47. Um Bom Pastor

UM BOM PASTOR

I Timóteo 4.6

Introdução

  1. Assim como existem bons pedreiros, bons advogados, bons cozinheiros, bons médicos, bons pintores, bons engenheiros, bons serralheiros, bons empresários, bons serventes, bons juízes, bons operários, bons professores, Paulo apóstolo estava fazendo recomendações a Timóteo no objetivo de que ele fosse um bom pastor ou um bom ministro de Cristo.
  2. Assim como em cada atividade profissional existem atitudes, comportamentos e ações que tornam cada pessoa assim reconhecida, alguns até recebendo medalhas, diplomas e bônus, os pastores ou ministros de Cristo também encontram na Bíblia uma série de atitudes, comportamentos e ações que lhes darão o reconhecimento da igreja e da sociedade como sendo um bom pastor.

Desenvolvimento

  1. Pensando especificamente nas atividades que um pastor irá desempenhar para que seja reconhecido como bom pastor, destaco algumas delas mencionadas na bíblia.

1.1. Interceder. É o ministério da oração em que o pastor ora por sua família, por seus parentes, pelos membros das igrejas, pelos vizinhos, pelas autoridades de sua cidade. Paulo apóstolo escrevendo a Timóteo, lhe diz: “Antes de tudo, súplicas...” (I Timóteo 2.1). O pastor deve suplicar por si mesmo, pois são muitos os desafios, as provações, tentações e demandas, mas seu grande momento aos olhos de Deus é quando suplica pelos outros.

1.2. Ensinar. Está visível num dos propósitos da igreja, sim, mas antes de qualquer professor de classe ou líder de grupo, o pastor precisa aprender a ensinar. É através do ensino, inclusive, que Jesus determinou que o discipulado fosse realizado. Por mais que o grande momento do pastor seja o da pregação, esse momento só terá relevância se estiver associado a métodos e estratégias didáticas. Por isso, ainda escrevendo a Timóteo, Paulo menciona essa qualidade: “Apto a ensinar” (I Timóteo 3.2).

1.3. Aconselhar. É a oportunidade dada ao pastor para ajudar pessoas que estão passando por momentos difíceis tais como decisões, mudanças, sofrimentos, perseguições, dúvidas, conflitos, angústias... Atuando principalmente como ouvinte confiável e orientador bíblico, o seu aconselhamento será a ocasião inédita de relacionamento pessoal, sempre atento à ética. Quer seja na visitação aos lares, quer seja numa sala no templo, esse é um momento sagrado na vida pastoral. Pensando também nessa atividade de Timóteo, Paulo lhe diz: “Admoesta-os” (I Timóteo 5.1).

1.4. Evangelizar. Por mais que se diga que cabe aos membros da igreja exercerem o ministério da evangelização pessoal através do testemunho e até se use a expressão “ovelha é quem gera ovelha”, sempre existirão ocasiões e oportunidades quando o pastor terá pessoas não crentes diante de si.  Além de incluir em seus tipos de sermões o que se chama de sermão evangelístico, pregado aos domingos ou em outras datas, o pastor se relaciona com vizinhos, amigos, parentes, colegas e outras pessoas na sociedade. É sua sensibilidade nessas ocasiões de evangelização pessoal que lhe dará habilidades para fazer e pregar sermões evangelísticos para a congregação reunida. Por isso, Paulo igualmente diz a Timóteo: “Faze a obra de um evangelista” (II Timóteo 4.5).

1.5. Administrar. Sempre vai existir uma ou outra igreja que não exigirá do pastor que tenha habilidades administrativas, delegando-as a algum outro líder. Também sempre existirão pessoas formadas em administração que poderão almejar essa função na igreja. Todavia, quando o pastor se qualifica para essa atividade, estamos falando de administração eclesiástica ou administração da igreja. Para esse ministério, um bom pastor será aquele que saberá liderar seus membros no estabelecimento de alvos e metas, métodos e estratégias, planos e projetos, orçamentos e relatórios, reuniões e entrevistas. Com esse objetivo, Paulo apóstolo diz a outro pastor de sua época: “Coloques em boa ordem as coisas” (Tito 1.5).

  1. Ao mencionar a atividade pastoral, o Novo Testamento, na verdade, refere-se a três funções distintas exercidas pela mesma pessoa: pastor, presbítero e bispo (Atos 20.17,28; I Timóteo 3.12; 5.17; Tito 5.1-7). A função de presbítero diz respeito à liderança. A função de pastor, ao cuidado com as pessoas. A função de bispo, ao administrador ou supervisor. Várias atividades exercidas por uma só pessoa. Tudo com muita leitura principalmente da Bíblia e de livros teológicos, mas tambem incluindo literatura das várias áreas dos saberes 

Conclusão

Dizem os entendidos que os japoneses foram os primeiros a se destacarem no mundo empresarial pela excelência de suas atividades em variados setores, primando pela gestão de qualidade.

Se hoje as empresas em várias partes do mundo foram influenciadas pelo modelo japonês de gestão de qualidade, um bom pastor é aquele que tem em Jesus Cristo o modelo de Pastor a ser seguido. Sendo o Sumo Pastor ou o Pastor dos pastores, Jesus diz a cada um “Aprendei de mim”. Certamente que seguindo Jesus Cristo, O Bom Pastor, muitos poderão também ser um bom pastor como recomendou Paulo a Timóteo.