183. As Profecias Bíblicas

II Pedro 1.19-21

AS PROFECIAS BÍBLICAS

Introdução

  1. Embora a maioria das pessoas só se interesse por profecias que sejam feitas por magos, astrólogos, videntes, pais de santo, cartomantes, o nosso interesse deve ser unicamente pelas profecias que estão na Bíblia, principalmente porque elas tem a peculiaridade da origem divina.
  2. Na medida em que elas são lidas e corretamente interpretadas, tornam-se como uma luz que ilumina a noite de nossa vida até que o dia amanheça, isto é que os fatos surjam como incontestáveis. Enquanto qualquer outro tipo de profecia só deixa as pessoas no escuro e não se cumpra conforme previsto, as profecias bíblicas tem se mostrado dignas de todo crédito e confiança.

Desenvolvimento

  1. Para não incorrer em erro de interpretação, precisamos perceber de imediato que as profecias bíblicas tem relação com tempos designados, específicos, determinados. Não se pode nem antecipar e nem adiar. Tem o tempo de acontecer, o qual deve ser percebido.

1.1. Um exemplo é encontrado na atitude de Jesus Cristo quando leu a profecia que estava em Isaías 61. Ao fazer sua leitura, ele destacou que para aquele tempo apenas uma parte da profecia estava se cumprindo. Leu apenas os dois primeiros versículos para afirmar que aquela parte é que estava se cumprindo. O restante da profecia não anunciou cumprimento: Lucas 4.17-21.

1.2. Outro exemplo foi registrado na atitude de Daniel quando lia o profeta Isaías e encontrou a profecia que estava em Jeremias 25.12. Embora a libertação fosse desejada por muitos em outros momentos, era preciso esperar a chegada do tempo certo, conforme percebeu Daniel 9.1,2.

1.3. Ao fazer referência ao nascimento de Jesus Cristo, conforme havia sido previsto em várias profecias, o apóstolo Paulo foi claro em sua percepção de que o fato só aconteceu quando o tempo determinado chegou (Gálatas 4.4).

  1. Mesmo que ao serem pronunciadas as profecias tenham algum sentido simbólico, figuras de linguagem, tipologias, o seu cumprimento terá como base a interpretação literal das mesmas. Não se pode usar as profecias para também fazer aplicações figuradas, simbólicas, tipológicas.

2.1. Sobre a escravidão no Egito, a profecia registrada em Gênesis 15.13,14 falava literalmente de 400 anos e qualquer interpretação simbólica estaria errada. Quando a libertação ocorreu através de Moisés, ficou registrado que o fato ocorreu literalmente depois de 400 anos (Êxodo 12.40,41).

2.2. Sobre o fim do cativeiro babilônico, a profecia registrada em 25.12 falava literalmente de 70 anos e qualquer intepretação figurada estaria errada. Quando a libertação ocorreu através de Esdras e Neemias, ela só aconteceu porque os 70 anos haviam passado literalmente (Daniel 9.1,2).

2.3. Sobre o nascimento de Jesus Cristo, a profecia registrada em Miqueias 5.2 mencionava um lugar específico chamado Belém. Quem lesse essa profecia e quisesse interpretar simbolicamente corria o risco de ir para lugares onde o milagre não ocorreu. Para confirmar esse fato, Mateus informa que o nascimento foi realmente na pequenina cidade de Belém, situada em Judá (Mateus 2.1-6).

2.4. Sobre a crucificação de Jesus Cristo e seu imenso sofrimento conforme encontrados em várias profecias, inclusive com detalhes, elas não tinham um caráter figurado mas literal (Salmo 22.14-18; Isaías 53.3-7). Sua morte não ocorreu de outra forma, mas foi cumprida literalmente conforme profecias feitas.

Conclusão

Quando você estiver lendo a Bíblia e se deparar com profecias que foram feitas, considere se, quanto ao tempo, já se cumpriram ou estão se cumprindo ou ainda serão cumpridas no futuro. Acredita também inteiramente que o seu cumprimento tem como peculiaridade o ser literal, isto é, seu acontecimento é ou será como foi previsto, mesmo que pareça simbólico ou figurado. Faça parte de crentes que assim agiram como Moisés, Daniel, Mateus, Paulo. Eles acreditaram nas profecias bíblicas e foram muito abençoados.