116. Uma Verdadeira Adoração

II Crônicas 20.13-19

UMA VERDADEIRA ADORAÇÃO

Introdução

  1. Domingo após domingo, seminário após seminário, congresso após congresso as pessoas podem estudar a respeito de adoração a Deus e mesmo assim não consigam viver essa maravilhosa experiência como Jeosafá e seu povo que “se lançaram perante o Senhor, adorando-o”.
  2. Também a maravilhosa experiência de adoração não será vivenciada como Jeosafá e seu povo apenas porque alguém se coloca diante da multidão para motivar, estimular, despertar, movimentar, esquentar, sugerir o levantar das mãos ou o requebrar dos quadris para adorar a Deus em espírito e em verdade, conforme Jesus recomendou (João 4.23,24).

Desenvolvimento

  1. A verdadeira adoração que foi ensinada por Jesus e experimentada por Jeosafá e seu povo ocorre quando as pessoas vivenciam situações que culminem nesse resultado. Se não for assim, muitas vezes a adoração ocorre mecânica e superficialmente, sem ardor e entusiasmo, sem intensidade e profundidade.

1.1. Lendo a história do que ocorreu com Jeosafá e seu povo, o que primeiro eles vivenciaram foi o surgimento de um grande problema. Três povos inimigos se ajuntaram e foram sobre eles numa batalha previamente ganha, considerando a quantidade de soldados de um e de outro lado (II Reis 20.1,2).

1.2. Diante da adversidade que previa uma derrota dramática e humanamente irreversível, Jeosafá e o povo resolve clamar ao Senhor Deus. Estava claro para eles que somente através da intervenção do poder de Deus a situação poderia ter outro resultado. Então eles clamaram como nunca tinham feito antes (II Reis 20.3-12).

1.3. O desdobramento dessa situação de batalha perdida e o clamor incomparável foi a ministração da palavra de Deus que veio em resposta através do profeta Jaaziel revelando que Deus havia assumido a responsabilidade da batalha e faria a intervenção necessária. O profeta chegou a afirmar: “a peleja não é vossa, mas de Deus” (II Reis 20.13-17).

1.4. Diante desse quadro de esperança com base na promessa feita, Jeosafá e o povo não puderam conter o ímpeto de se ajoelharem diante de Deus e o adoraram em espírito em verdade. O louvor era tão alto de modo espontâneo que não precisavam de ninguém para manipular os sentimentos deles. Continuaram afirmando a fé em Deus e tornaram a louvar no amanhecer do dia (II Reis 20.18-21).

1.5. O milagre aconteceu. Os inimigos foram dispersos e mortos. Eles nem tiveram que lutar porque foram destruídos entre si. Feito o saque do despojo, voltaram para a cidade cheios de gratidão e alegria (II Reis 20.22-28).

  1. Em outras palavras, o que nós precisamos entender cada vez mais é que a verdadeira adoração a Deus não acontece sem que haja um grande envolvimento do povo com Deus em ocasiões de problemas, dificuldades e adversidades. Nessas horas, quando o povo se envolve com Deus em súplicas e clamores e surgem a esperança e as promessas, outra não é a atitude senão a de se ajoelhar e adorar a Deus.

2.1. Foi diante de perdas que Habacuque declarou sua fé em Deus e O adorou em espírito e em verdade, sabendo que Deus iria suprir todas as suas necessidades (Habacuque 3.17,18).

2.2. Foi no meio dos sofrimentos decorrentes das perseguições, chibatadas e prisão que Paulo e Silas cantaram hinos adorando a Deus, pois experimentaram as consolações do Senhor (Atos 16.23-25).

  1. Se vocês prestaram a atenção, a adoração não veio depois que eles tiveram a vitória no meio de uma batalha que apontava a derrota. A adoração a Deus foi feita antes da vitória. Foi feita após pedirem socorro e ouviram a promessa que fora feita através do profeta Jaaziel. Tanto é verdade que fizeram uma declaração de fé: “Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis” (II Reis 20.20).

3.1. Nossa adoração, portanto, resulta de acreditarmos em Deus e nas promessas de Jesus em meio aos problemas, dificuldades e adversidades da vida. Jesus disse várias vezes: “Não tenham medo”. Jesus disse: “Vossa alegria ninguém tirará”. Jesus disse: “Estou convosco todos os dias”. Jesus disse: Eu venci o mundo”.

3.2. Moisés dizia ao povo desde os tempos antigos: “O Senhor vosso Deus é o que peleja por vós” (Deuteronômio 3.22). O salmista Davi já dizia no seu tempo: “Deus é nosso ajudador” (Salmo 54.4). Paulo apóstolo ensinava: “Somos mais do que vencedores por aquele que nos amou” (Romanos 8.37).

Conclusão

Sempre que o Espírito Santo lembrar a você as promessas de Deus e que Deus vai lutar por você para lhe dar a vitória, mais cedo ou mais, de um jeito ou de outro, comece a adorar a Deus. A adoração é o resultado de um coração que confia em Deus, tendo certeza de que Ele faz a obra e de cuida de você em todos os dias de sua vida.