Salmo 130.1-5
Introdução
- Ainda que seja usado nos relacionamentos pessoais, quando uma pessoa pede desculpa a outra por algum erro ou ofensa cometida, o conceito foi criado basicamente para resolver o problema dos pecados cometidos contra Deus.
- Foi assim que entendeu Davi. Ainda que tivesse agido erradamente contra Urias, tanto expondo-o intencionalmente à morte quanto tomando para si a sua esposa, Ele diz a Deus: “Contra ti, contra Ti somente pequei e fiz o que parece mal aos teus olhos”.
- Estava então se referindo especificamente à Lei de Deus em dois dos seus 10 mandamentos: “Não matarás e não cometerás adultério”. Por isso, ele disse em sua oração: “Senhor, escuta a minha voz. Sejam os teus ouvidos atentos à voz das minhas súplicas. Se tu, Senhor, observares as iniquidades, Senhor, quem subsistirá? Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra”.
Desenvolvimento
- Uma vez que pecou basicamente contra Deus, restava a Davi duas consequências, condenação ou perdão, que inclusive mencionou no Salmo 51.1-5. Se fosse condenado, ele reconhecia que Deus era justo. Se fosse perdoado agradeceria porque Deus lhe fora misericordioso.
- Se as pessoas pouco se importam em serem desculpadas umas pelas outras, nós não podemos viver sem o perdão de Deus, tanto por causa do sentimento de culpa quanto pela culpa como fato.
2.1. Os que têm sentimento de culpa vivem as experiências que Davi compartilhou em outro Salmo: “Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; minha força foi se esgotando como em tempo de seca” (Salmos 32:3,4). A vida se torna sem graça, triste, vazia, doentia.
2.2. Os que não têm esse sentimento, mesmo assim, sobre eles pesa a culpa pelo pecado cometido. É essa culpa que trará a condenação quando a pessoa morre e vai para o inferno ou quando passar pelo Juízo Final e tiver a condenação eterna (João 3.17,18,36; Apocalipse 20.11-15).
Conclusão
- Se uma pessoa é perdoada por Deus, ela experimenta o cumprimento da promessa feita por Deus: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro”.
1.1. Por isso, Isaías escreveu: “Eis que, para minha paz, eu estive em grande amargura; tu, porém, tão amorosamente abraçaste a minha alma, que não caiu na cova da corrupção, porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados” (Isaías 38.17; 43.25).
1.2. Por isso, anos mais tarde, Miqueias deixou escrito: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade. Tornará a apiedar-se de nós, subjugará as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar”.
- Esse perdão prometido e experimentado, garantido por Jesus Cristo, através do seu sacrifício na cruz do Calvário, razão por que João apóstolo deixou escrito: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça... Porque o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (João 1.7, 9).
- Acredita: basta você reconhecer que pecou, confessar o pecado e pedir perdão. Em sua compaixão e misericórdia, com base em sua graça, Deus perdoa você, aliviando seu sentimento de culpa e retirando a mesma de sua relação com Ele. Tudo em nome de Jesus Cristo.