9. Os Pecados da Mocidade

Salmo 25.7

Introdução

  1. Além de periodicamente muitas igrejas terem suas atividades voltadas para a valorização dos jovens, também o percentual de jovens na população brasileira continua sendo o maior. Igualmente maior é o percentual de jovens entre as pessoas que morrem de acidente de trânsito, que fazem uso de bebida alcoólica, que estão nas penitenciárias, que estão viciados com maconha, cocaína ou crack.  Todos estes fatos confirmam que o tempo atual continua sendo oportuno para se refletir sobre a oração do salmista, quando fala nos pecados de sua juventude.
  2. Continua oportuno, mesmo que em nossa época esteja um pouco fora de moda, alguém usar a palavra pecado. Todavia, se alguém na justiça fala em crime ou infração legal, em psicologia fala de desvio de conduta, em psiquiatria de transtorno de personalidade, em sociologia de desajuste social, está usando outras palavras mas continua falando de pecado. Por isso, o tempo atual continua sendo oportuno para meditar sobre a oração do salmista que diz a Deus: “Não te lembres dos pecados da minha mocidade...”

Desenvolvimento

  1. É verdade que todos nós somos pecadores, independentemente da idade em que estejamos. Significa que as crianças, os adolescentes, os jovens, os adultos e os idosos cometem pecados. Se vocês lembram, no episódio da mulher apanhada em adultério, quando Jesus disse “Quem não tem pecados, atire a primeira pedra”, todos saíram da presença dele, “a começar dos mais velhos até os últimos” (João 8.9).
  2. Existem, porém, alguns pecados que podemos situar como predominantemente pecados de jovens. Vejamos alguns deles:

2.1. Pecado da falta de juízo (Provérbios 7.6,7). Ter juízo é ter a capacidade mental de raciocinar, ponderar, refletir, analisar entre o que é certo e o errado, escolhendo fazer o que é certo.

2.1.1. Essa capacidade mental pode ser prejudicada de 4 maneiras: lesões cerebrais (partos e acidentes), produtos químicos (remédios ou drogas), cirurgia médica (em virtude de tumores), exacerbação emocional (as emoções alteram o equilíbrio hormonal) e perda de valores (princípios dados por Deus para o viver diário).

2.1.2. Uma psicóloga escreveu: “A juventude em busca de si mesma sente-se confusa e perplexa em meio a queda de valores”. Em outras palavras, as pessoas estão pecando cada vez mais em nossos dias porque além de se deixarem levar pelas emoções estão deixando de considerar a vontade de Deus expressa na Bíblia e revelada pelo Espírito Santo em sua consciência.

2.1.3. A perda do juízo foi a principal razão porque o jovem do texto se envolveu em pecados e tem levados muitos outros, razão porque continua sendo oportuno voltar-se para Deus e dizer: “Perdoa os pecados de minha mocidade”

2.2.  O pecado de fazer apenas a sua própria vontade (João 21.18). Embora as pessoas tenham o direito de fazer a sua própria vontade, a vida social implica em se respeitar a vontade dos outros e a vida espiritual implica em colocar em prática a vontade de Deus.

2.2.1. A vontade própria pode ir a extremos e prejudicar a pessoa, os familiares, os amigos, os outros e os planos de Deus quando alguém desenvolve um ego além dos limites, o que pode ser visível quando ocorre egoísmo, egocentrismo, autoconfiança exacerbada, autoestima exagerada. A pessoa diz: Eu, eu, eu, eu.

2.2.2. Pedro era conhecido como uma pessoa impulsiva, precipitada, atirada – fazia o que queria. Por isso, cometeu vários pecados, mas ele começou a ouvir Jesus dizendo: “Se alguém quiser... Quantas vezes eu quis, mas vós não quisestes... Quem quiser”.  Ele e outros aprenderam a fazer a oração do salmista: “Perdoa os pecados de minha mocidade”.

Conclusão

  1. Bom seria que as pessoas não cometessem pecados, nem crianças, nem adultos, nem adolescentes e nem jovens. Todavia, a Bíblia revela que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.
  2. A alternativa que nos resta diante desta trágica realidade humana e buscar o perdão de Deus em Jesus Cristo. A Bíblia afirma que quando “confessamos nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”
  3. Não adianta negar, justificar, explicar, mascarar, esconder, dissimular, minimizar. A alternativa é fazer o que o salmista fez: pedir perdão a Deus.
  4. As promessas na Bíblia são de que Deus “lança para trás de suas costas”, Deus “lança nas profundezas do mar”, Deus “apaga nossas transgressões”, Deus “se esquece de todos os nossos pecados”. A Bíblia ensina que o “sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo pecado”.