Apocalipse 20.1-10
0 REINADO DE MIL ANOS
Introdução
- Ramsés II do Egito, Gengis Kan da Mongólia, Salomão de Israel, Nabucodonosor da Babilônia, Alexandre da Grécia, César de Roma, Hitler da Alemanha escreveram seus nomes na História Geral porque tiveram a oportunidade de governar várias nações e povos por algum tempo, através principalmente do poder militar que dispunham.
- A Bíblia diz que Jesus Cristo também estabelecerá um reinado sobre todas as nações e povos do mundo, cujo tempo previsto será de mil anos e através do seu poder espiritual. Para que este reinado seja estabelecido, o Diabo e seus demônios serão impedidos de exercerem qualquer tipo de influência sobre as pessoas, tendo os crentes liberdade para reinarem juntos, inclusive uma parte dos que forem ressuscitados com esse objetivo.
Desenvolvimento
- De acordo com a interpretação de alguns estudiosos, desde o teólogo Agostinho, do século IV, esse reinado de mil anos mencionado no livro do Apocalipse já está acontecendo, no coração das pessoas que se tornam crentes em Jesus Cristo e se tornará cada vez maior e visível, na medida em que o evangelho for pregado e, assim, o Diabo e seus demônios estarão sendo “amarrados”, até que Jesus Cristo volte a este mundo e, então, haja a ressurreição dos mortos, o juízo final, o arrebatamento da igreja e o surgimento de novos céus e da nova terra.
1.1. Embora não possamos negar que a pregação do evangelho está alcançando gradativamente os povos e nações, impedindo o Diabo e seus demônios de exercerem sua influência sobre aqueles que se convertem, levando Jesus a governar espiritualmente essas pessoas, não podemos ignorar, por outro lado, que ainda existem povos e nações que não foram alcançados, que o mal continua imperando através de várias maneiras e que o Diabo e seus demônios continuam exercendo influência no mundo.
1.2. Um outro aspecto é que determinadas profecias associadas com o milênio não estão sendo cumpridas: “Será um tempo de paz (Miquéias 4:2-4; Isaías 32:17-18); gozo (Isaías 61:7,10); conforto (Isaías 40:1-2); sem qualquer pobreza (Amós 9:13-15) ou enfermidade (Joel 2:28-29), completa justiça (Mateus 25:37; Salmos 24:3-4); obediência (Jeremias 31:33); santidade (Isaías 35:8); verdade (Isaías 65:16): plenitude do Espírito Santo (Joel 2:28-29); Cristo governará como rei (Isaías 9:3-7; 11:1-10); haverá completa harmonia na natureza (Isaías 11.6).
- Uma outra interpretação surgida principalmente no século XIX tem insistido que a profecia do reino de mil anos de Jesus Cristo não deve ser interpretada como está escrita, isto é, literalmente para este tempo presente ou futuro próximo, assim como outros textos bíblicos associados. Em outras palavras, na cronologia dos acontecimentos, essa interpretação do governo de mil anos de Jesus Cristo diz que mil anos é uma figura de linguagem para descrever o que vai ocorrer por ocasião dos novos céus e da nova terra, no reino eterno de Deus.
2.1. O problema com essa interpretação é que o texto no Apocalipse faz menção, em sentido literal ou figurado, que após esses mil anos, o Diabo e seus demônios voltarão a exercer influência sobre povos e nações. Evidentemente que essa hipótese é totalmente inaplicável como possível de ocorrer após o Reino Eterno de Deus, em novos céus e nova terra.
2.2. A promessa, literal ou simbólica, é de que por ocasião dos novos céus e nova e terra, a perfeição será total e irreversível, na cidade de Jerusalém Celestial, com Deus habitando no meio do seu povo, limpando toda lágrima, não havendo mais morte e nem dor, assim como a presença da árvore da vida (Apocalipse 21.3,4; 22.2).
- Por isso, desde os primeiros séculos, vários estudiosos e intérpretes da Bíblia fazem a opção pela interpretação literal, ensinando que durante mil anos, sob o governo de Jesus Cristo, haverá um período de paz, justiça, harmonia e amor neste mundo em que vivemos. Esse período será estabelecido por ocasião de sua volta a este mundo, quando haverá o reinado do Messias sem a influência do Diabo e seus demônios e com a participação dos crentes vivos e ressuscitados para essa finalidade. Nesse período, os povos e países terão a oportunidade de experimentar os benefícios do governo de Jesus Cristo, para que, finalmente, após o retorno do Diabo e seus demônios, os povos e países façam uma decisão baseada na experiência, para que realmente ninguém diga que não teve a oportunidade de escolher entre o bem e o mal.
Conclusão
Infelizmente, após o retorno de Satanás, povos e nações voltarão a ser enganados, sendo levados à guerra final contra Jesus, guerra do Armagedon, com a vitória final de Cristo, derrotando o Diabo, seus demônios e todos os que os seguiram, sendo então lançados no lago de fogo e enxofre. Depois de tudo isto é que virão novos céus e nova terra, para todos os que confiaram em Jesus Cristo e servirão a Deus pela eternidade.V