159. A Prática da Oração

Filipenses 4.6

A PRÁTICA DA ORAÇÃO

Introdução

  1. A atitude de fazer orações não é uma prática restrita aos cristãos evangélicos. Também tem sido encontrada em outras religiões: judeus, mulçumanos, hinduístas, confucionistas, espíritas católicos e outros grupos e seitas.
  2. O que existe de diferente na prática da oração cristã evangélica é que são feitas ao Pai Celestial, em nome de Jesus Cristo. As praticadas em outras expressões religiosas são dirigidas a ídolos, entidades, santos, espíritos, forças da natureza, podendo ter outros mediadores.
  3. Outro detalhe de singular aspecto nas orações evangélicas é que elas são expressões espontâneas, baseadas nas situações que os fiéis estejam vivenciando e que desejam externar ao Pai Celestial. Nas outras expressões religiosas, são expressas através de palavras já previamente definidas e que podem ou devem ser repetidas, tais como rezas, mantras, preces.

Desenvolvimento

  1. Pensando especificamente na recomendação do apóstolo Paulo para levar diante de Deus, através da oração, o que esteja sendo objeto de preocupações, ele menciona dois tipos, quais sejam: súplicas e ações de graças. Escrevendo outros textos com a mesma recomendação, ele acrescentou outro tipo: intercessões (I Timóteo 2.1). O apóstolo João menciona a confissão de pecados (I João 1.9). O escritor Lucas menciona mais um tipo praticado pelos primeiros cristãos: louvar e bendizer (Lucas 24.53). Resumindo. Os tipos são: bendizer ou louvar, suplicar ou pedir, interceder, agradecer, confessar.
  2. Embora a maioria das pessoas condicione a prática de orar a um lugar para isto definido, isto é, um templo (Atos 3.1), as páginas da Bíblia mostram diferentes e variados lugares onde as orações podem ser feitas. Jesus Cristo menciona o quarto de portas fechadas (Mateus 6.6). Jesus subia os montes para orar (Mateus 14.23). Os apóstolos viram na sala de refeições (cenáculo) um lugar para oração (Atos 1.13,14). Pedro apóstolo encontrou no terraço da casa um lugar apropriado (Atos 10.9). Paulo apóstolo via na beira dos rios um lugar adequado (Atos 16.13). Também o mesmo apóstolo Paulo aproveitou uma praia para ter comunhão com Deus (Atos 21.5). Resumindo, na sua recomendação sobre os locais para oração, o apóstolo Paulo recomendava: “Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar” (I Timóteo 2:8).
  3. Outro aspecto a ser considerado quanto à prática de orações é a postura dos cristãos quando se colocam diante de Deus. Nos tempos antigos, quando os crentes clamavam a Deus, tinham o hábito de colocar o rosto em terra, refletindo total submissão (Números 16.22). Herdeiros das práticas dos judeus, os crentes tem usualmente se colocado de joelhos (Daniel 6.10). Ezequias, um dos reis de Israel, em virtude de sua enfermidade, sentiu-se à vontade para orar em seu leito, pedindo sua cura (Isaías 38.1,2). Salomão, em sua oração de gratidão a Deus pela construção do templo ficou de pé (II Crônicas 6.12). Quer estejamos com o rosto em terra, ajoelhados, deitados no leito, em pé ou mesmo assentados, em qualquer dessas posições Deus está ouvindo a nossa oração.
  4. Embora Jesus Cristo tenha garantido que iria atender todas as orações, a realidade experimentada por vários crentes é a de que nem sempre Deus atende. A explicação também se encontra na Bíblia quando apresenta impedimentos. Uma vez existindo esses impedimentos, a oração pode não ser atendida. Deus revelou através do profeta Isaías que mesmo que as orações se multiplicassem, elas não seriam atendidas por causa das mãos cheias de sangue (Isaías 1.15). Tiago menciona o fato de que pessoas não estavam sendo atendidas porque faziam orações para os próprios prazeres (Tiago 5.3). Relacionamentos conjugais em conflito impedem orações de serem ouvidas (I Pedro 3.7). Coração amargurado, ressentido, queixoso só atrapalha o ouvir de Deus na hora das orações (Marcos 11.25,26).

Conclusão

Uma vez estando diante de Deus para viver a maravilhosa experiência da oração, desfrutando da comunhão com o Pai Celestial, através de Jesus Cristo, os crentes podem ter resposta imediata (Atos 16.25,2) ou podem ter que esperar alguns dias (Daniel 10.2,12) ou ainda alguns anos (Gênesis 25.20,21,26).  Por isso, é muito importante seguir a recomendação bíblica de “perseverar” na oração, pois os que esperam em Deus é que podem ser testemunhas que foram atendidos.