Isaías 40.1,2
Introdução
- Ao pregar um sermão, às vezes o pregador leva em consideração os acontecimentos e comportamentos errados, inadequados, pecaminosos que estão ocorrendo com as pessoas. Neste caso, ao aplicar a Palavra de Deus ele lança mão da repreensão, da admoestação, da advertência, da condenação.
1.1. Era recomendação de Paulo diante de certas situações. Aos tessalonicenses, ele escreveu: “admoesta os desordeiros” (I Tes 5.14). A Timóteo, ele escreveu: “repreendas, exortes” (II Timóteo 4.2). A Tito ele escreveu: “Exorta e repreende com toda autoridade” (Tito 2.15).
1.2. Foi experiência vivida por Isaías ao longo dos primeiros 39 capítulos deste livro. Se você os ler, diante dos acontecimentos e comportamentos, Isaías pregava claramente contra o povo, afirmando que seria objeto do juízo e da condenação divina.
- Outras vezes, todavia, existem mensagens que o pregador deve ministrar considerando o que Deus está lhe dizendo, a partir do Deus está vendo no coração das pessoas. Neste caso, somente Deus vê a alma, o espírito, o coração. Quando isto ocorre, Deus está levando em consideração a necessidade das pessoas, principalmente depois do sofrimento que experimentam.
Desenvolvimento
- Esta foi a situação de Isaías quando ouviu Deus mesmo lhe dizendo: “Consolai, consolai o meu povo”. Ele, que até então levava em consideração o comportamento e os acontecimentos, ministrando principalmente mensagens de advertência, de admoestação e de condenação agora estava sendo chamado por Deus para ministrar mensagem de consolação.
- O motivo estava sendo claramente dado por Deus: “as pessoas já haviam sido purificadas da maldade delas através dos muitos sofrimentos experimentados e o restante dos pecados já haviam sido perdoados”. Deus estava vendo o coração das pessoas e o quanto, aquela altura, elas precisavam de consolação, de conforto, de alivio e descanso.
- Aurélio, em seu dicionário, esclarece que consolar é “aliviar ou suavizar a aflição, o sofrimento, o padecimento; dar lenitivo, suavizar, mitigar; proporcionar sensação agradável”. Em outras palavras, o que Deus está nos dizendo é que chega um momento na vida de todas as pessoas quando a maior necessidade é serem confortadas. Elas estão no limite do sofrimento, da angústia, da dor, das lágrimas. Não é hora nem de advertir, nem de admoestar, nem de censurar, nem de criticar, nem de responsabilizar...
- Quando diz ao profeta para comunicar ao povo que a iniqüidade deles estava expiada, o profeta estava anunciando exatamente o evangelho da graça. O perdão havia sido concedido para aquelas pessoas que viveram naquela época e para nós que vivemos atualmente. Por isso, Paulo apóstolo escreveu: “Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Romanos 8.33,34). Por isso, João apóstolo acrescentou: “O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (I João 1.7).
Conclusão
Nesta oportunidade Deus sabe o quanto você está necessitando de conforto, alívio, lenitivo, consolação. Deus sabe dos sofrimentos que você tem experimentado, das dores que fazem parte de sua vida, das aflições que tem assaltado seu coração, dos padecimentos que tem arrasado sua alma, das lágrimas que tem saído de seus olhos...
Deixe então que Deus, em seu amor e graça, mediante o perdão de Jesus Cristo, proporcione a você a sua preciosa presença ministrando paz, tranquilidade, confiança, fé, esperança. Experimente agora a promessa que Deus fez: “De maneira alguma te deixarei, nunca, jamais te abandonarei”. (Hebreus 13.5.)