173. Crescer no Conhecimento

Oséias 6.3; II Pedro 3.18

 CRESCER NO CONHECIMENTO

Introdução

  1. Há duas razões pelas quais vocês devem continuar crescendo no conhecimento de Deus e de Jesus Cristo:

1.1. Nenhum tipo de conhecimento humano se esgota com alguns meses, anos ou décadas.  Na astronomia, os cientistas não conseguem chegar ao fim do universo e a cada ano descobrem que os números de galáxias e estrelas são maiores, Na música, não se esgota o estudo instrumental e vocal, razão pela qual os músicos estudam anos a fio. Na medicina, os profissionais estão cada vez mais se especializando nas partes do corpo, as quais vão se mostrando cada vez mais complexas.

1.2. O conhecimento de Deus, esse então é inesgotável. Se o universo é infinito, a música é interminável e a medicina limitada, Deus é eterno e, como tal, na medida em que o tempo passa, nós vamos aos poucos o conhecendo melhor e aos poucos entendendo o seu agir na história humana e em nossa própria história pessoal e familiar.

  1. O conhecimento contínuo de Deus será possível através da comunhão com Ele, através dos estudos na Bíblia, através da presença em todos os cultos, tanto aqui no templo como nos lares e através da comunhão na oração pessoal.

Desenvolvimento

  1. Se vocês não prosseguirem no conhecimento de Deus algumas conseqüências inevitáveis advirão.

1.1. Superficialidade. Resulta da atitude ilusória de achar que já sabe o bastante, justificando a preguiça, a vaidade, o desvio de interesse, a falta de definir o que seja prioritário na vida. Essa superficialidade pode ser visível também no uso da língua portuguesa, quando as pessoas falam erradamente e não querem aprender a se expressar melhor. É visível na música quando as pessoas tocam ou cantam mal e acham que o importante é expressar como pode os sentimentos e pensamentos.  Pode ser visível nas práticas de uma igreja, quando seus líderes dizem que a igreja sempre foi assim e assim sempre deve ser, mesmo que os tempos tenham mudado. Pior é no caso de Deus, quando as pessoas dizem que para Deus basta agir de coração, com sinceridade.

1.2. Heresias. São ensinos ministrados por professores ou mestres cujo objetivo, consciente ou inconsciente, é confundir as pessoas religiosas, a fim de mantê-las cativas como seus seguidores. Ainda que usem falem sobre as obras de Deus e mencionem o nome de Jesus e seus ensinos, suas atitudes estratégicas objetivam  fazer com que as pessoas tenham admiração por elas mesmas,  conhecendo suas idéias, conceitos, definições, explicações. Esses mestres e professores querem ter seus próprios seguidores. É facilmente verificável quando seus seguidores falam muito o nome de seus líderes ou de suas igrejas.

1.3. Incredulidade. A incredulidade não existe por si mesma. É filha da dúvida e da ignorância.

1.3.1. Quando uma pessoa ouve as promessas de Deus e não vê essas promessas sendo cumprida em sua vida, a pessoa começa a ter dúvidas sobre o caráter de Deus. Por isso o profeta dizia: “Deus  não é  homem e nem filho do homem para mentir (Números 23.19). Por isso Tiago dizia a várias pessoas: “Aquele que duvida é como a onda do mar, que vai e volta”. A dúvida gera a incredulidade.

1.3.2. É filha também da ignorância porque a pessoa simplesmente passa a duvidar, sem buscar Deus para saber as razões, sem buscar Deus saber realmente o que Ele prometeu. Sem buscar Deus, para perguntar qual ó seu sábio e terno propósito em não terem atendido a oração ou não ter cumprido a promessa. Deixa de buscar Deus, fecha a Bíblia e se afasta da igreja.

  1. Mas se você procurarem ter conhecimento de Deus e de Jesus Cristo e prosseguirem nesse conhecimento, vocês experimentarão resultados maravilhosos na vida pessoal, familiar e eclesiástica.

2.1. Esse conhecimento é possível mesmo que nós sejamos finitos e limitados e Deus seja eterno. É verdade que o salmista dizia: “Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é e não posso atingi-lo” (Salmo 139.6). Exatamente por isso, Jeremias anos depois transmitia a palavra de Deus, dizendo: “Portanto, eis que lhes farei conhecer, sim desta vez lhes farei [conhecer] o meu poder e a minha força; e saberão que o meu nome é Jeová” (Jeremias 16.21). Exatamente por isso, Jesus Cristo, o Filho de Deus, dizia: “Fiz [conhecer] o teu nome, e lho farei [conhecer] ainda; para que haja neles aquele amor com que me amaste, e também eu neles esteja” (João 17.26).

2.1. Esse conhecimento é possível porque Deus sempre quis se revelar aos seres humanos. A doutrina da revelação estudada em teologia ensina que para alcançar esse objetivo Deus se revelou através da natureza:Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos”. Deus se revelou através de anjos, seus mensageiros, que apareceram a Abraão, Moisés, Samuel, Elias, Isaías, Maria, Pedro, Paulo. Esses anjos mensageiros falavam em nome de Deus. Deus se revelou através de Jesus Cristo, pois Jesus mesmo afirmou: “Quem vê a mim vê o Pai”.

2.3. Esse conhecimento acontece quando você lê e medita nas páginas da Bíblia,  quando você ouve as pregações baseadas na Bíblia, quando você se coloca diante de Deus em comunhão na oração. Em outras palavras: se você ler a Bíblia todos os dias você terá um conhecimento cada vez maior de Deus. Em outras palavras: cada vez que você ouve uma pregação realmente baseada na Bíblia, você consegue conhecer Deus ainda mais. Cada vez que você permite ao Espírito Santo falar ao seu coração quando está em oração, mais terá revelações de Deus ao seu coração e à sua mente.

Conclusão

Nunca seja um bule cheio! Esta figura foi usada por um religioso que tinha um discípulo achando que sabia o suficiente. Então, ele pegou um bule, encheu de água e pediu ao discípulo que colocasse mais ainda, o que o discípulo não conseguiu, pois o bule já estava cheio. O religioso então lhe disse que Deus queria lhe proporcionar mais e mais conhecimento, mas o discípulo não recebia porque achava que sabia o suficiente, como um bule cheio.

Não pense nunca que você já sabe o suficiente sobre qualquer tipo de conhecimento (música, língua portuguesa, história, geografia astronomia, negócios), principalmente sobre Deus. Pelo contrário, tenha o propósito de cada vez mais saber sobre Deus.