Eclesiastes 3.19-22
RESPOSTA SOBRE SALVAÇÃO
Introdução
- Em nossos dias, seja través de pregações na televisão, seja através de mensagens nas mídias sociais, seja através de livros e revistas, seja através de abordagens pessoais, não faltam pessoas que insistem em dizer que após a morte de uma pessoa e do seu sepultamento nada mais existe com o seu consequente desaparecimento.
- Para fundamentar essa afirmação, costumam citar pincipalmente este texto bíblico, no qual está declarado que os homens são iguais aos animais quanto ao que possa acontecer após a morte, pois ambos seriam de uma mesma natureza e ninguém poderia dizer o contrário. Sentem-se seguros em tal afirmação porque é extraída da Bíblia.
Desenvolvimento
- Um dos grandes perigos em se interpretar a Bíblia é basear uma argumentação apenas em um texto bíblico, sem observar o seu contexto e outros textos que tratem do mesmo assunto.
1.1. Neste caso específico, o que o autor da declaração faz é salientar a importância das pessoas darem atenção à necessidade de aproveitar a vida da melhor maneira possível, enquanto tem essa possibilidade, em vez de ficarem pensando na morte e no que poderia existir depois dela. Ele segue na argumentação, acrescentando sua recomendação: “Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?” (Eclesiastes 3.23). Em outras palavras: concentra suas prioridades para usufruir ao máximo daquilo que a vida oferece, em vez de ficar com pensamentos mórbidos, desejando a morte e esperando algo em seguida.
1.2. Mais ainda: sua pergunta neste texto é respondida por ele mesmo em outro texto, ao final do livro. Ao terminar de escrever todo o livro, ele declara: “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12.7). Sua crença, portanto, declarada no contexto é de que o espírito humano depois que separa do corpo após a morte vai para Deus.
- Prosseguindo na revelação que foi sendo feita gradativa e detalhadamente, principalmente através de Jesus Cristo e dos apóstolos, torna-se claro que após a morte há uma experiência que nos aguarda, dando continuidade à vida espiritual.
2.1. Na parábola do rico e do Lázaro não só aparece a realidade após a morte, mas uma realidade em duas dimensões: uma no céu e outra no inferno (Lucas 16.19-31).
2.2. No momento da morte dos salteadores ao lado de Jesus Cristo na cruz do Calvário, um deles recebe a garantia de que após a sua morte o seu destino seria o paraíso (Lucas 23.42,43).
2.3. Ao morrer por apedrejamento e ter uma visão celestial, a oração que Estevão faz foi a da entrega do seu espírito a Jesus Cristo, à semelhança do que Jesus também fizera (Atos 7.59).
2.4. Quando faz comentários a respeito da experiência de viver e de morrer, à semelhança do autor de Eclesiastes, Paulo apóstolo é ainda mais rico nessa dilema e em mencionar o que lhe espera após a morte, que é o encontro com Jesus Cristo na eternidade (Filipenses 1.21-23).
2.5. No Livro do Apocalipse, ainda que em meio a uma linguagem simbólica e figurada, não há dúvidas quanto ao estado celestial das pessoas crentes depois que morrem (Apocalipse 6.9-11).
Conclusão
Eu sei que existem outras ideias sobre o que pode ocorrer após a morte de uma pessoa, como a reencarnação, o purgatório, o sono da alma, mas eu tenho certeza que a melhor escolha é a de ir em espírito para o paraíso celestial e lá permanecer até a ressurreição final, principalmente porque foi a resposta dada por Jesus ao autor do livro de Eclesiastes. Ele perguntou: “Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima?”. Jesus nos respondeu: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso e quem crê em mim tem a vida eterna”.