189. Celebrar a Deus

Salmo 35.18

CELEBRAR A DEUS

Introdução

  1. No propósito de motivar os cristãos a celebrarem a Deus em seus momentos devocionais particulares e familiares, assim como nos atos de cultos congregacionais, um músico escreveu um cântico que até hoje continua sendo envolvente. A letra do cântico diz assim:

Celebrarei a Ti, ó Deus, com meu viver!

Cantarei e contarei as Tuas obras

Pois por Tuas mãos foram criados terra, céu e mar

E todo ser que neles há.

Toda terra celebra a Ti, com cânticos de júbilo,

Pois Tu és o Deus criador!

A honra (a honra)

A glória (a glória)

A força (a força)

E o poder ao Rei Jesus.

  1. Vivendo esse intenso desejo em sua vida espiritual, o salmista Davi dizia a Deus, em seu fervor: “Louvar-te-ei na grande congregação; entre muitíssimo povo te celebrarei”. Aquilo que acontecia em seu coração e em seus momentos particulares de comunhão, ele também decidiu fazer na grande congregação, no meio de muitíssimas pessoas.

Desenvolvimento

  1. Para que tenhamos uma autêntica e contínua prática de celebração particular ou congregacional, precisamos primeiro entender o que seja essa atitude.

1.1. O Dicionário Aurélio define assim: “Celebrar - fazer realizar com solenidade; promover, patrocinar; comemorar, festejar, celebrizar; publicar com louvor, exaltar; acolher com festejos, comentários, demonstrações ruidosas, etc.”

1.2. Nesse sentido, vários acontecimentos podem gerar celebrações: vitórias, aniversários, casamentos, bodas, prêmios, formaturas, conquistas, nascimentos, curas, novo emprego, bênçãos recebidas, cumprimento de promessas.

1.3. No original, o verbo é הָלַל (hâlal), que significava louvar, elogiar, vangloriar.  Alguns exemplos registrados na Bíblia podem nos ajudar na percepção do que significa essa atitude, principalmente aos olhos de Deus: “E depois foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto” (Êxodo 5.1); “Semelhantemente, aos quinze dias deste sétimo mês tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis, mas sete dias celebrareis festa ao Senhor” (Números 29.12); “E pôs alguns dos levitas por ministros perante a arca do Senhor; isto para recordarem, louvarem e celebrarem ao Senhor Deus de Israel” (I Crônicas 16:4); “E ajuntou-se em Jerusalém muito povo, para celebrar a festa dos pães ázimos, no segundo mês; uma congregação mui grande” (II Crônicas 30.13).

  1. Assim como a páscoa, isto é, a libertação do cativeiro do Egito era motivo para celebração, em nossos dias, em termos espirituais, podemos relacionar as seguintes experiências como motivos para celebrar a Deus: nossa experiência de conversão, quando fomos resgatados das trevas para a luz; nosso batismo nas águas, quando simbolizamos o novo nascimento ou o ser uma nova criatura; a presença do Espírito Santo em nosso coração, que nos santifica, concede fruto e capacita com dons; a proteção experimentada em vários momentos de perigos e nas investidas de Satanás contra nós; o conforto e a consolação quando passamos por momentos de tribulação e adversidades; os recursos financeiros suficientes para suprir nossas necessidades materiais; as experiências de amor fraterno na comunhão dos irmãos uns com os outros; as vitórias experimentadas nas lutas da vida contra o mundo, a carne e o Diabo; as orientações recebidas do alto quando precisamos tomar decisões cruciais; o perdão que sempre recebemos quando confessamos, arrependidos, nossos pecados; o atendimento das orações que fazemos de acordo com a vontade de Deus; a promessa da salvação após a morte e da vida eterna.

Conclusão

No Salmo 100, ao convidar o povo para celebrar Deus em ato de culto, Davi terminou o salmo apresentando razões que via no caráter de Deus: “Porque o Senhor é bom e eterna a sua misericórdia;  a sua verdade dura de geração em geração”. Certamente que ao olhar o caráter de Deus, vendo sua misericórdia, sua piedade, sua compaixão, sua graça, sua benignidade, sua longanimidade, sua veracidade, sua fidelidade, suas paternidade, seu poder, sua justiça, sua soberania, você também sentirá vontade de celebrar a Deus todos os dias, particularmente em seu coração ou em família, assim como aqui na igreja, em ato de culto congregacional no meio da multidão.