II Crônicas 15.1,2
A PARCERIA COM DEUS
Introdução
- Procurando definir o que seja parceria, um especialista ensinou que é um acordo feito entre duas partes, com responsabilidades partilhadas, para alcançar objetivos e resultados que lhes sejam comuns. Em termos religiosos, a parceria com Deus tem sido chamada na Bíblia de relacionamento espiritual, comunhão e vida de oração.
- Esse crente chamado Asa constatou a importância da parceria com Deus quando teve a atitude de buscar Deus ao enfrentar sua primeira batalha, quando Zerá, líder da Etiópia, decidiu lhe fazer guerra. Mesmo tendo um exército de um milhão de soldados e trezentos carros, dirigiu-se a Deus pedindo sua ajuda. Como resultado, ele viu Deus agindo em seu favor (II Crônicas 14.8-14).
- Prevendo, todavia, o que poderia acontecer no futuro com Asa, visualizando antecipadamente sua infidelidade, o profeta Azarias veio ao seu encontro e o deixou prevenido sobre os termos de uma parceria com Deus. O agir de Deus em favor de um crente está diretamente associado à sua fidelidade ao Senhor.
- Aliás, essa é uma das tarefas de um profeta: dizer às pessoas e ao povo que só terão a parceria de Deus se o buscarem de todo o coração e se e ao Senhor forem fiéis, perseverando até o fim, principalmente através de Jesus Cristo.
Desenvolvimento
- A atitude do profeta Azarias pode ser compreendida à luz do que acabou acontecendo com Asa. No começo da história, ele foi realmente fiel, tendo um estilo de vida consagrada.
1.1. Sua primeira atitude foi tirar de sua vida tudo o que fosse idolatria e feitiçaria (15.8).
1.2. Em seguida, ergueu um altar para que sempre tivesse comunhão com Deus através de orações feitas de joelhos nesse altar (15.9).
1.3. Depois, passou a envolver outras pessoas através de sua influência pessoal, para que outros pudessem também fazer o mesmo, junto com ele (15.9-11).
1.4. Finalmente fez um pacto, isto é, assumiu um compromisso, uma aliança de fidelidade a Deus, com todas as implicações (15.12-15).
- Com o passar do tempo e acomodado aos acontecimentos, um dia ele foi surpreendido por um novo desafio. Desta veze, Baasa, rei de Israel, fez ameaças de invadir seu reinado. Em vez de novamente buscar a Deus em oração, ele resolveu buscar ajuda do rei da Síria, oferecendo-lhe presentes para que fosse seu novo parceiro na nova guerra que estaria sendo travada. Nesse momento, outro profeta aparece em sua vida e lhe disse que ele fora infiel a Deus e sofreria as consequências. Em vez de se arrepender, ele ficou aborrecido e mandou prender o profeta, pecando ainda mais contra Deus (16.1-10).
2.1. Quando não buscamos a Deus o que nos espera é uma vida de pecado e tragédias (Romanos 1.21, 28-31).
2.2. Escrevendo a Timóteo, Paulo apóstolo ensinou que “se o negarmos, também ele nos negará; se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo” (II Timóteo 2.12,13). É preciso, todavia, entender que a fidelidade Deus é a Ele mesmo e não aqueles que lhe são infiéis. Aliás, como Deus poderá nos ajudar, como parceiros espirituais, se não o buscamos e nem lhe pedimos ajuda. No caso de Asa, nem quando ficou doente, ele se arrependeu e pediu ajuda a Deus, mostrando que realmente virara as costas para o Senhor (II Crônicas 16.12).
Conclusão
No Novo Testamento, essa atitude de sempre buscar a Deus se chama perseverança. Na verdade, só persevera quem experimenta uma vez e continua, ouve a palavra dos profetas que sempre pregam sobre essa necessidade e firma um compromisso pessoal com Jesus de permanecer crendo nele, aconteça o que acontecer. Os pecados podem ser perdoados, mediante arrependimento e confissão, mas infidelidade não tem jeito. Só estando sempre com Deus, Ele sempre estará conosco, principalmente como crentes em Jesus Cristo.