Mateus 13.53-56
- Cada vez mais pessoas estão se interessando pelo Jesus Cristo histórico, quer seja por causa da multiplicação de filmes que são projetados, quer seja por causa da divulgação de manuscritos descobertos. Reportagens, artigos, documentários, livros estão sendo feitos por jornalistas, historiadores, pesquisadores, arqueólogos para dizer como ele era, como viveu, como era sua família.
1.1. Especificamente sobre sua família, recentemente o canal de televisão GNT exibiu um documentário sobre “A Família de Jesus” cujo objetivo foi investigar com eram seus familiares.
1.2. Mais recentemente a empresa YouTube veiculou um filme com o Título “A Familiar Sagrada” mostrando as mais comoventes situações em que Jesus e seus familiares teriam vivido em sua época.
- Por mais que sejam interessantes essas obras artísticas e literárias, nós temos nas páginas do Novo Testamento informações suficientes e verídicas sobre o fato de que ele viveu em família, além de ter sido um peregrino que andava de cidade em cidade, de ter se hospedado em várias casas e de se achar cercado por multidões.
Desenvolvimento
- Lendo os textos em que Jesus aparece associado aos seus familiares, podemos perceber que está é uma das razões por que Ele compreende nossas famílias e está pronto para nos ajudar. Assim como nossas famílias experimentam perdas, rejeição, desentendimentos, desconfiança, separações, Ele também viveu essas experiências.
1.1. Neste texto básico seus familiares são mencionados por nomes e pelo grau de relacionamento, mas o nome de José, seu pai adotivo, não foi mencionado. Significa que a essa altura, José já teria morrido. Significa que Jesus e seus familiares tiveram que em algum momento viver a experiência do luto pela morte de um familiar amado. Quando em nossos dias, alguém de nossa família parte para a eternidade deixando um vazio, Jesus é sensível em oferecer conforto e consolação, principalmente através de sua presença, seus ensinos e suas promessas.
1.2. No texto de Marcos 3.21, está informado que em certo período de seu ministério, considerando os conteúdos de sua pregação, alguns dos seus familiares o entenderam errado como quem estivesse dizendo loucuras e queriam interná-lo. No texto de João 7.3-5 está declarado claramente que alguns de seus irmãos não conseguiam acreditar nele, mesmo com os milagres e os testemunhos que ouviam, dirigindo-se a ele com sarcasmo. Exatamente por causa dessa dificuldade de seus familiares crerem em sua mensagem, Ele compreende em nossos dias quando também o mesmo acontece. Ora é uma esposa que rejeita, ora é um marido que persegue, ora são filhos que zombam, ora são pais que não permitem. Por ter tido esse tipo de experiência, Jesus nos disse preventivamente o que está em Mateus 10.35-38: “Vim para fazer que o homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; os inimigos do homem serão os da sua própria família. Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim”.
1.3. Se a situação de relacionamento familiar fica temporariamente sujeita a conflitos espirituais e nos sentimos solitários e sozinhos na fé, precisamos como seres humanos de um outro tipo de família que supra nossas necessidades. Tendo vivido também essa experiência, o texto de Lucas de 8.19-21 nos mostra Jesus apontando para essa outra alternativa: “A mãe e os irmãos de Jesus foram vê-lo, mas não conseguiam aproximar-se dele, por causa da multidão. Alguém lhe disse: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te". Ele lhe respondeu: "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam". Na igreja de Jesus Cristo podemos encontrar uma outra família que nos dê suporte enquanto atravessamos as crises em nossas próprias famílias.
- Mas Jesus Cristo também viu a situação se reverter e novos rumos serem experimentados por parte de seus familiares que depois passaram a ter com Ele um outro tipo de experiência.
2.1. Aos pés da cruz do Calvário, quem estava ali participando do seu sofrimento? Era sua mãe Maria. Se em outros momentos ela viveu dúvidas, diante de sua crucificação Maria assumiu um novo papel e se tornou crente com uma de suas tias (João 19.25).
2.2. Seus irmãos também se converteram e após a sua ressurreição estavam reunidos com os apóstolos em orações, súplicas e intercessões (Atos 1.14).
2.3. Tiago, um desses seus irmãos, além de ter se convertido, também se tornou um dos líderes da igreja em Jerusalém (Gálatas 1.18,19; I Coríntios 15.7).
2.4. Esta igualmente tem sido uma rica experiência na vida de famílias em nossos dias, quando alguns familiares às vezes se convertem espontaneamente de imediato e outros familiares às vezes se convertem anos depois de rejeição e perseguição, dúvidas e zombarias.
Conclusão
- Porque viveu em família e passou por muito do que nós também passamos, podemos contar com Jesus Cristo para nos ajudar em nossa família nos dias de hoje. Jesus é sensível para nos ajudar a resolver nossos problemas familiares como divórcio e novo casamento, conflitos e desencontros, vícios de ´álcool, drogas e jogos, gravidez não planejada ou sem casamento, prejuízos e dívidas financeiras, filhos desajustados e rebeldes, pais ausentes, desaparecimentos e perdas, infidelidade e traição, doenças incuráveis ou deficiências físicas, abuso sexual e violência pessoal...
- O autor da carta aos hebreus resumiu muito bem essa sensibilidade de Jesus aplicada às situações de nossas famílias: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno (Hebreus 4.15,16).