Provérbios 31.1
A INFLUÊNCIA DAS MÃES
Introdução
- Às vezes, quando os acontecimentos não são os melhores na vida dos filhos, as mães sentindo-se responsáveis costumam perguntar onde teriam errado na educação deles. Esse tipo de pergunta só tem sentido se admitirmos que as mães realmente tem o poder de influenciar seus filhos, no estilo de vida que venham a escolher.
- Com esse entendimento, Dwight Moody, um famoso pregador do evangelho no século XIX, realmente reconheceu a influência de sua mãe em sua formação. Ele disse: “Devo à minha mãe tudo o que de útil realizei na vida”. Da mesma forma, Abraão Lincoln, um dos mais importantes presidentes norte-americanos, declarou fazendo a mesma associação: “Tudo quanto sou ou espero ser devo à minha mãe”. Como resultado ainda dessa relação entre filhos e mãe, o escritor do belíssimo texto do capítulo 31 do livro de Provérbios, reconheceu que as palavras por ele escritas lhe foram ensinadas por sua mãe. Outras traduções dizem: “São estas as palavras solenes que a mãe do rei Lemuel lhe disse” (NVLH), “Ditados do rei Lemuel; uma exortação que sua mãe lhe fez” (NVI), “Oráculos de Lemuel, rei de Massá, os quais sua mãe lhe ministrou” (KJA).
Desenvolvimento
- Reconhecendo, portanto, a influência positiva e construtiva que as mães tem sobre seus filhos, é que a maioria delas procura dar-lhes o que de melhor possuem em termos espirituais, morais, éticos, sociais, psicológicos, educacionais, financeiros e saudáveis. 1.1. Tendo o amor e a disciplina como bases do relacionamento no ambiente do lar, as mães se tornam instrumentos de Deus na formação integral de filhos. Nesse sentido, o autor do livro “Filhos Precisam de Pais”, em um dos seus capítulos, escreveu: “Ora, o Senhor dá filho aos pais não apenas para que eles possam suprir suas necessidades, mas também para que estes possam ser amados e disciplinados. Amor sem disciplina e puro sentimentalismo. Disciplina sem amor é tirania”.
1.2. A melhor maneira de assimilar esse binário de amor e disciplina, necessários na influência das mães sobre os filhos, é lembrar a declaração do próprio Jesus Cristo que diz: “Eu disciplino a todos quantos amo” (Apocalipse 3.19). Não são, portanto, conceitos antagônicos ou opostos. São conceitos que se completam, principalmente na relação das mães com seus filhos.
- Por outro lado, por mais que as mães possam e devam exercer influência positiva e construtiva sobre seus filhos, no final ou no meio da história, os resultados nem sempre correspondem às expectativas. Exatamente por este motivo é que surge a famosa pergunta de algumas mães: “Onde foi que eu errei?”.
2.1. Sem exagerar, salvo raríssimas exceções, eu tenho certeza que a maioria das mães fazem o melhor em favor de seus filhos e, por isso, devem ter a consciência tranquila em vez de se culparem ou se sentirem responsáveis. A maioria das mães chegam ao ponto de não medir esforços e nem diminuir sacrifícios para que seus filhos tenham êxito na vida. São capazes de abrir mão de seus legítimos direitos e oportunidades para que seus filhos sejam bem sucedidos.
2.2. Por isso, outras razões podem explicar o caminho errado dos filhos, apesar da influência positiva e construtiva das mães. Uma delas é a atitude de alguns maridos quando exercem influência atuando na contramão, em vez de formarem parceria com as esposas. Tem uma filosofia de vida diferente, tem uma ideia religiosa divergente, tem um propósito desigual. Outra razão é a própria liberdade que os filhos tem, liberdade dada por Deus, para seguirem seus próprios caminhos e fazerem suas próprias escolhas, mesmo influenciados por maus amigos. Aliás, a Bíblia revela: “Não se deixem enganar: As más companhias corrompem os bons costumes” (I Coríntios 15.33).
Conclusão
Uma senhora cristã, às vezes lamentava o fato de que havia criado os filhos na pobreza, sem ter muito o que lhes proporcionar em termos de conforto material, durante o período quando estavam em casa. Quando esse pensamento vinha a sua mente, Deus dizia ao coração que ela havia educado o Cláudio, um dos mais respeitados políticos da cidade; que havia educado o Augusto, um líder empresarial na sociedade; que havia educado a Flávia, uma líder comunitária que cuidava dos pobres e necessitados. Quanto às vezes ficavam juntos, eles mesmos diziam que tudo o que eram deviam a Deus e a ela, como mãe que fora.