49. Não Faltava Sustento

Romanos 10.13-15

NÃO FATAVA SUSTENTO

Introdução

  1. Lendo várias vezes estes versículos sobre a obra missionária no primeiro século, várias vezes me perguntei: “Por que o texto bíblico não incluiu o sustento financeiro?”. Eu achava que deveria ser: “Como invocação se não crerem. Como crerão se não há quem pregue? Como pregarão se não forem enviados? Como serão enviados se não forem sustentados financeiramente?”.
  2. Afinal de contas, todos nós já sabemos que os missionários para irem aos campos pregar o evangelho necessitam que os crentes entreguem ofertas missionárias. Por isso, em todos os anos existem as campanhas para Missões Mundiais, Missões Nacionais, Missões Estaduais e o Plano de Adoção Missionária. Todos os anos, de maneira ocasional ou mensalmente vários irmãos são convidados a, com liberalidade, entregarem suas ofertas de amor para que mais pessoas se tornem crentes no mundo, em nosso país e no estado.

Desenvolvimento

  1. No caso do texto escrito pelo apóstolo Paulo, percebi que ele não incluiu a entrega de ofertas, o sustento missionário, porque esse não era o problema naqueles dias, por mais dificuldades financeiras que eles passassem.

1.1. No texto escrito aos coríntios, descobrimos que eles não tinham necessidade que ofertas fossem pedidas, pois já estavam contribuindo com um ano de antecedência e se estimulando espontaneamente uns aos outros (II Coríntios 9.1,2).

1.2. Escrevendo aos filipenses, Paulo apóstolo compartilha que eles enviaram ofertas mais do que necessárias, pois queriam agradar a Deus (Filipenses 4.18).

1.3. De acordo com os registros no Livro de Atos, havia uma atitude liberal e espontânea de suprir a igreja com os recursos financeiros necessários para todos os propósitos, inclusive missões (Atos 4.32)

  1. Infelizmente hoje a situação é inversa. Há missionários prontos para irem, mas faltam recursos suficientes para enviá-los com responsabilidade. Missionários que já se prepararam têm esperado meses e anos por igrejas que assumam o compromisso de sustenta-los com dignidade.

2.1. Numa estatística feita na década de 1990, somando-se o número de evangélicos e o valor das ofertas constatou-se que a contribuição individual por crente estava em torno de R$1,00. Se essa conta for feita atualmente os valores apurados não serão significativamente melhores.

2.2. Numa outra estatística em relação à renda global dos evangélicos, apenas 0,11% do total é investido na obra missionária. Significa que o evangélico brasileiro de classe média investe cerca de R$0,30 centavos por mês para alcançar povos não alcançados (https://www.luzemacao.com/stats/).

Conclusão

Os historiadores reconhecem que no primeiro século o evangelho se espalhou por toda a Ásia e chegou à Europa de modo impressionante. Uma das razões é que eles investiram financeiramente para a obra missionária. Na época, como Jesus Cristo havia colocado, o problema deles era falta de obreiros. Jesus disse: “Grande é a seara, mas poucos os ceifeiros”.

Hoje, o evangelho está se espalhando pelo mundo, mas ainda há muitos povos a serem alcançados, num total de cerca de 42% da população mundial. Pessoas tem se apresentado para serem missionárias e as juntas e organizações missionárias tem preparado esse exercito de obreiros, mas está faltando recursos financeiros. Por isso, em nossa época é que surge a pergunta: Como serão enviados se não forem sustentados?

Fica, portanto, o apelo: que você contribua para a obra missionária como nunca fez antes. Ore e contribua porque existem missionários querendo ir aos campos. Ore e contribua porque há multidões esperando serem salvas.