47. Laços Familiares na Eternidade

Marcos 12.19-25

Introdução

  1. Um dos aspectos do romantismo entre pessoas que estão namorando ou sejam noivos ou casados, são as “juras de amor eterno”. Ocorre porque essas pessoas ficam tão apaixonadas que desejam a continuidade do relacionamento romântico pela eternidade. Um desses cantores de reggae e pop canta uma música que diz: “Eu te juro amor eterno”.
  2. Meu pai, em seu sonho de constituir uma família também pensou nela entrando pela eternidade. Com esse objetivo, ao dar nome aos filhos, queria que a primeira letra desses nomes formasse a palavra ETERNO. Daí o meu nome e dos meus irmãos. O problema é que no 5º filho, para tristeza do meu pai, minha mãe foi informada pelos médicos que não poderia mais continuar concebendo. Ao saber que não poderia os seis filhos, desistiu dessa ideia e deu-lhe um nome com outra inicial diferente de N.
  3. Há alguns anos, quando os crentes cantavam a última estrofe do hino 499 do CC “Tudo feliz” (“Todos os remidos se conhecerão, sim, ali no céu”), alguns costumavam perguntar ao pastor: “Será mesmo? Vamos reconhecer nossos irmãos? Vamos reconhecer nossos amigos? Vamos reconhecer nossos familiares?” É sobre esse tema que desejo discorrer.

Desenvolvimento

  1. No assunto apresentado pelos saduceus para provar a inviabilidade de ressurreição dos mortos, eles trouxeram a Jesus, com base numa recomendação na Lei de Moisés, uma situação imaginada em que uma mulher casaria com 7 irmãos e perguntaram a Jesus sobre qual deles seria o marido da mulher na eternidade.
  2. Jesus então respondeu para eles e para todos nós que pensamos em laços familiares entrando pela eternidade. Jesus esclareceu: “Não se casarão e nem se darão em casamento, mas serão como os anjos que e4stão no céu”.
  3. Em outras palavras, nossos relacionamentos matrimoniais e familiares só existem neste mundo enquanto estamos vivos. É aqui, inclusive que devemos ser o melhor marido, a melhor esposa, o melhor filho, a melhor filha, os melhores pais, os melhores irmãos, primos, tios, avós....
  4. Na eternidade os laços serão apenas espirituais, à semelhança dos relacionamentos que existem entre os anjos. Evidentemente, laços espirituais incluem relacionamento, pois se assim não fosse, não teríamos relacionamento com Deus que é Espírito e nem Jesus diria que os adoram a Deus devem adorar em espírito em verdade.

Conclusão

  1. Enquanto estamos neste mundo, sejamos os melhores familiares que pudermos ser, porque na eternidade não teremos mais essa oportunidade.
  2. Que as juras de amor entre os casais sejam para sempre, sim, mas não para a eternidade.
  3. Falar bem e levar flores depois da morte não terá valor na eternidade.