Mateus 18.15-17
Introdução
- Pesquisando a história de várias igrejas de diferentes denominações, constata-se que a disciplina sempre esteve presente, quer prevenindo, quer excluindo. Não deixaram de incluir em seus procedimentos essa atitude recomendada na Bíblia.
1.1. A disciplina que previne é aquela que ocorre através das mensagens do púlpito, dos estudos bíblicos, dos testemunhos nos grupos, das súplicas e intercessões.
1.2. A disciplina que exclui é aquela que acontece através dos desligamentos, cujos registros nas atas das assembleias mostram o número de pessoas que foram afastadas mês a mês ou periodicamente, por anos e décadas. A maioria dessas pessoas foi objeto de visitação ou contato pessoal para se ter um diagnóstico e se oferecer um parecer. Cada igreja pode apresentar a estatística desses desligamentos comprovando essa realidade.
- Estes fatos inegáveis e inequívocos obrigam-nos a entender de uma vez por todas que as igrejas verdadeiramente cristãs não “acobertam” pecados, nem fazem “vista grossa” e nem “protegem” quem quer que seja. Através da prevenção ou da correção, essas igrejas cristãs tem procurado fazer disciplina.
- O que às vezes pode correr quando essa disciplina corretiva não se torna tão visível é que essas igrejas procuram prudentemente seguir critérios bíblicos para não incorrerem em injustiças ou não se tornarem objeto de questionamentos jurídicos.
Desenvolvimento
- Ao seguir critérios bíblicos, as igrejas o fazem porque esta é a orientação: Mateus 18.15-17; I Coríntios 5.9-13; Gálatas 6.1,2; I Tessalonicenses 5.14; II Tessalonicenses 3.6,14,15; I Timóteo 5.20; Tiago 5.19-20; II João 9-11.
- Ao seguir critérios bíblicos, as igrejas adotam os procedimentos recomendados: tomar conhecimento, colocar em intercessão, fazer verificação e aconselhar, aguardar resultados positivos e, se for o caso, como último recurso, fazer exclusão.
- Ao seguir critérios bíblicos, as igrejas entendem que existem quatro objetivos a serem alcançados através da disciplina, a saber: evitar quedas, restaurar os que caem, excluir os insistentes, reconciliar os arrependidos.
- Ao seguir critérios bíblicos, as igrejas tomam todo o cuidado na apuração dos fatos, porque a Bíblia ensina que:
4.1. Infelizmente, “os pecados de algumas pessoas somente são manifestos depois” (I Timóteo 5.24). São negados, escondidos, ocultos. É preciso que se espere que sejam manifestos claramente.
4.2. Desde tempos antigos “uma só testemunha contra ninguém se levantará, por qualquer iniquidade ou por qualquer pecado... pela boca de duas ou três testemunhas se estabelecerá o juízo” (Deuteronômio 19.15);
4.3. Prudentemente “não devemos nos apressar no litígio, pois depois ficaremos sem saber o que fazer... com os segredos dos outros... nos tornando infames”, isto é, caluniadores sujeitos às penas das leis (Provérbios 25.8-10).
Conclusão
As igrejas verdadeiramente cristãs precisam ser respeitadas e valorizadas, pois procuram agir com amor, prudência e justiça na prática disciplinar. Precisam ser defendidas por quem realmente as ama!