131. A Grande Tribulação

Mateus 24.31; I Tessalonicenses 1.10

A GRANDE TRIBULAÇÃO

Introdução

  1. A maioria dos cristãos já sabe desde o primeiro século de nossa história que a vida espiritual inclui passar por tribulações.

1.1. Já sabe porque assim foi antecipadamente ensinado nas páginas do Novo Testamento através das palavras de Jesus Cristo e também de seus apóstolos que escreveram às igrejas.

1.2. Já sabe porque tem vivido a experiência desde quando líderes religiosos judaicos e imperadores romanos submeteram milhares de crente à perseguição e morte nas fogueiras, nas arenas dos leões e nas prisões. Uma dramática experiência que tem se repetido ao longo dos séculos em vários lugares do mundo até aos dias atuais.

  1. O que desejo, todavia, destacar nesta oportunidade é o ensino escatológico a respeito da grande tribulação. Será uma experiência no futuro e que não tem nenhuma com a qual se possa comparar no passado.

Desenvolvimento

  1. Em seu sermão escatológico, quando revelou vários acontecimentos que estarão ocorrendo no período de sua volta a este mundo, Jesus mencionou essa experiência. Ele disse: ““Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tão pouco há de haver” (Mateus 24.21). Comentando a volta de Jesus, Paulo apóstolo escreveu: “E esperar dos céus a seu filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura (I Tessalonicenses 1.10).
  2. No livro do Apocalipse, Jesus se dirige às igrejas e disse: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo para tentar (provar) os que habitam na terra” (Apocalipse 3.10). No diálogo com João, o anjo lhe respondeu: “Este são os que vieram da grande tribulação e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7.1-14).
  3. Embora várias palavras gregas sejam traduzidas em português para “tribulação”, é preciso também perceber num estudo mais criterioso que a palavra “thymos” significa um “irrompimento violento de ira”. Quando esta palavra é usada no livro do Apocalipse o contexto esclarece que é a manifestação da ira de Deus sobre os ímpios. A outra palavra grega “orgê”, que significa “estado firme de ira”, também cai somente sobre os ímpios. Para se referir às tribulações que os justos e santos suportam, os textos originais usam a expressão grega “thlipsis” (Millard Erikson, Opções Contemporâneas na Escatologia, pg. 123, 124). Isto quer dizer que a manifestação da ira de Deus conhecida como a grande tribulação recairá sobre todos quantos fizeram a opção de não ser cristão, preferindo viver de acordo os seus padrões pessoais quanto à religião, estilo de vida e fé em Jesus Cristo.

Conclusão

As tribulações sobre os crentes ora são mais fortes, ora são mais fracas, às vezes são rápidas e outras vezes demoradas, mas no caso da grande tribulação ou derramamento da ira divina eles serão poupados, pois já terão sido arrebatados e porque ela se destina aos ímpios como juízo divino. Os crentes irão antes ao encontro de Jesus nos ares, conforme ensinou Paulo apóstolo: “nós, os que estivermos vivos sobre a terra, seremos arrebatados como eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E, assim, estaremos com Cristo para sempre” (I Tessalonicenses 4.17).