53. Evangelizar as Cidades

Lucas 4.43

EVANGELIZAR AS CIDADES

Introdução

  1. São várias as necessidades já diagnosticadas por especialistas que estudam os problemas das cidades onde moramos. Dentre elas, já foram relacionadas: saneamento básico, água tratada, ruas pavimentadas, energia elétrica, serviço de comunicação, atendimento ambulatorial e hospitalar, sistema educacional, expansão comercial e industrial, segurança pública, assistência social, áreas de lazer, prosperidade financeira e assim por diante.
  2. Infelizmente, todavia, por mais que a lista seja ampliada, não vamos encontrar alguém lembrando das necessidades espirituais. É como se as pessoas que residem na cidade dependessem apenas daquelas que foram as necessidades diagnosticas por Maslow em sua teoria, quais sejam: necessidades fisiológicas, necessidades de segurança e proteção, necessidades sociais, necessidades psicológicas.

Desenvolvimento

  1. Por mais que Jesus Cristo concordasse com essa relação de necessidades de uma cidade e de seus moradores, seus olhos também conseguiam enxergar as necessidades espirituais. Mais ainda, quando via uma cidade, seus olhos se enchiam de lágrimas, como ocorreu quando entrou certa vez em Jerusalém. Diz o texto bíblico: “E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela” (Lucas 19.41).

1.1. Isto significa, em outras palavras, que na cidade existem pessoas que passam por experiências além daquelas que já foram diagnosticadas por especialistas urbanos e psicológicos. Dentro dos lares onde moram, nos escritórios onde trabalham, no comércio onde vendem, nas industrias onde produzem, nas praças onde tem lazer, nos clubes onde se divertem, nos hospitais onde estão internados, nas penitenciárias onde estão presas, nos veículos onde transitam existem pessoas carentes de perdão, de paz interior, de alivio nas aflições, de conforto nas tribulações, de compensação nas perdas, de proteção nos perigos, de transformação do caos, de esperança na angústia, de alegria interior, de salvação eterna.

1.2. Essas  carências não conseguem ser atendidas através dos projetos básicos de infraestrutura, projetos sociais, psicológicos, políticos, policiais, judiciais, financeiros e até mesmo religiosos que façam parte do planejamento urbano em qualquer parte do mundo. Não conseguem atender essas carências porque elas são basicamente espirituais.

  1. A única maneira de ir ao encontro da cidade e das pessoas que nela residem e suprir suas carências espirituais é através dessa atitude que Jesus teve e nos deixou como exemplo, quando disse que “era necessário anunciar o evangelho em outras cidades”. Além de Jerusalém, Samaria, Cafarnaum e Galileia, Ele queria ir a outras cidades para evangelizar, anunciando o Reino de Deus.
  2. A evangelização dos moradores de uma cidade, além suprir suas necessidades espirituais, certamente influencia em outras ações que nos são muito caras, entre as quais podemos destacar algumas que já foram constatadas onde o evangelho tem relevância: melhor distribuição equitativa das riquezas, elaboração de leis mais justas e imparciais, tratamento mais eficaz das questões judiciais, maior prevenção à presença do mal, melhor controle dos vícios, crimes e corrupção, relacionamentos mais afetivos entre as pessoas, maior atendimento das situações de miséria.

Conclusão

Cada uma das 5.570 cidades que existem no Brasil e cada uma das milhares de cidades nos cinco continentes de nosso mundo precisam do evangelho. O que foi iniciado por Jesus Cristo, continuado pelos seus apóstolos, prosseguido através dos missionários ao longo dos tempos precisa ser consumado antes que chegue o final da história humana. Bilhões de pessoas que moram nessas cidades são seres humanos espirituais que precisam de Deus, através de Jesus Cristo. Precisamos continuar chorando pelas cidades e continuar pregando o evangelho em todas elas até a volta de Jesus Cristo a este mundo.