188. O Inferno na Bíblia

Mateus 23.33

O INFERNO NA BÍBLIA

Introdução

  1. Assim como em nossa cidade existe um lugar para onde o lixo é levado, também ao sul da cidade de Jerusalém, no Vale de Hinon, existia um lugar chamado “geena” com a mesma finalidade. Nesse local, o lixo era queimado ou consumido pelos vermes, à semelhança dos locais hoje em dia onde o lixo não é reciclado e nem vai para o aterro sanitário.
  2. Jesus Cristo, em vários de seus sermões, referiu-se a esse lugar, dizendo “onde o bicho não morre e nem o fogo se apaga”. Todavia, ao se referir a esse lugar não o fez no sentido literal, como destino do lixo da cidade. Usou o lugar como figura de linguagem para descrever o destino para aonde irão pessoas que vivem de modo pecaminoso, contrariando a vontade de Deus. Pessoas que, uma vez sendo condenadas por causa do seu estilo de vida, estarão em sofrimento eterno.
  3. Considerando esses fatos, os tradutores da Bíblia buscaram uma palavra que pudesse ser usada em nossa versão na língua portuguesa, uma palavra que não apenas descrevesse o lugar para onde vão os mortos, mas um lugar para onde vão os mortos que vivem de modo pecaminoso e, contrariando a vontade de Deus, são condenadas ao sofrimento. Usaram a palavra “inferno”, oriunda do latim, que significava “mundo dos mortos” e que passou a descrever os “mortos condenados”. É com esse sentido e significado que está nesta frase de Jesus: “Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?”.

Desenvolvimento

  1. Por mais que este ensino de existir um lugar para aonde vão os pecadores condenados e que passou a ser chamado de inferno tenha sua origem em Jesus Cristo, ele passou a ser rejeitado cada vez mais em nossos dias.

1.1. Alguns dizem que Deus em sua graça e seu amor jamais irá condenar pessoas, destinando-as ao inferno, um lugar de sofrimento eterno.

1.2. Outros dizem que esse conceito de inferno, como local de fogo, onde os demônios atormentam as almas condenadas, é um conceito da Idade Média, oriunda da obra literária de Dante Alighieri, escritor italiano, chamada “Divina Comédia”.

1.3. Ainda existem aqueles que defendem a interpretação de que, se houver algum juízo e condenação ao inferno, esta condenação não será eterna, mas resultará na extinção dos pecadores, isto é sua destruição total e final.

  1. Na teologia cristã, baseada nos ensinos de Jesus Cristo, a figura de linguagem das chamas de fogo é inegável. Por exemplo, conforme Dr. Van Den Bern: “A principal e mais constante característica do inferno é o fogo, que é inextinguível” (Dicionário Enciclopédico da Bíblia, Vozes, Rio de Janeiro, 1977, pg. 7281). Conforme comentou o professor de Teologia e Apologética, Gaspar de Souza: “O que mantém o fogo aceso é a existência de material para combustão. No inferno não faltará material para combustão. Claro que, ao usar a referência de “fogo” pode-se muito mais falar do sofrimento sob o juízo divino do que sob “chamas literais”, de acordo com alguns comentaristas” (https://teologiabrasileira.com.br/a-realidade-biblica-sobre-o-inferno/).

Conclusão

Confiando no ensino de Jesus e dando crédito à interpretação teológica tradicional, cada um de nós precisa levar em consideração a necessidade de fazer o que for necessário para não ter o inferno como destino eterno. Nesse sentido, alguém já disse que, para uma pessoa pecadora ir para o inferno, ela não precisa fazer nada, bastando permanecer como está. Por outro lado, a única maneira de evitar o inferno é receber Jesus Cristo como Salvador e Senhor, tendo alterado o seu destino e assim ir para o céu, conforme promessa feita.