136. Uma Vida de Oração

Mateus 14.23; Marcos 6.46; Lucas 6.12

UMA VIDA DE ORAÇÃO

Introdução

  1. Ao estudar a história de personagens bíblicos como Abraão, Moisés, Elias, Davi, Salomão, Isaías, Jeremias facilmente você irá perceber que eles tinham seus momentos de oração, quer fossem movidos pelo sentimento de adoração, quer estivessem vivendo necessidades, quer enfrentassem adversidades, quer desejassem expressar ações de graças, quer intercedessem em favor das pessoas.
  2. Estudando a história de Jesus Cristo vocês podem perceber ainda mais facilmente que ele tinha mais do que momentos... ele tinha uma vida de oração. Por mais que estivesse pregando, curando, ensinando, expulsando demônios, realizando milagres – tudo era feito em oração e também passava horas e noites diante do Pai Celestial.

Desenvolvimento

  1. Abrindo especificamente o evangelho de Lucas, numa leitura sucessiva de textos, vocês podem ver essa vida de oração, pois orou quando foi batizado (3.21), quando se tornou famoso (5.15,16), quando escolheu os doze apóstolos (6.12,13), quando fez o milagre da multiplicação (9.18), quando foi transfigurado (9.29), quando via a derrota de Satanás na evangelização (10.17-21), quando ia ensinar sobre oração (11.1), quando sentiu a agonia da cruz (22.39-44), quando chegou a hora de morrer (23.33,46).
  2. Se Davi e Daniel disseram que tinham o hábito de orar três vezes no dia (Salmo 55.16,17; Daniel 6.10), Jesus Cristo mostrava que tinha uma vida de oração porque se colocava diante do Pai Celestial ao amanhecer (Marcos 1.35), no transcorrer do dia (Marcos 6.45,46), durante as madrugadas (Lucas 6.12). Mais do que separar alguns minutos ou horas para estar com Deus, Jesus fazia da oração um estilo de vida. Na linguagem do apóstolo Paulo, Jesus fazia o que ele recomendava aos crentes: “Orai sem cessar” (I Tessalonicenses 5.17). A palavra original “διαλείπτως” (adialeíptōs) significava exatamente isto: sem interrupção, incessantemente.
  3. Destacando especificamente três pequenas orações de Jesus Cristo que ficaram registradas nos evangelhos, podemos perceber detalhes relevantes a respeito de sua maneira de orar.

3.1. João 11.41,42. Nessa oração quando está em intimidade com o Pai, ele expõe publicamente sua confiança em Deus. Se vai haver um milagre, ele quer que todos saibam o milagre será decorrente do relacionamento que tem com Deus.

3.2. João 12.27,28. Nessa oração, você observa a transparência dos seus sentimentos, quando ele está em sua intimidade com Deus. Seu estado de angústia é claramente declarado, assim como suas dúvidas. Na tomada de decisão ele faz opção pela glória de Deus.

3.3. Lucas 10.21,22. Nessa oração ele mostra que também sua alegria, seu contentamento, sua gratidão precisam ser expressas ao Pai Celestial. Se algo extraordinário aconteceu, então ele louva e agradece ao Pai celestial.

Conclusão

Não pretendo dizer que também devemos ter uma vida de oração como Jesus Cristo, mas ao mostrar sua vida de oração, o objetivo é despertar em nosso coração o desejo e a prática de sempre estar diante de Deus. Se Jesus Cristo, o Filho de Deus, tendo todo o poder em si, fez da oração um estilo de vida, muito mais cada um de nós precisa ter em nossa vida os momentos de oração que mostrem nossa dependência de Deus e nosso desejo de ter com Ele contínua comunhão.