Daniel 1.8
JOVENS RADICAIS
Introdução
- Embora o conceito “radical” tenha sido atribuído a jovens que manifestaram atitudes políticas, religiosas e esportivas em várias ocasiões, contestando posições tradicionais e conservadoras de uma cultura ou se apresentando para empreendimentos desafiadores e perigosos, seu uso também pode ser encontrado em jovens que, por exemplo, assumem atividades profissionais fora do padrão, estabelecem relacionamentos familiares diferentes, adotam vestimentas extravagantes ou praticam hábitos alimentares não usuais nos cardápios.
- No caso específico de Daniel e seus amigos, exilados para a Babilônia na época da invasão em Israel, eles podem ser chamados de radicais, porque optaram e manifestaram a atitude de não se alimentar do menu que era servido a todos os estavam prestando serviços no palácio real. Esses alimentos foram rejeitados não apenas por serem carnes e vinhos, mas porque se constituíam alimentos impuros, proibidos pela Lei de Deus, que eles procuravam seguir.
Desenvolvimento
- Na verdade, Daniel e seus amigos podem ser chamados de radicais, porque eles também tiveram outras atitudes nas várias experiências que viveram durante o período quando estavam na Babilônia e que contestavam o modo pecaminoso dos moradores daquele país.
1.1. Quando foi chamado para interpretar um sonho, Daniel corajosamente declarou ao rei que sua maneira de viver havia contrariado à vontade de Deus e que, por isso, ele fora julgado, condenado e iria morrer (Daniel 5.18-28).
1.2. Quando se negaram a praticar idolatria, não adorando a estátua do rei e foi ameaçado de morte na fornalha, outra vez corajosamente disse que permaneceria fiel a Deus mesmo que fosse queimado vivo (Daniel 3.16-18)
1.3. Quando foi estabelecido por lei que ninguém poderia adorar a Deus, o Criador do Universo, podendo adorar somente ao rei, Daniel outra vez se negou a abandonar sua fé, mesmo que fosse lançado na cova dos leões (Daniel 6.11-23).
- Em nossos dias, aqueles que querem seguir a Jesus Cristo são desafiados a também se tornarem jovens radicais, tanto em virtude dos desafios cristãos quanto em razão da rejeição que experimentam.
2.1. Jesus Cristo disse: “Quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Marcos 8.34). Também disse: “Quem amar o pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim” (Mateus 10.37). Ainda declarou: “Quem lança mão do arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus” (Lucas 9.62). Essas e outras palavras de Jesus Cristo para seus seguidores fazem da vida cristã um desafio incomparável.
2.2. Uma vez aceitando o desafio de serem crentes, os jovens passam a ser objeto de rejeição na roda de amigos, no ambiente universitário, no chão das fábricas, nas salas das empresas e repartições públicas, nas celebrações, festas e diversões. Não participar dos pecados cometidos e testemunhar da fé em Jesus Cristo se tornam atitudes radicais.
Conclusão
Assim como Daniel, também José, Moisés, Davi, Isaías, Jeremias, João, Tiago, Timóteo e muitos outros, ao longo dos tempos, foram radicais em sua juventude. Entenderam que o mais importante era fazer a vontade de Deus, afastar-se do mundo e seus prazeres, fugir das paixões da natureza humana e dizer não ao Diabo.
Em vez de fazer o que os outros fazem, dizer o que os outros dizem, pensar o que os outros pensam, usar o que os outros usam, os jovens de hoje são desafiados a serem diferentes, isto é, radicais, mesmo que não sejam perfeitos. Sim, não são perfeitos, mas escolhem agradar a Deus e confiar na sua graça e poder.