Mateus 14.33
CRISTO TAMBÉM FOI ADORADO
Introdução
- Não haveria nenhuma novidade para os judeus e nem para outras pessoas religiosas do passado e do presente afirmar que somente Deus deve ser objeto de adoração. Exatamente por isso, o apóstolo Pedro, quando estava na casa de Cornélio, lhe disse ao ver que ele estava de joelhos aos seus pés: “Levanta-te que eu também sou homem” (Atos 10.25, 26). Também exatamente por isso, quando João apóstolo se ajoelhou diante do anjo que lhe mostrava as visões do apocalipse, ouviu o anjo lhe dizer: “Olha, não faças tal, porque eu sou teu com servo e de teus irmãos, dos profetas e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus” (Apocalipse 22.8,9). Ainda por isso, quando o Diabo quis ser adorado durante a tentação do deserto, Jesus Cristo lhe disse: “Ao Senhor teu Deus adorarás e somente a Ele darás culto” (Mateus 4.10). Exatamente por isso, em nossos dias, não adoramos os santos, nem os espíritos, nem os homens, nem as imagens, nem os ídolos, nem o Diabo.
- Essa maneira de pensar e acreditar tem sua origem nas páginas do Velho Testamento, onde encontramos de modo claro que somente Deus deveria ser objeto de adoração e culto. O primeiro mandamento era claro ao dizer: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam” (Êxodo 20.2-5). Jesus Cristo mesmo, quando indagado por um doutor da Lei, sobre o mais importante mandamento, disse: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento” (Mateus 22.37).
Desenvolvimento
- Então, repentinamente, começou a acontecer o que ninguém esperava. Jesus Cristo também passou a ser objeto de adoração. Aliás, desde quando nasceu, Jesus começou a ser adorado pelos magos que o visitaram (Mateus 2.11). Ao iniciar seu ministério e realizar os milagres, as pessoas também o adoraram: o leproso curado (Mateus 8.1,2); Jairo, chefe da sinagoga (Mateus 9.18); pela mulher sirofenícia (Mateus 15.22-15); pelo cego de nascença (João 9.35-38); quando saiu do barco, pelos 12 apóstolos, depois de andar sobre as águas do mar. Mais ainda: recebeu essa adoração sem nenhum problema doutrinário e nem qualquer constrangimento espiritual como se estivesse agindo erradamente.
- A palavra usada para descrever esse gesto é a mesma que também foi usada para descrever adoração a Deus. É a palavra “προσκυνέω” (proskynô).
2.1. Os que são contrários a essa atitude para com Jesus Cristo, argumentam que ela também foi usada na Septuaginta (versão latina do Velho Testamento) no lugar da palavra hebraica שָׁחַה (shachah), para descrever reverência ou homenagem ou respeito a pessoas umas diante das outras: Gênesis 23.7,12, Gênesis 18.2, Gênesis 43.26, Êxodo 18.7; I Samuel 20.41; I Samuel 25.23, I Reis 1.23.
2.2. Ocorre, todavia, que todos esses gestos foram feitos de pessoas para com pessoas numa cultura que até hoje pode ser encontrada em povos do Oriente. Não estava implícito no gesto nenhum reconhecimento de divindade, à semelhança do que ocorreu com Jesus Cristo. Como contra argumento, seria a mesma coisa dizer que a palavra adoração a Deus atribuída é apenas um gesto cultural de uma pessoa do povo oriental, sem qualquer reconhecimento de sua singularidade.
- Toda a celeuma pode ser dirimida recorrendo ao entendimento do apóstolo Paulo quando olha para Jesus Cristo e descreve quem ele é. Ele não diz que Jesus é alguém a quem devemos reverência e respeito. Ele e muito claro e não deixa qualquer dúvida: “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.9-11).
- Dirimida a celeuma, o livro do Apocalipse o descreve Jesus Cristo como sendo objeto de adoração: “E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre, os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas” (Apocalipse 4.9-11).
Conclusão
Uma vez um crente estava entregando folhetos evangelísticos e encontrou um ateu, que imediatamente quis zombar do crente. Começou perguntando se ele sabia a data exata do nascimento de Jesus, ao que ouviu uma resposta negativa. Perguntou se sabia como era a aparência física de Jesus, ao que também teve outro não como resposta. Indagou se sabia qual a data quando voltará, o que também teve uma resposta negativa. Concluindo, o ateu disse ao crente que, na verdade, não sabia nada sobre Jesus. O crente então lhe respondeu: “Há coisas a respeito de Jesus que eu não sei, mas, por outro lado, há um fato sobre o qual estou seguro. Eu era um pecador, um homem mau, dominado pelos vícios e maltratava minha família. Hoje eu sou diferente porque entregue minha vida a Jesus Cristo e ele me transformou, perdoando meus pecado e me dando uma nova vida”. O ateu abaixou a cabeça e não falou mais nada.
Acredita em Jesus Cristo, adorando e prestando culto, pois é Deus entre nós e pode abençoar sua vida.