150. História dos Cristãos

  Atos 11.26

HISTÓRIA DOS CRISTÃOS

Introdução

  1. No período do primeiro século, os discípulos de Jesus Cristos foram chamados de “cristãos”, mas ao longo dos tempos esse nome se diversificou, surgindo os “cristãos católicos”, depois os “cristãos ortodoxos”,  em seguida os “cristãos protestantes” e finalmente, nos últimos tempos, os “cristãos evangélicos”.
  2. Paralelamente a esses grupos diversificados de cristãos também existiram, em vários lugares, outros movimentos que não foram reconhecidos oficialmente e que viviam na obscuridade, entre os quais os “montanistas”, “marcionitas”, “novacianos”, “valdenses”, “menonitas”, “anabatistas”. Os “batistas” foram herdeiros desses grupos que viviam à margem das igrejas oficiais.

Desenvolvimento

  1. No final do primeiro século, como resultado da obra missionária dos apóstolos, havia cristãos na Ásia, na África e na Europa.

1.1. Com a morte dos apóstolos e de acordo com as demandas de liderança, surgiram os presbíteros e pastores, que eram também chamados de bispos. Por motivo das distâncias geográficas, cada igreja teve seu líder religioso com a tarefa de ensinar as doutrinas da fé cristã.

1.2. Com o passar do tempo surgiram as diferenças na maneira de crer e praticar os ensinamentos de Jesus Cristo, dando lugar a divergências e divisões. No século IV, já sob a influência do imperador romano, a igreja que estava na cidade de Roma recebeu do Imperador Teodósio o termo “cristão católico”. As demais igrejas que fossem fiéis à Roma também passaram a ser assim chamadas.

1.3. Consequentemente, as igrejas cristãs foram se aglutinando em torno de centros de liderança, que davam as diretrizes doutrinárias: Jerusalém, em Israel; Antioquia, na Síria; Alexandria, no Egito; Constantinopla, na Turquia; e Roma, na Itália. Nessa ocasião, os líderes dessas igrejas centrais, que se chamavam bispos, passaram a ser chamados de Patriarcas e se consideravam iguais em importância e autoridade. As demais igrejas giravam em torno desses centros de liderança conforme a geografia. 

1.4. Para dirimir as controvérsias doutrinárias, os Bispos e os Patriarcas se reuniam em Concílios. Desses encontros saiam documentos que davam orientações às igrejas e a seus demais líderes.

  1. Á certa altura da história, o Bispo ou Patriarca de Roma quis se tornar Papa, isto é, superior aos demais bispos e concílios. Por isso, no século XI, o Bispo de Constantinopla rompeu com essa proposta e assim deu origem à “Igreja Cristã Ortodoxa”, hoje presente em vários países orientais.
  2. Em 31 de outubro de 1517, o padre Martinho Lutero iniciou nova divisão na Igreja Católica Romana, dando origem à Igreja Protestante. Na Alemanha, foi chamada de Igreja Luterana. A Igreja Anglicana surgiu na Inglaterra. A Igreja Presbiteriana na Suíça e França.
  3. Os batistas, herdeiros de grupos que viviam à margem dessas igrejas oficiais, inclusive herdeiros dos anabatistas, tem seu primeiro registro histórico em Amsterdam, na Holanda, em 1609, com John Smith. Depois aparecem na Inglaterra, em 1612, com Thomaz Helwys. Em 1639 surgem em Providence, nos Estados Unidos, com Roger William. Chegaram ao Brasil em 1882, com William Buck Bagby.
  4. Os evangélicos tradicionais ou pentecostais têm suas origens tanto em igrejas protestantes, resultado de novas divisões, como também de iniciativa de líderes com novas doutrinas e práticas, gerando igrejas mais recentes como Assembleia de Deus, Maranata, Deus e Amor, Renascer, Universal do Reino, Internacional da Graça e muitas outras com os mais diferentes nomes.

Conclusão

De um grupo que no princípio era chamado de “cristãos”, na medida em que o tempo foi passando e novas interpretações doutrinárias foram surgindo, surgiu uma Igreja dividida em quatro ramos principais: católicos, ortodoxos, protestantes e evangélicos. Estão presentes em quase todos os países do mundo, com mais de 2 bilhões de seguidores, representando cerca de 33% da população.

A nós, os cristãos batistas, cabe a responsabilidade de ser fiel ao nome de Jesus Cristo e de guardar seus ensinos, deixando por conta dele o julgamento de cada uma das igrejas no dia do Juízo Final.