I Coríntios 15.12-14
A RELEVÂNCIA DA RESSURREIÇÃO
Introdução
Dois homens estavam conversando sobre a quantidade de religiões que existe no mundo, inclusive da religião cristã. Um deles dizia: “Eu também vou criar uma religião como Jesus Cristo fez”. O outro respondeu: “Só que terá que fazer milagres como ele fez. Terá que ser diferente dos outros homens. Terá que morrer numa cruz como ele morreu. O mais relevante ainda: terá que ressuscitar ao terceiro dia”. O homem que ouvia as exigências, perguntou: “Por que é relevante ressuscitar?”. O amigo lhe disse: “Porque toda a força da fé cristã está fundada na ressurreição de Jesus. Sem sua ressurreição nossa crença seria perda de tempo”.
Desenvolvimento
- Para compreender a relevância da ressurreição de Jesus, podemos começar lembrando que após a sua morte, os discípulos estavam arrasados, pois seria o fim de todo o projeto até então em andamento. Eles perderam o ânimo. Eles fugiram. Eles se esconderam. Eles não sabiam mais o que fazer. Os acontecimentos do Calvário pegaram-nos de surpresa e temiam que o mesmo fosse acontecer com eles. Parecia o fim da mais bela história da humanidade.
- Então, da mesma forma como foram surpreendidos pela morte, também foram surpreendidos com a notícia de que estava vivo. Céleres correram para o sepulcro, que encontraram vazio. Perplexos e admirados viram Jesus Cristo novamente diante deles. No primeiro momento ainda ficaram em dúvida, mas depois não podiam mais negar o que seus olhos viam e seus ouvidos ouviam. Jesus voltara dos mortos e lhes entregou a tarefa de irem ao mundo para pregar o evangelho. Tomados pela força da ressurreição, saíram pelas aldeias, cidades e nações para dizer: “Jesus morreu por nós, mas ressuscitou para nos salvar”. Foi iniciado o maior movimento missionário espontâneo de todos os tempos.
- Se a ressurreição teve esse efeito e mudou os pensamentos, sentimentos e ações dos apóstolos, a primeira opção dos adversários foi negar que Jesus tinha voltado a viver, alegando que os discípulos haviam desaparecido com o corpo. A opção seguinte foi arrazoar cientificamente sobre a impossibilidade da ressurreição, pois violaria as leis da natureza, posição até hoje defendida pelos céticos e ateístas. A última opção foi substituir o ensino da ressurreição pelo ensino da reencarnação, a fim de alimentar o conceito de continuidade da vida depois da morte, para purificação até alcançar a perfeição.
- Criado o impasse entre acreditar ou não acreditar por parte dos que não viram Jesus ressuscitado, à semelhança dos mais de 500 que testificaram terem-no visto com os próprios olhos e ouvido com os próprios ouvidos (I Coríntios 15.5-8), Paulo apóstolo reage ao debate contra-argumentando com a realidade de que a nossa fé cristã é uma falácia, se Jesus Cristo não ressuscitou. Neste caso, ninguém vai ressuscitar e ninguém irá para o céu ou paraíso. Ninguém terá a vida eterna. Tudo vai terminar no túmulo.
- À luz dessa inegável e consequente realidade, Paulo apóstolo então se torna ainda mais incisivo nesta carta aos coríntios, afirmando categoricamente: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos e se fez o primeiro do que morreram” (I Coríntios 15.20).
5.1. Escrevendo também aos filipenses, Paulo apóstolo voltou a esse ensino: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Filipenses 3.21). Assim como o corpo de Jesus foi transformado em sua ressurreição, o nosso também o será em nossa ressurreição.
5.2. Aos tessalonicenses ele chega ao clima apoteótico de sua palavra: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4.16,17). Nossa ressurreição vai acontecer quando Jesus Cristo voltar.
Conclusão
Para nós, a mensagem da ressurreição de Jesus Cristo é um ato de fé. Somos convidados a acreditar nela. Todavia, para aqueles primeiros cristãos e para o apóstolo Paulo, a ressurreição foi um fato que aconteceu diante deles. Eles viram Jesus com os próprios olhos. Por isso, podemos ter certeza e devemos continuar fazendo a mesma declaração: “Jesus ressuscitou dentre os mortos e esta é a base de nossa fé cristã”.