Mateus 23.33
O INFERNO NA BÍBLIA
Introdução
- Assim como em nossa cidade existe um lugar para onde o lixo é levado, também ao sul da cidade de Jerusalém, no Vale de Hinon, existia um lugar chamado “geena” com a mesma finalidade. Nesse local, o lixo era queimado ou consumido pelos vermes, à semelhança dos locais hoje em dia onde o lixo não é reciclado e nem vai para o aterro sanitário.
- Jesus Cristo, em vários de seus sermões, referiu-se a esse lugar, dizendo “onde o bicho não morre e nem o fogo se apaga”. Todavia, ao se referir a esse lugar não o fez no sentido literal, como destino do lixo da cidade. Usou o lugar como figura de linguagem para descrever o destino para aonde irão pessoas que vivem de modo pecaminoso, contrariando a vontade de Deus. Pessoas que, uma vez sendo condenadas por causa do seu estilo de vida, estarão em sofrimento eterno.
- Considerando esses fatos, os tradutores da Bíblia buscaram uma palavra que pudesse ser usada em nossa versão na língua portuguesa, uma palavra que não apenas descrevesse o lugar para onde vão os mortos, mas um lugar para onde vão os mortos que vivem de modo pecaminoso e, contrariando a vontade de Deus, são condenadas ao sofrimento. Usaram a palavra “inferno”, oriunda do latim, que significava “mundo dos mortos” e que passou a descrever os “mortos condenados”. É com esse sentido e significado que está nesta frase de Jesus: “Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?”.
Desenvolvimento
- Por mais que este ensino de existir um lugar para aonde vão os pecadores condenados e que passou a ser chamado de inferno tenha sua origem em Jesus Cristo, ele passou a ser rejeitado cada vez mais em nossos dias.
1.1. Alguns dizem que Deus em sua graça e seu amor jamais irá condenar pessoas, destinando-as ao inferno, um lugar de sofrimento eterno.
1.2. Outros dizem que esse conceito de inferno, como local de fogo, onde os demônios atormentam as almas condenadas, é um conceito da Idade Média, oriunda da obra literária de Dante Alighieri, escritor italiano, chamada “Divina Comédia”.
1.3. Ainda existem aqueles que defendem a interpretação de que, se houver algum juízo e condenação ao inferno, esta condenação não será eterna, mas resultará na extinção dos pecadores, isto é sua destruição total e final.
- Na teologia cristã, baseada nos ensinos de Jesus Cristo, a figura de linguagem das chamas de fogo é inegável. Por exemplo, conforme Dr. Van Den Bern: “A principal e mais constante característica do inferno é o fogo, que é inextinguível” (Dicionário Enciclopédico da Bíblia, Vozes, Rio de Janeiro, 1977, pg. 7281). Conforme comentou o professor de Teologia e Apologética, Gaspar de Souza: “O que mantém o fogo aceso é a existência de material para combustão. No inferno não faltará material para combustão. Claro que, ao usar a referência de “fogo” pode-se muito mais falar do sofrimento sob o juízo divino do que sob “chamas literais”, de acordo com alguns comentaristas” (https://teologiabrasileira.com.br/a-realidade-biblica-sobre-o-inferno/).
Conclusão
Confiando no ensino de Jesus e dando crédito à interpretação teológica tradicional, cada um de nós precisa levar em consideração a necessidade de fazer o que for necessário para não ter o inferno como destino eterno. Nesse sentido, alguém já disse que, para uma pessoa pecadora ir para o inferno, ela não precisa fazer nada, bastando permanecer como está. Por outro lado, a única maneira de evitar o inferno é receber Jesus Cristo como Salvador e Senhor, tendo alterado o seu destino e assim ir para o céu, conforme promessa feita.