133. Visões de Deus

Isaías 6.1-9

VISÕES DE DEUS

Introdução

  1. Enquanto a experiência de visão a partir de nossos olhos físicos está associada ao mundo visível, material e temporal que nos cerca, a visão com os olhos espirituais está associada a enxergar o que é invisível, imaterial, celestial, angelical, divino.
  2. Embora se possa encontrar relatos desse tipo de experiência em várias religiões, nossa atenção deve ficar restrita aos relatos bíblicos, como este do profeta Isaías. De modo muito claro, Isaías disse que teve uma visão de Deus quando entrou no templo em Jerusalém para viver sua prática de adoração.

Desenvolvimento

  1. Mesmo que sua experiência fosse espiritual, Isaías fez questão de situá-la num momento histórico. Disse que ocorreu na ocasião quando morreu o rei Uzias.

1.1. Examinando o período do reinado de Uzias, é possível descobrir que houvera muita prosperidade em todos os sentidos como resultado da benção de Deus, mas ele se deixou levar pelo orgulho e como consequência foi rejeitado pelo Senhor (II Crônicas 26.1-23).

1.2. Em outras palavras, esse tipo de experiência pode ocorrer nos momentos mais variados de nossa vida, inclusive em ocasiões dramáticas, de nosso país, de nossa cidade, de nossa família e de nós mesmos. Geralmente ocorre em consequência de nossa atitude de buscar a Deus através da oração, seja em casa, no templo ou em outro local. Querendo entender o que esteja acontecendo e buscando em Deus uma explicação, a resposta vem através de uma visão espiritual.

1.3. Tal tipo de experiência ocorreu com Estevão quando estava sendo morto por apedrejamento, perseguido pelos fariseus. Em sua experiência de sofrimento e dor, ele disse: “Vejo os céus abertos e o Filho do Homem em pé à direita de Deus” (Atos 8.56).

1.4. Saulo de Tarso estava no objetivo de perseguir e prender os cristãos, quando no caminho de damasco teve uma visão. Ele disse que Jesus lhe apareceu no resplendor de uma luz que descia do céu (Atos 9.3-6). Mais tarde, ele disse que não foi desobediente à visão (Atos 26.19).

1.4. Eliseu e seu servo estavam cercados pelo rei da Síria, ameaçados de morte. Vendo o desespero do seu servo, Eliseu pediu a Deus que abrisse os olhos dele: “Senhor, abre os olhos dele para que veja". Então o Senhor abriu os olhos do rapaz, que olhou e viu as colinas cheias de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu” (II Reis 6.17).

  1. Compreendendo esse fato e analisando a experiência de Isaías, podemos perceber que ele experimentou consciência de pecado pessoal e coletivo, clamou por purificação e santificação, ouviu um chamado para cumprir uma missão e colocou-se prontamente à disposição.

2.1. Em outras palavras, a experiência de visão espiritual não objetiva proporcionar sentimento de vaidade e orgulho a qualquer crente, como se ele fosse melhor do que os outros. Pelo contrário, o efeito pode ser a consciência de pecado pessoal junto com outras pessoas.

2.2. Mais ainda: faz com que, sem sombra de dúvida, o crente busque a purificação e santificação que, em nossos dias, só o sangue de Jesus Cristo pode nos conceder.

2.3. Tem o objetivo de dar ao crente uma tarefa a ser cumprida na obra de Deus. Quando Pedro teve sua visão no terraço da casa, a mesma ocorreu para que ele fosse pregar na Casa de Cornélio (Atos 10.9-48).

Conclusão

  1. O fato de Isaías, Estevão, Paulo, Eliseu terem visões da realidade espiritual que nos cerca, invisível a olhos humanos, não significa que o mesmo irá acontecer normalmente com você, nos dias atuais. É preciso lembrar que doutrinariamente Deus tem várias didáticas para de revelar aos crentes. Alguns tem visões, outros tem sonhos, há os que sentem no coração algo diferente, existem os que ouvem o Espírito através da pregação ou da leitura Bíblia e finalmente todos nós experimentamos a comunhão com Deus através da oração com base na fé.