38. Uma Estratégia Evangelística

Mateus 10.5,6; 15.24

Introdução

  1. Uma interessante experiência para quem deseja ver sua igreja crescer é a de pesquisar sobre os percentuais de pessoas crentes em sua cidade, além de saber esses percentuais no país.
  2. Mais do que saber que no Brasil os evangélicos estão em torno de 25% a 30%, é relevante saber quais tem sido os números na cidade onde a igreja está. Ter uma percepção intuitiva a partir da quantidade de igrejas evangélicas já é um passo, é verdade. Mas a melhor atitude é saber estatisticamente, inclusive que tipo de pessoa de sua cidade tem dado resposta positiva para a pregação do evangelho.
  3. O principal objetivo dessa pesquisa é descobrir a melhor estratégia que possa ser usada para ganhar o maior número possível de pessoas para Cristo, principalmente se a estatística é baixa quanto ao número de crentes. Neste caso, significa que as estratégias que foram usadas não deram resultado desejado.

Desenvolvimento

  1. Para experimentar crescimento, algumas igrejas que hoje realmente são grandes, adotaram entre as estratégias a de ter um grupo específico a ser alcançado. Por exemplo: a igreja mais famosa na atualidade, Igreja Com Propósitos, resolveu alcançar aqueles que eram “sem-igreja”. Vocês já ouviram falar em “sem-terra”, “sem-casas” ... Eles descobriram, na região onde estavam situados, os “sem-igreja”.
  2. Eu sei que nós podemos pensar em “todo mundo” e até podemos não pensar em “ninguém”. Todavia, se pensarmos em “todo o mundo”, nossa mensagem terá que continuar muito diversificada, pulverizada, acertando em poucas pessoas que respondem. Se não pensarmos em “ninguém”, certamente ninguém será alcançado, mesmo com as melhores mensagens.
  3. Diante dessa realidade, penso que lembrar a estratégia de Jesus, no início do seu ministério, é muito interessante. Quando ele disse aos seus pregadores para irem, ele especificou um grupo: “ovelhas perdidas da casa de Israel”. Repetiu seu foco à mulher Cananéia. Ainda que depois, Jesus tenha dito para seu evangelho ser pregado “em todo o mundo, para todas as gentes”, naquele momento ele estava sendo específico. Estava dizendo: “Nesta ação evangelizadora pensem apenas nos judeus e digam as palavras que os judeus entendam.”
  4. Uma igreja onde exerci o pastorado tinha o templo numa praça. Desde quando cheguei, sempre vi a praça cheia de jovens e adolescentes. Pensei então que nossa estratégia deveria ser direcionada para os jovens e adolescentes. Como resultado, a maioria dos 200 batismos que realizei foram de jovens e adolescentes. Depois que saí, as notícias que recebo é que eles continuam batizando jovens e adolescentes em sua maioria.

4.1. Os inteligentes que me ouvem, a esta altura, estariam me dizendo: “Sim pastor, entendi. Devemos pensar em um grupo específico como uma estratégia de evangelização. Podemos pensar nos estudantes ou nos comerciantes ou nos funcionários públicos ou nos pobres e estabelecer uma estratégia de evangelização para alcança-los. Vamos nos preparar para ganhá-los, procurando saber quais são as necessidades deles e qual a linguagem com eles utilizar”.

4.2. Os mais inteligentes ainda e mais argutos estarão me dizendo: “Pastor, se nós não pensarmos logo, vamos perdê-los para a criminalidade, para promiscuidade, para as drogas. Não é ganha-los para evitar que vão para outras igrejas, mas evitar que tenham suas vidas destruídas, arrasadas, infernizadas”.

Conclusão

Hoje, mais do que antes, tenho certeza que precisamos direcionar estrategicamente nossa mensagem para um grupo específico, sem perder de vista todas as pessoas a serem alcançadas. Nossa meta, portanto, não é concorrer com as outras igrejas na corrida pelo crescimento numérico. Nossa meta deve ser buscar o maior número de pessoas para Jesus, antes que sejam enganadas por Satanás e só mais tarde ou talvez nunca saibam que perderam a oportunidade de ter a salvação eterna.