Mateus 4.23
JESUS TAMBÉM ENSINAVA
Introdução
- Assim como os professores atuais trabalham na formação da personalidade acadêmica de seus alunos, instruindo na aprendizagem da língua, da lógica e matemática, da geografia e história, da química e da física, da literatura e ciências, Jesus Cristo também trabalhava na formação da personalidade espiritual do indivíduo nos conteúdos que considerava imprescindíveis. Além de resolver problemas de saúde ao curar as doenças e libertar cativos do poder do mal, Jesus queria que as pessoas aprendessem a viver o dia a dia da melhor maneira possível, principalmente em termos de maturidade espiritual e aprendessem os fundamentos para a vida eterna.
- Eram tão claros os seus ensinos, tão pertinentes, tão atualizados, tão conexos à realidade, tão imprescindíveis que as pessoas ficaram extremamente admiradas e o viam como um mestre singular. As pessoas diziam que tinha autoridade e não era como os demais mestres (Mateus 7.28,29).
Desenvolvimento
- Escrevendo sobre a relação entre o conteúdo de uma disciplina e o professor, Martin Buber disse: “O professor deve familiarizar-se intimamente com a matéria que ensina...Quando o professor faz da matéria que leciona parte integrante de sua experiência íntima, pode apresenta-la ao aluno como algo que promana dele mesmo” (Introdução à Filosofia da Educação. Kneller, George F., Editora Zahar, 1984, pg. 95,96). Nos ensinos de Jesus Cristo que ministrava às multidões e aos seus discípulos, esse predicado é visível de tal maneira que as pessoas diziam: “Nunca ninguém falou como Ele” (João 7.46). Havia uma perfeita integração entre ele e que era ensinado. Ele não dizia: “Façam o que eu digo, mas não faço o que eu faço”, como denunciou que era a prática dos escribas e fariseus (Mateus 23.1-3).
- Se determinados conteúdos eram abstratos ou inéditos para a maioria das pessoas, Jesus Cristo lançava mão de ilustrações em forma de estórias, símiles e metáforas para que os conteúdos fossem percebidos em sua aplicabilidade diária e eterna. Campos e sementes, pastor e ovelhas, donas de casa e moedas, redes e peixes, pais e filhos, joias preciosas e bens materiais eram coisas que faziam parte da vida dos ouvintes e Jesus as usava para trazer à luz ideias, conceitos, pensamentos e realidades que seriam ininteligíveis sem elas. Marcos registra assim essa atitude: “E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender.
E sem parábolas nunca lhes falava” (Marcos 4.33,34). - Não interessava à Jesus Cristo que as pessoas ficassem estagnadas em sua capacidade racional e muito menos pudessem ser manipuladas por serem incultas à luz da formação acadêmica da época. Por isso, procurava estimular o raciocínio, quer formulando perguntas, quer desafiando o entendimento. Não poucas vezes, Jesus se dirigia às pessoas perguntando: “Como não entendeis ainda?”, “Até vós mesmos estrais sem entender?”, “Por que não entendeis a minha linguagem?”, “Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?”, “Que vos parece?” (Marcos 8.21; Mateus 15.16; João 8;.43; Marcos 4.13; Mateus 18.12;21.28).
Conclusão
Além de vocês irem às escolas e universidades para adquirir conhecimentos os mais variados sobre as diversas áreas do saber humano, inclusive através dos melhores professores, tenham absoluta certeza de que não podem prescindir dos conteúdos ensinados por Jesus Cristo, seja para o dia a dia, seja para a eternidade. Através da leitura da Bíblia, vocês poderão confirmar a relevância dos ensinos de Jesus na formação da personalidade, inclusive quanto à maturidade existencial e espiritual. Descubram por si mesmos porque as pessoas diziam: “Nunca ninguém falou como ele”.