Mateus 24.1-14
A PROMESSA DA VOLTA DE JESUS
Introdução
- De todas as promessas que Jesus Cristo fez aos seus discípulos, a que fala de sua volta associada ao fim mundo é a que mais precisa ser lembrada. Infelizmente, essa promessa só volta a ser lembrada em ocasiões de catástrofes mundiais ou somente nos final de cada milênio, voltando depois a ser esquecida.
1.1. Uma das razões pelas quais isto acontece é porque a leitura de certos textos das cartas apostólicas insinua que a volta de Jesus iria acontecer no primeiro século, ainda durante a “geração” dos apóstolos, enquanto estavam vivos. Como os anos foram passando e ela não acontecia, os cristãos passaram a ser objeto de zombaria. Pedro menciona pessoas que perguntavam aos crentes ainda no primeiro século sobre o seu cumprimento (II Pedro 3.4).
1.2. Também acontece porque ao longo dos séculos e milênios alguns religiosos continuaram a marcar a data e cada vez que nada acontecia nas datas marcadas, os cristãos mais uma vez se tornavam objeto e zombaria. Nos últimos tempos foi marcada para o ano de 1798. Depois mudada para 1844. Por ocasião do alinhamento dos planetas em 1982 criou-se a expectativa de que iria acontecer. Um recente filme, baseado no calendário dos maias, fez com que estivesse marcada para 2012.
Desenvolvimento
- Por isso, você precisa prestar atenção a dois fatos muito claros nas páginas do Novo Testamento: a) Jesus mesmo não marcou nenhuma data, afirmou que ninguém saberia e que o próprio Deus não revelaria essa data; b) O que Jesus fez foi dar sinais de uma determinada época, para que as pessoas dessa época pudessem perceber os sinais.
- Na leitura desses sinais e na observação de sua ocorrência, você precisa dar atenção a um detalhe chamado “intensidade”. Isto quer dizer que sempre houve catástrofes em todas as épocas e quem prestar atenção apenas em sua ocorrência vai cair no descrédito. Isto quer dizer que somente numa determinada época a “intensidade” será diferente.
2.1. A quantidade de terremotos, maremotos e furacões não será igual a épocas anteriores. Por exemplo, a partir do ano 2000 já aconteceram quase 238.000 terremotos e continuarão a ocorrer periodicamente, mas nessa geração a quantidade será inequívoca.
2.2. As guerras, guerrilhas e criminalidade que provocam a morte de milhões de pessoas em nosso tempo sempre ocorreram desde o início da história da humanidade. Desde a II Grande Guerra Mundial mais de 150 guerras de maior porte já ocorreram, matando mais de 23 milhões de pessoas e continuarão até que haverá uma época sem igual. Nessa época da última geração a intensidade será impressionante. .
2.3. As pragas, pestes e doenças sempre envolveram certa quantidade de pessoas como estão envolvendo agora e daqui para frente. Por exemplo: 20 milhões de pessoas morreram por ocasião da pandemia pela covid, 11 mil crianças morrem de fome a cada dia e 1 pessoa a cada 7 padece fome no mundo. Todavia, na época dessa geração mencionada por Jesus essas tragédias serão inigualáveis.
2.4. A perseguição religiosa aos cristãos é assustadora, por mais que se diga que exista mais tolerância nos dias atuais. As informações mostram que mais de 365 milhões de cristãos são discriminados ou perseguidos no mundo. Haverá uma geração, no entanto, que padecerá uma perseguição inacreditável.
- A esta altura você estará, então, me perguntando sobre quais os efeitos e o valor desses avisos dados por Jesus para nossa vida hoje, se os sinais ainda serão para uma determinada geração? Respondendo a essa pergunta, eu cito as próprias palavras de Jesus. Ele disse que três seriam os resultados de continuarmos anunciando sua volta: a) nós precisamos continuar pregando e testemunhando para que mais e mais pessoas creiam em cada geração que passa; b) se a pregação e o testemunho do evangelho diminuírem em nossa geração, será maior o número de pessoas influenciadas pelo mundo, iludidas por Satanás e arrastadas pelos pecados, morrendo sem salvação eterna; c) pregando e testemunhando em cada geração até que Jesus cumpra a sua promessa de voltar, teremos em nosso íntimo o sentimento de dever cumprido e alegria de saber que fomos instrumentos de Deus para que mais e mais pessoas se tornem crentes, sendo abençoadas.
Conclusão
Nosso Senhor recomendou que não apenas esperássemos seu retorno, mas, que estivéssemos atentos, vigiando sinceramente. A diferença entre simplesmente esperar e esperar atentamente é ilustrada na historieta a seguir: Um barco pesqueiro voltava para casa após muitos dias no mar. Quando se aproximava da orla, os marinheiros olhavam avidamente para o cais, onde um grupo de esposas estava reunido esperando seus maridos. O capitão pegou seu binóculo e conseguiu identificar alguns que ali estavam. "Eu vejo a esposa do Cláudio e também a Margareth, esposa do Tomás. Vejo a Ana, esposa do Davi e Clara, esposa de Roberto". Um dos homens ficou preocupado porque sua esposa não estava lá. Assim que deixou o barco, com o coração apertado, subiu apressado à colina em direção à sua casa. Quando ele abriu a porta, a esposa correu ao seu encontro dizendo: "Eu tenho esperado por você!" Ele respondeu com uma decepção gentil: "Sim, mas, as esposas dos outros homens estavam vigiando, atentas, lá no cais." O que Jesus espera de nós é que todos estejamos esperando por sua volta, atentos, participando de sua igreja, em cada geração.