181. Resposta Sobre Salvação

Eclesiastes 3.19-22

RESPOSTA SOBRE  SALVAÇÃO

Introdução

  1. Em nossos dias, seja través de pregações na televisão, seja através de mensagens nas mídias sociais, seja através de livros e revistas, seja através de abordagens pessoais, não faltam pessoas que insistem em dizer que após a morte de uma pessoa e do seu sepultamento nada mais existe com o seu consequente desaparecimento.
  2. Para fundamentar essa afirmação, costumam citar pincipalmente este texto bíblico, no qual está declarado que os homens são iguais aos animais quanto ao que possa acontecer após a morte, pois ambos seriam de uma mesma natureza e ninguém poderia dizer o contrário. Sentem-se seguros em tal afirmação porque é extraída da Bíblia.

Desenvolvimento

  1. Um dos grandes perigos em se interpretar a Bíblia é basear uma argumentação apenas em um texto bíblico, sem observar o seu contexto e outros textos que tratem do mesmo assunto.

1.1. Neste caso específico, o que o autor da declaração faz é salientar a importância das pessoas darem atenção à necessidade de aproveitar a vida da melhor maneira possível, enquanto tem essa possibilidade, em vez de ficarem pensando na morte e no que poderia existir depois dela. Ele segue na argumentação, acrescentando sua recomendação: “Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?” (Eclesiastes 3.23). Em outras palavras: concentra suas prioridades para usufruir ao máximo daquilo que a vida oferece, em vez de ficar com pensamentos mórbidos, desejando a morte e esperando algo em seguida.

1.2. Mais ainda: sua pergunta neste texto é respondida por ele mesmo em outro texto, ao final do livro. Ao terminar de escrever todo o livro, ele declara: “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12.7). Sua crença, portanto, declarada no contexto é de que o espírito humano depois que separa do corpo após a morte vai para Deus.

  1. Prosseguindo na revelação que foi sendo feita gradativa e detalhadamente, principalmente através de Jesus Cristo e dos apóstolos, torna-se claro que após a morte há uma experiência que nos aguarda, dando continuidade à vida espiritual.

2.1. Na parábola do rico e do Lázaro não só aparece a realidade após a morte, mas uma realidade em duas dimensões: uma no céu e outra no inferno (Lucas 16.19-31).

2.2. No momento da morte dos salteadores ao lado de Jesus Cristo na cruz do Calvário, um deles recebe a garantia de que após a sua morte o seu destino seria o paraíso (Lucas 23.42,43).

2.3. Ao morrer por apedrejamento e ter uma visão celestial, a oração que Estevão faz foi a da entrega do seu espírito a Jesus Cristo, à semelhança do que Jesus também fizera (Atos 7.59).

2.4. Quando faz comentários a respeito da experiência de viver e de morrer, à semelhança do autor de Eclesiastes, Paulo apóstolo é ainda mais rico nessa dilema e em mencionar o que lhe espera após a morte, que é o encontro com Jesus Cristo na eternidade (Filipenses 1.21-23).

2.5. No Livro do Apocalipse, ainda que em meio a uma linguagem simbólica e figurada, não há dúvidas quanto ao estado celestial das pessoas crentes depois que morrem (Apocalipse 6.9-11).

Conclusão

Eu sei que existem outras ideias sobre o que pode ocorrer após a morte de uma pessoa, como a reencarnação, o purgatório, o sono da alma, mas eu tenho certeza que a melhor escolha é a de ir em espírito para o paraíso celestial e lá permanecer até a ressurreição final, principalmente porque foi a resposta dada por Jesus ao autor do livro de Eclesiastes. Ele perguntou: “Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima?”. Jesus nos respondeu: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso e quem crê em mim tem a vida eterna”.