56. Política e Igreja Batista

Mateus 22.21; João 18.36

Introdução

  1. Às vésperas das eleições municipais de 2008, estando todos vocês aqui presentes neste ato de Culto a Deus, queremos afirmar que a Igreja Batista respeita todos os candidatos e todos os partidos e coligações partidárias e, por isso mesmo, culmina por não ter candidato e nem partido político.
  2. Embora algumas igrejas se associem a candidatos e a partidos e outras igreja até criem partidos e lancem seus próprios candidatos, a Igreja Batista tem feito opção de se manter neutra, imparcial, justa.

Desenvolvimento

  1. Esta atitude não é desprezo, nem alienação e nem indiferença. Pelo contrário, queremos participar do processo eleitoral através de orações, súplicas e intercessões em favor de todos vocês, pedindo a Deus que a todos abençoe durante a campanha, na eleição e a partir da posse. Abençoe também os que não forem eleitos!
  2. Esse entendimento da Igreja Batista se deve ao fato de Jesus Cristo, nosso Salvador, Senhor e Mestre ter deixado bem claro que seu governo é de natureza espiritual e transcendente. Espiritual porque a sede do seu governo está no coração das pessoas. Transcendente porque sua origem e destino são celestiais.
  3. Este posicionamento da Igreja Batista, todavia, não cerceia a liberdade dos membros da igreja como cidadãos politizados, pois inegavelmente a maioria dos seus membros está envolvida na campanha política, tanto se apresentando como candidatos, quanto saindo às ruas, praças e casas para pedir votos em favor dos seus candidatos.
  4. A Cartilha do Eleitor produzida pela Associação dos Magistrados Brasileiros em parceria com o Tribunal Superior eleitoral, na pergunta “Quem deve dizer ao eleitor em quem votar, responde assim:” Ninguém. Somente a consciência livre pode indicar em quem votar. Não se influencie nem por líder religioso, político ou comunitário, patrões, parentes, grupo ou instituição. Cada um tem o direito de decidir como exercer sua cidadania. As sugestões e promoções de candidatos podem ser muitas e insistentes, mas a decisão final é do eleitor”.

Conclusão

   Como líder religioso, à luz de todas essas considerações, não estou exercendo influência sobre os membros da igreja. Realmente cada membro de nossa igreja está escolhendo, ele mesmo, o seu partido e o seu candidato, em atitude de respeito recíproco de liberdade inequívoca. O convite a todos os políticos e as orações que estamos fazendo em favor de todos comprovam esse posicionamento. Aliás, considerando os ensinos de Jesus Cristo não queremos uma igreja dividida por nenhuma razão, muito menos por razão política.