8. A Oração Ensinada Por Jesus

Mateus 6.5-13

Introdução

  1. Por causa da prática de fazer rezas, recitar mantras e repetir preces, muitos crentes não conseguem seguir a orientação de Jesus quanto àquela que conhecemos como a oração do Pai Nosso.
  2. Mesmo que Jesus tenha dito “vocês orarão assim” e tenha ensinado a maneira como devemos nos dirigir a Deus, esta prática espiritual é evitada na vida da maioria dos crentes.
  3. A principal razão alegada é o ensino que nossas orações devem ser espontâneas, com falas que naturalmente expressem nossos sentimentos e pensamentos, resultantes das experiências que estejamos vivendo. Nesse sentido, a oração ensinada por Jesus teria um padrão estabelecido, que se tornaria uma repetição a ser ignorada.
  4. Por isso, precisamos entender que, quanto ao aspecto da repetição, o que Ele criticou foram as “vãs repetições”. Precisamos também lembrar que Ele mesmo fez uso da repetição quando orou a Deus no Jardim: “foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras” (Mateus 26.44).
  5. A única restrição estabelecida por Jesus Cristo quanto à prática dessa oração por Ele ensinada é que deve ser feita unicamente na presença de Deus. Este fato está expresso na recomendação de estar no quarto, de porta fechada, em vez de fazê-la publicamente,

Desenvolvimento

  1. Para que você compreenda melhor ainda a preciosidade dessa oração, é interessante perceber que ela está construída em duas dimensões: a vertical e a horizontal.

1.1. Na dimensão vertical, o que primeiro deve ser expresso é a adoração a Deus. A identidade de Deus em sua relação conosco: “Nosso Pai Celestial”. A transcendência de Deus: “Que estás no céu”. A santidade de Deus: “Santificado seja o teu nome”. O governo de Deus: “Venha a nós o teu Reino”. A vontade de Deus: “Seja feita a Tua vontade”. O alcance da atuação de Deus: “Aqui na terra como no céu”. É como se Ele mais uma vez estivesse dizendo: “Buscai primeiro o reino de Deus e sua vontade” quando estiverem orando.

1.2. Na dimensão horizontal são expressas as necessidades humanas. Necessidades básicas:O pão nosso de cada dia dá-nos”. Necessidades psicológicas: “Perdoa nossos pecados”. Necessidades relacionais: “Como perdoamos aos nossos devedores”. Necessidades espirituais: “Não nos deixes cair na tentação, mas livra-nos do mal”.

1.3. Ao encerrar a oração, o fiel reconhece que somente Deus tem poder, somente Deus deve ser honrado, somente Deus deve ser glorificado: “Porque teu é o poder, o reino e a glória, para sempre”.

  1. Idéias associadas antes e depois existem em outros textos bíblicos.    Você poderá percebê-las nas expressões abaixo, enriquecendo ainda mais sua interpretação da oração ensinada por Jesus:

2.1. “Pai nosso que estás no céu, no céu dos céus, no terceiro céu”.

2.2. “Santificado seja o teu nome, pois tu és santo, santo, santo”.

2.3. “Venha a nós o teu reino”, o teu domínio que se estende de geração a geração.

2.4. “Seja feita a tua vontade, a tua santa, perfeita e boa vontade”.

2.5. “O pão nosso de cada dia dá-nos, embora nem só de pão vivamos”.

2.6. “Perdoa as nossas dívidas, a cédula que existia contra nós e que foi cravada na cruz do calvário”.

2.7. “Assim como perdoamos aos nossos devedores, seja 7 ou70 vezes 7, perdoando-nos uns aos outros.

2.8. “Não nos deixes cair, quando tentados ou provados, pois a nossa carne é fraca”.

2.9. “Mas livra-nos do mal, o mal que tão de perto nos rodeia”.

2.10 “Pois teu é o poder”. Tu tens todo o poder no céu e na terra. “Teu é o reino. Ninguém entra nele à força”. “Tua é a glória, a glória que não dás a ninguém mais”.

Conclusão

Mais do que decorar e rezar esta oração, sua leitura contínua ajudará você a tê-la memorizada em seu coração e, espontaneamente, poderá, em vários momentos, expressá-la, refletindo comunhão com Deus.

Mais do que compartilhar seus próprios sentimentos e pensamentos, refletindo apenas seus interesses pessoais, esta oração tem o mérito de ajudar você a priorizar os interesses de Deus em primeiro lugar e só depois considerar diante de Deus suas necessidades.