que estão aprendendo as regras de trânsito, pudessem identificar os sinais que existem nas pistas onde os carros trafegam. Também poderia se tratar de um livro para que pessoas, que desejam se comunicar com os surdos, aprendam os movimentos que se faz com as mãos, como sinais que representam letras ou palavras. Ainda poderia se tratar de um livro acadêmico para pessoas, que desejam aprender explicações sobre os sinais como um conjunto de dados e informações, a respeito de um sistema, como por exemplo, sinal de televisão.
  2. Para João apóstolo, todavia, o seu livro de sinais era o livro que ele escreveu sobre os milagres que Jesus realizou que comprovavam sua identidade divina e que levariam pessoas a crerem em Jesus Cristo como Salvador, Senhor e Mestre. A palavra grega original “σημεῖον” (sêmeion), significava sinal, prodígio, “portento, i.e., uma ocorrência incomum, que transcende o curso normal da natureza. Em nossa maneira de falar, significava milagre”. Aliás, é assim que várias bíblias traduzem a expressão em 4.54: “Jesus fez este segundo milagre, quando ia da Judéia para a Galileia”.

Desenvolvimento

  1. É verdade que em hoje em dia existe a ideia de que para pessoas acreditarem que Jesus é Filho de Deus e para que essas pessoas se tornem crentes, Jesus precisaria continuar fazendo sinais ou milagres como fazia no passado ou os pregadores do evangelho deveriam fazer sinais ou milagres em nome de Jesus Cristo, tais como ressuscitar mortos, curar doenças incuráveis, promover prosperidade financeira, tornar deficientes pessoas normais, alterar leis da natureza, trazer fogo do céu.
  2. Por isso, em nossos dias, não faltam igrejas e denominações, cuja ênfase principal é exatamente a de que os cultos nos templo ou nos ginásios e estádios devem promover a cura de doentes, devem levar pessoas a não fazerem consultas médicas e nem usarem remédios, a não serem internadas em hospitais e nem se submeterem a cirurgias. Pregam e ensinam cura divina sem qualquer participação dos profissionais da saúde, mesmo que as pessoas continuem enfermas ou neguem que foram abençoadas por Deus através da Medicina.
  3. Na mente e no coração de João apóstolo, escritor do quarto evangelho, de maneira diferente do que tem acontecido ao longo dos tempos e em nossos dias, os sinais ou milagres que Jesus Cristo realizou e que foram escritos neste livro serão suficientes para levarem pessoas a acreditarem que Jesus é Filho de Deus e a se tornarem crentes. Uma vez que este evangelho seja colocado nas mãos das pessoas que seja por elas lido ou objeto de pregações, este evangelho produzirá conversões genuínas e verdadeiras. Conversões autênticas.
  4. Em sua hipérbole linguística, João apóstolo informou que Jesus Cristo realizou muitos outros sinais que não foram escritos por falta de papel na época, isto é de pergaminho ou papíro. Então, ele escreveu os sinais ou milagres que pode escrever, isto é, escreveu o que seria suficiente para levar pessoas a crerem em Jesus Cristo. Aliás, quando pessoas não acreditam em um sinal ou milagre, fazendo perguntas e levantando dúvidas, não adianta mostrar dezenas deles. Essas pessoas são céticas ou incrédulas por natureza e nenhum sinal ou milagre consegue despertar nelas a atitude de crer. Não conseguem ter fé, mesmo que queiram.

Conclusão

João apóstolo deixou escrito que Jesus Cristo transformou a água em vinho, multiplicou os pães, fez a figueira secar, curou os doentes, ressuscitou mortos, andou sobre as águas, para que você soubesse e se tornasse um crente em Jesus Cristo. Para João apóstolo, não é necessária a realização de nenhum sinal ou milagre em nossos dias. Basta apenas que você saiba o que Jesus Cristo fez e então acredite nele.